segunda-feira, janeiro 31, 2011

Por Beth Cerquinho, Retirado do Blog Beth Cerquinho 

Oi queridos, me permiti abrir parênteses aqui pra contar um pouco sobre o meu ano novo, que ainda nem começou.

Dia 22 de dezembro de 2010, estava sem aparelho na perna (sofro de poliomielite) peguei as muletas pra andar em casa, quando uma delas quebrou, isso..quebrou ao meio...(e não isso nunca poderia acontecer)! Desde lá estou de cama em repouso me recuperando de 2 fraturas, uma no Fêmur e outra na tíbia. Ainda de acordo com a previsão médica faltam mais 2 semanas...mas quem sabe né??

Eu não processei nem vou processar o lugar que comprei, meu marido foi até lá entregou a eles e pediu a gentileza que nunca mais houvesse um só artefato ortopédico dessa indústria a venda. Estou desde então com a vida parada, projetos parados,e passei por dores quase insuportaveis...Aqui preciso confessar :- Gente o remédio que o Drº House toma é ÓTIMO, foi assim que consegui dormir. Passei por um período que se misturou depressão e ansiedade, afetou muito meu humor, hoje com remédios estou voltando a ser eu mesma.

Tenho vários pares de muletas canadenses, a pergunta que ficou é:- quem testa o material pra chegar até mim?

- Não tem um selo do Inmetro ou outro órgão, sendo que qualquer brinquedo de R$1,99 é obrigado a ter.

- Porque esses artefatos não vem com instrução de armazenagem ou especificando a validade?

-Como saberei se a muleta pode me aguentar e por quanto tempo?? Onde está escrito isso??

É uma falha muito séria essa afinal, muito idosos e portadores de degeneração óssea usam.

Mas não tenho a quem reclamar senão aqui no meu blog. Nesse país só se fala em reparação financeira, e não é que eu não precise, mas nada vai pagar a dor e o tempo que infligi aos familiares e a mim mesma.

É isso meus amigos...e podem ir preparando aquele feijão preto que eu tô voltando...rs

Como disse um amigo, "nóis enverga mais num quebra."

quinta-feira, janeiro 27, 2011

A USP contra o Estado de Direito

Artigo de Fábio Konder Comparato, Francisco de Oliveira, Jorge Luiz Souto Maior, Luiz Renato Martins e Paulo Arantes 
Artigo publicado na "Folha de SP"

Um estatuto que permanece intocado mesmo após o fim do regime militar e um reitor que tem buscado a qualquer custo levar a efeito um projeto privatizante estão conduzindo a USP ao caos.

Após declarar-se pelo financiamento privado e pela reordenação dos cursos segundo o mercado, o reitor vem instituindo o terror por intermédio de inquéritos administrativos apoiados em um instrumento da ditadura (dec. nº 52.906/ 1972), pelos quais pretende a eliminação de 24 alunos.

Quanto aos servidores, impôs, em 2010, a quebra da isonomia salarial, instituída desde 1991, e, para inibir o direito de greve, suspendeu o pagamento de salários, desrespeitando praxe institucionalizada há muito na USP.

Agora, em 2011, determinou o "desligamento" de 271 servidores, sem prévio aviso e sem consulta a diretores de unidades e superiores dos "desligados". Não houve avaliação de desempenho. Nenhum desses servidores possuía qualquer ocorrência negativa. As demissões atingiram técnicos na maioria com mais de 20 anos de serviços prestados à universidade.

O ato imotivado e, portanto, discriminatório, visou, unicamente, retaliar e aterrorizar o sindicato (Sintusp), principal obstáculo à privatização da USP desde a contestação aos decretos do governo Serra, em 2007. Mas o caso presente traz outras perversidades.

Todos os demitidos já se encontravam aposentados, a maioria em termos proporcionais. Na verdade, foram incentivados a fazê-lo por comunicação interna da USP, divulgada após as decisões do STF (ADIs nº 1.721 e nº 1.770), definindo que a aposentadoria por tempo de contribuição não extingue o contrato de trabalho.

A dispensa efetivada afrontou o STF e configurou uma traição ao que fora ajustado, chegando-se mesmo a instituir um "Termo de Continuidade de Contrato em face da Aposentadoria Espontânea".

Nem cabe tentar apoiar a iniciativa no art. 37, parágrafo 10, da Constituição, que prevê a impossibilidade de acumular provento de aposentadoria com remuneração de cargo público, pois esses servidores eram "celetistas", ocupantes de empregos públicos, e suas aposentadorias advinham do Regime Geral da Previdência Social, e não de Regime Especial.

O ato não tem, igualmente, qualquer razão econômica e, ainda que tivesse, lhe faltaria base jurídica, pois, como definido pelo TST (caso Embraer), a dispensa coletiva de trabalhadores deve ser precedida de negociação com o sindicato.

Do ato à sorrelfa, com a USP esvaziada pelas férias, não se extrai qualquer fundamento de legalidade, sobressaindo a vontade do reitor de impor o terror a alguns dos líderes sindicais da categoria, próximos da aposentadoria, contrariando até mesmo parecer da procuradoria da universidade, que apontara a ilegalidade das demissões.

Assinale-se a magnitude do potencial dano econômico-moral à USP. A ação desumana de gerar sofrimento imerecido a servidores fere a imagem da universidade.

Sob o prisma econômico, a dispensa coletiva, de caráter discriminatório, traz o risco de enorme passivo judicial, pelas quase certas indenizações por danos morais que os servidores "desligados" poderão angariar a partir das decisões do STF e do TST e da forma como o "desligamento" se deu, sem contar reintegrações e salários retroativos.

Cumpre conduzir à administração da USP a noção de que "ninguém está acima da lei", exigindo-se a revogação imediata dos "desligamentos" e o estabelecimento de uma Estatuinte à luz da Constituição de 1988, em respeito ao Estado democrático de Direito.


 - Fabio Konder Comparato é professor emérito da Faculdade de Direito da USP; Francisco de Oliveira é professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP); Jorge Luiz Souto Maior é professor associado da Faculdade de Direito da USP; Luiz Renato Martins é professor da Escola de Comunicações e Artes da USP; Paulo Arantes é professor da FFLCH-USP. 

Jornal de Piracicaba inova na área de pré-impressão com a chapa verde

Por Alessandro Meirelles - Jornal de Piracicaba

O Jornal de Piracicaba é o primeiro veículo de informação no interior de São Paulo a adotar no seu processo de pré-impressão a tecnologia da chapa N92-VCF, conhecida no mercado mundial como chapa verde, por não utilizar produtos químicos.

Além de não usar substâncias nocivas ao meio ambiente, o processo utilizado pelo JP desde a semana passada também reduz a utilização de água.

"A tecnologia já é usada nos estados do Paraná e Santa Catarina. Em São Paulo, existe na capital e no litoral paulista, mas no interior ainda era inédita. É uma inovação que vai ao encontro do que há de mais ecológico no mercado de jornais", destacou o gerente de marketing da empresa Agfa Graphics, Eduardo Ferreira de Sousa, que forneceu o equipamento ao JP.

O uso de produtos químicos no processo de pré-impressão ainda é uma realidade no mercado editorial. Com o novo procedimento, o JP sai na frente. E quem agradece é a natureza.

"Essa chapa elimina qualquer processamento químico durante a pré-impressão digital. O produto usado agora tem PH neutro, que é ambientalmente correto. Nossa intenção era melhorar o processo produtivo, sem agredir em nada o meio ambiente", ressaltou o gerente industrial e de T.I (Tecnologia da Informação) do JP, Leandro Halle Najm.

Vamos fazer chulé?

Quem disse que fazer ciência é chato? Quando jovem, eu era viciado nesse programa aqui: o Mundo de Beakman. E essa é uma das mostras que aprender pode ser algo bastante divertido.
Um dos experimentos que fiquei fascinado quando Beakman apresentou foi esse: como fazer chulé. Me lembro que mais tarde, com 21 anos, fui trabalhar no Cruzeiro do Sul e tentei, em vão, convencer a, então, editora do Cruzeirinho, a saudosa Selma Said, a publicar a receita e ensinar os baixinhos a fabricarem chulé. heheheh A Selma, prudentemente, não aceitou a ideia. heheheheh

Bom, aos que perderam o episódio e a oportunidade de aprender, aqui está. Basta seguir as dicas do Beakman e ficar bem longe do vidro depois quando abrí-lo. Boa sorte!

terça-feira, janeiro 25, 2011

Viola minha viola

Por Mauro Tanaka Riyis, retirado do blog do Blog Tanaka Guitar

Uma das minhas músicas favoritas na adolescência era Aces High do Iron Maiden. Nessa época se me falassem de viola caipira, sanfona, etc era capaz de eu dar porrada.

Como os tempos mudaram e de um tempo para cá eu raramente perco um prograda do Sr. Brasil na TV Cultura apresentado pelo ícone Rolando Boldrin, achei intressante colocar esse vídeo demonstrando que exageros e purismos raramente nos levam a um bom lugar.

sábado, janeiro 22, 2011

Estranged

'Cause I see the storm is getting closer
And the waves, they get so high
Seems everything we've ever known is here
Why must it drift away and die?


PS - Nem sou muito do vídeo não. O que faz efeito, para mim, é a música mesmo. Acho muito bonita, e outra: o Slash é foda.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Da sala de aula para o espaço

Por Revista Pesquisa Fapesp

Um grupo de professores e 120 estudantes do quinto ano da Escola Municipal Tancredo Neves, de Ubatuba, litoral norte paulista, em conjunto com empresários e pesquisadores voluntários, estão construindo um satélite artificial que deve ser lançado nos Estados Unidos e entrar em órbita ainda este ano.

A iniciativa partiu do professor de matemática Candido Osvaldo de Souza. Em fevereiro de 2010, ele leu em uma revista de divulgação científica que uma empresa dos Estados Unidos, a Interorbital, vendia kits de satélites chamados TubeSats, que permaneciam em órbita a 300 quilômetros de altitude durante três meses. Ousadamente, Souza pensou em construir e lançar um desses. Os alunos aprovaram seu plano, mesmo sabendo que teriam de enfrentar muitas dificuldades, que Souza está superando, uma a uma.

Para começar, não tinham como pagar os U$ 8 mil do kit do satélite. Souza, porém, conseguiu o patrocínio de empresas locais que cobriram as despesas. Depois, ele descobriu que somente por meio de uma fundação seria possível enviar o dinheiro à empresa nos Estados Unidos. Conversou com os dirigentes da escola, com os políticos da cidade e conseguiu transformar a Associação de Pais e Mestres em uma fundação. O professor de matemática teve de batalhar também uma licença do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão federal sediado em São José dos Campos, interior paulista, que constrói e gerencia satélites no Brasil.

Aos poucos, Souza conseguiu o apoio de outros professores, que mobilizaram os estudantes de todas as classes e promoveram um concurso para selecionar a mensagem que o satélite deve emitir nos três meses em que estiver em órbita.

A equipe coordenada por ele e por Emerson Yaegashi, que também ensina matemática, trabalha agora nos dispositivos eletrônicos do interior do satélite. Receberam os componentes e as instruções para montar os protótipos e a versão definitiva. Vendo que precisava de ajuda, Souza procurou uma empresa de robótica e desenvolvimento de software sediada na cidade de São Paulo, a Globalcode, e teve uma grata surpresa: os diretores, Vinicius Senger e Yara Mascarenhas Hornos Senger, moravam em Ubatuba.

“Vencidas as etapas financeira e burocrática, agora o grande desafio é construir o recheio do satélite”, diz Yara. Depois de coordenarem o treinamento sobre eletrônica básica para os professores, Vinicius e Yara começaram voluntariamente a ajudar docentes e alunos a desenhar, corroer e soldar as placas dos protótipos do satélite.

“Criamos a placa Ubatubino, que pode ser reutilizada para outras funções e as próprias crianças podem fabricar, usando programas de fonte aberta e material simples, como um ferro de passar roupa”, diz Vinicius. “As crianças estão fazendo pequenos computadores, com capacidade similar aos que os astronautas usaram na década de 1960 quando pousaram na Lua. É totalmente viável construirmos satélites educacionais inteiramente no Brasil, sem depender de importações, e promover, por exemplo, competições entre escolas.”

A edição de janeiro da revista SatMagazine , especializada em satélites, citou o trabalho realizado em Ubatuba: “O TubeSats já é parte do currículo de universidades e escolas ao redor do mundo. Talvez o mais ambicioso projeto esteja no Brasil em um programa coordenado por Candido Osvaldo e Emerson Yaegashi, no qual 120 estudantes criaram 22 maquetes do TubeSats em sala de aula. Os alunos que construírem as melhores maquetes ganharão a honra de montar o TubeSat orbital real”.

Sérgio Mascarenhas, coordenador de projetos do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, tem acompanhado com entusiasmo a construção do satélite de Ubatuba: “O apoio à iniciativa do professor é a saída para melhorarmos a educação no Brasil”, comenta. Em férias, o professor Candido Osvaldo de Souza não foi encontrado para comentar o projeto que ele coordena.

Imagens

O vídeo “Mão na massa: aprendendo a soldar, criar placas, corroer e fabricar placas no seu escritório” contém etapas do processo de produção das placas pelos professores e pelas crianças – como a impressão, usando ferro de passar roupa.

segunda-feira, janeiro 03, 2011