quinta-feira, março 17, 2011

Ajuda ao Japão

Camiseta da Fractal D
Todos nós estamos vendo os problemas que o Japão tem enfrentado nos últimos dias. Nesses momentos, pessoas e entidades se unem com o objetivo de ajudar as milhares de pessoas que ficaram desamparadas. Atitude esta a mais digna possível.

São várias as entidades e os anônimos que participam dessa corrente solidária em prol do Japão. Mas destaco aqui duas delas:

A empresa Fractal.D resolveu lançar a campanha “All 2gether 4 Japan”, buscando a captação de recursos, através da venda de produtos e o lucro arrecadado será 100% destinado à:

- 66,6% – vítimas da catástrofe no Japão. Segue a lista de entidades:

- Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo
- Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil
- Associação Miyagui Kenjinkai do Brasil

- 33,3% – Ong’s internacionais que se mobilizam para ajudar animais vítimas da catástrofe

Como ponta pé inicial, a Fuss em parceria com a Fractal.D criou a camiseta S.O.S. Japão, que estará disponível no site pelo valor de R$ 50. Outra iniciativa é a venda de 4 modelos de bonecos de pano da ONG Lua Nova. Para quem não conhece, a ONG Lua Nova atende a jovens mães e seus filhos em situação de vulnerabilidade social.

Para você ajudar, basta acessar o site da Fractal.D - que é o www.fractald.com.br - e clicar no banner “All 2gether 4 Japan” e comprar o produto desejado.


Outra iniciativa foi da banda Iron Maiden. Eles fariam dois shows no Japão nos dias 12 e 13 de março. Por conta da catástrofe, as apresentações foram canceladas e a banda anunciou ontem (dia 16) em seu site oficial que as camisetas especialmente feitas para serem vendidas no show do Japão estão disponíveis na loja oficial do grupo e o valor arrecadado com a venda delas será doado para a Cruz Vermelha japonesa, afim de ajudar as vítimas do terremoto. As camisetas custam em torno de 20 libras mais o frete.
São duas opções de ajuda para dois públicos diferentes. Ajudem. Ser solidário não faz mal a ninguém.

segunda-feira, março 07, 2011

A opção pela indigência

JORNALISMO NO CARNAVAL

Por Alberto Dines, publicado no site Observatório da Imprensa


É licito supor que os leitores de jornais e revistas que não viajaram nesta temporada carnavalesca têm tempo para ler, ao contrário do que sucede no resto do ano. Ora, se dispõem de tempo, esta não seria uma oportunidade para cativá-los oferecendo produtos caprichados, com textos ricos e variados?

Quando o cliente está disponível não se deve seduzi-lo com atrações?

Pois justamente nesta época, por força de uma lógica perversa, os nossos veículos impressos saem esquálidos, magros, sombras do que são. No domingo, a Folha de S.Paulo eliminou o caderno "Ilustríssima" e a "Revista São Paulo"; o Globo cortou os cadernos "Morar Bem" e "Boa Chance"; o Estado de S.Paulo saiu inteiro, embora afetado pela mesma redução no número de páginas e a dispensa de vários colunistas. Na segunda-feira (7/3), a Folha não publicou os cadernos "FolhaTeen" e o que reproduz matérias do New York Times.

Previsões confirmadas

A imprensa é um serviço público e serviços públicos devem ser disponibilizados em dias úteis ou feriados. Se os políticos aproveitam o feriado prolongado para fugir das suas responsabilidades, se as autoridades procuram esconder-se e os governos funcionam em regime de plantão, cabe à imprensa estrilar, reclamar. Este é o seu papel. Mesmo que esta deserção se repita todos os anos.

Os acontecimentos não respeitam o horário nem o calendário, jornalismo é uma atividade contínua, permanente. A dramática situação na Líbia não pode ficar espremida ou minimizada em edições esqueléticas só porque os executivos das empresas jornalísticas concluíram que não vale a pena premiar aqueles que gostam de ler.

Numa indústria que assume estar em vias de extinção este descaso só serve para confirmar todas as expectativas e previsões. O pior é que o jornalismo da internet, privado da massa de informações que captura nos impressos, parece ainda mais depauperado e vazio do que o habitual.