terça-feira, dezembro 27, 2011

The Guardian anuncia estratégia para cortar custos

Notícia retirada do site Observatório da Imprensa

O diário britânico The Guardian perderá seu caderno diário de esportes, noticia Joel Gunter [Journalism.co.uk, 16/12/11]. As notícias esportivas serão incorporadas ao caderno principal de terça a sexta-feira, permanecendo em uma seção separada às segundas e aos sábados.

A seção de esportes tem atualmente 10 páginas. Em setembro, as seções de mídia e sociedade já haviam migrado para o caderno principal. O mesmo acontecerá com o suplemento de filmes e música, publicado às sextas-feiras. A seção de obituários também sofrerá mudanças: passará de dois obituários para apenas um, e os comentários diminuirão de cinco para quatro.

As alterações na edição impressa acontecem depois de meses de trabalho e pesquisa. Um plano mais radical de redução diária das notícias, para dar lugar a um conteúdo mais investigativo, chegou a ser considerado, mas foi descartado.

sábado, dezembro 10, 2011

Deu Branco na Imprensa 10 anos

Essa festa vale muito a pena.
Se puder, compareça, pois a festança é das boas.

Oportunidade para se confraternizar, se divertir e descontrair.





sexta-feira, outubro 07, 2011

Cinco mitos sobre as mídias sociais


O Washington Post publicou artigo do professor de estudos da informação e design Ramesh Srinivasan, da Universidade da California em Los Angeles, em que ele cita cinco mitos sobre as mídias sociais. São eles:


As mídias sociais dão poder às pessoas

Hoje, há mais de cinco bilhões de pessoas conectadas via telefones celulares, dois bilhões de internautas, 750 milhões de usuários do Facebook. É fácil interpretar estes números como indicadores de aumento de poder político e econômico. Mas o professor defende que, ainda que a tecnologia ajude bastante, não é suficiente para provocar mudanças na sociedade.

“Certamente há exemplos de como as novas tecnologias ajudam os menos favorecidos”, diz. Ele cita fazendeiros do Quênia e pescadores indianos que usam aplicativos de celular para driblar intermediários corruptos e conseguir preços em tempo real para seus produtos. Lembra de blogueiros que denunciam violações dos direitos humanos, da comunicação via redes sociais dos ativistas durante a onda de protestos nos países árabes, e da organização do movimento “Ocupem Wall Street”, contra o sistema financeiro americano, que teve início nas últimas semanas em Manhattan.

Mas para tirar melhor proveito da tecnologia, diz Srinivasan, as pessoas dependem de infraestrutura física e capital humano – incluindo aí eletricidade e educação.

Os governos facilmente monitoram e censuram as mídias sociais

O professor lembra que a internet é um meio muito mais difícil de ser monitorado do que veículos de mídia como televisão, jornais e rádio, que dependem, em grande maioria, de um sistema estabelecido de capital para funcionar. Com estes veículos tradicionais, governos podem mais facilmente detectar locais de transmissão ou impressão. Não é tão simples, por outro lado, monitorar uma plataforma formada por pessoas munidas de um laptop espalhadas pelo mundo.

O Facebook e o Twitter tornaram a Primavera Árabe possível

Ainda que as mídias sociais forneçam novas ferramentas de comunicação e engajamento a ativistas no combate à repressão, elas dificilmente são responsáveis por guiar movimentos sociais, diz Srinivasan, particularmente porque não necessariamente levam as pessoas às ruas. O professor diz que menos de 5% da população egípcia, por exemplo, usa Facebook, e menos de 1% tem conta no Twitter.

Mas ele concorda que as mídias sociais têm efeitos indiretos na mobilização de pessoas – ajudam lideranças ativistas a organizar suas redes e a mídia a moldar sua cobertura.

Apenas jovens usam as mídias sociais

No mundo ocidental, elas são usadas por pessoas de todas as idades. Nos EUA, 60% dos usuários do Facebook têm pelo menos 35 anos, e a média de idade de membros do Twitter é de 39 anos. Isso significa que grande parte da base de usuários destes sites não usava a internet até seus 20 anos de idade.

Segundo o Pew Resarch Center, dois terços de todos os adultos americanos usam redes sociais, e um estudo de 2010 descobriu que 42% dos americanos com mais de 50 anos estão incluídos nesta parcela.

As mídias sociais criam uma população global

Apesar da ideia de que a internet deveria unir pessoas de culturas e inclinações políticas diferentes, Srinivasan afirma que usuários de redes sociais raramente se aproximam de opiniões divergentes das suas.

As relações no Facebook, por exemplo, ocorrem pela ligação com amigos e interesses em comum. O sistema do site é programado para apresentar ao usuário informações e atualizações pelas quais – “acredita” o sistema – ele se interessa. A disposição das ferramentas das redes, como as comunidades e a possibilidade de ser “fã” de algo ou alguém, apenas reafirma visões políticas e culturais. Mudar isso é um desafio para as mídias sociais.

sábado, setembro 10, 2011

O seu 11 de setembro

O dia 11 de setembro de 2001 mudou o mundo. E o que você estava fazendo durante os ataques terroristas?

quinta-feira, setembro 01, 2011

Iperó terá segundo reator nuclear

Minha matéria publicada no jornal Cruzeiro do Sul sobre a instalação do segundo reator nuclear na cidade de Iperó, reator este que será usado para a pesquisa científica e para a produção de radioisótopos, que são usados na produção de radiofármacos, por sua vez, utilizados em contrastes e medicamentos de combate ao câncer.

Iperó terá segundo reator nuclear

quarta-feira, agosto 31, 2011

Repórter não é Polícia; Imprensa não é Justiça

Retirado do Blog do Ricardo Kotscho

Ao voltar de Barretos, o meu correio eletrônico já estava entupido de mensagens de amigos e leitores comentando e me pedindo para comentar a reportagem da revista "Veja" sobre as "atividades clandestinas" do ex-ministro José Dirceu, um dos denunciados no processo do "mensalão", que tramita no Supremo Tribunal Federal e ainda não tem data para ser julgado.

Só agora, no começo da tarde de segunda-feira, consegui ler a matéria. Em resumo, como está escrito na capa, sob o título "O Poderoso Chefão", ao lado de uma foto em que Dirceu aparece de óculos escuros e sorridente, a revista faz uma grave acusação:

quinta-feira, agosto 04, 2011

Red Fang

Só queria saber uma coisa: porque só agora essa banda e esse vídeo surgiram em minha vida? Bom demais.

quarta-feira, agosto 03, 2011

Jornalista, profissional fragilizado

Por Leneide Duarte-Plon - retirado do Observatório da Imprensa
É uma profissão que passa seu tempo a auscultar os outros mas ignora quase tudo de si mesma. Na França, o instituto Technologia resolveu saber mais sobre os jornalistas franceses num momento em que esses profissionais se sentem fragilizados e se questionam sobre o futuro da profissão, ameaçada pela diminuição do número de leitores de jornais e pelas receitas publicitárias cada vez mais magras.

Os analistas costumam apontar a internet como o vilão da decadência da imprensa escrita e do jornalismo tal como o conhecemos até hoje. Mas a crise é estrutural, diz um estudo francês publicado pela revistaMarianne. Ao divulgar as conclusões da pesquisa do instituto Technologia, o diretor de Marianne, Denis Jeambar, se pergunta se em vez de ser o vilão da morte da imprensa, a Web não constituiria, “ao contrário, o ideal democrático da informação para todos ao alcance de um clique”. Segundo ele, o que a imprensa francesa chama de printemps arabe (primavera árabe) é a prova de que povos mais educados, e consequentemente mais bem informados, se revoltam contra ditaduras utilizando todos os meios modernos da comunicação. Assim, Al-Jazira foi um starter quase tão importante quanto o Twitter, o Facebook ou os smartphones na origem desse vento de liberdade. Sendo assim, novos meios são a melhor rima para liberdade.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Gatos pingados no sol

Retirado do Blog do Barbeiro

Neste final de semana, deu praia no Rio de Janeiro. Muita gente na areia lendo os jornais que, mais uma vez, traziam notícias sobre corrupção na máquina pública.

Um grupo de cidadãos organizou uma passeata para exigir que os corruptos sejam colocados na cadeia e que o dinheiro arrecadado através dos impostos seja bem empregado. Apareceram uns 300 gatos pingados no início e há quem diga que no final teriam umas 500 pessoas.

É interessante como a defesa da dignidade, da Ética, do interesse público receba tão pouco apoio. Até parece que o que os políticos e corruptos estão roubando pertence a desconhecidos e não ao cidadão brasileiro . Outras manifestações conseguem reunir milhões de pessoas em machas pelas avenidas, o que é uma demonstração da democracia brasileira, mas é no mínimo  desolador que uma marcha contra a corrupção não consiga reunir mais do que alguns gatos pingados.

Será que é essa é a sociedade que queremos para nós e para nossos filhos?

Kotscho

Cada dia mais gosto do blog do Ricardo Kotscho.

A quem não conhece, fica a dica: 
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/

sexta-feira, julho 22, 2011

Internet é local e não global, revelam pesquisas

Retirado do Observatório da Imprensa
A internet está encurtando o mundo – ou pelo menos é o que dizem as estatísticas da OECD (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento, que promove políticas para melhorar o bem-estar social e econômico) e da empresa de consultoria Boston Consulting Group (BCG), que mostram que a “rede das redes” globais é moldada pelas forças locais.

As estatísticas da OECD sobre o acesso à internet banda larga em seus países membros vêm sendo observadas atentamente e, agora, foram analisados os números de assinaturas de banda larga sem fio – com grandes diferenças entre os países. O BCG, por sua vez, em um novo estudo em 46 países, observa como negócios, consumidores e governos usam a web.

Os dados mostram que países diferentes têm economias distintas de internet. A infraestrutura de internet britânica é pobre, em especial por conta da sua velocidade lenta da banda larga, mas tem o maior gasto online por pessoa e suas agências governamentais são muito ativas. Hong Kong, por contraste, tem o mais alto índice de conectividade, mas seus consumidores preferem gastar seu dinheiro offline.

IVC constata crescimento de 4,2% na circulação de jornais no 1º semestre

Retirado do site do IVC
O meio Jornal apresentou crescimento médio de 4,2% na circulação no Brasil, comparando o primeiro semestre de 2011 e o mesmo período do ano passado. A constatação é do Instituto Verificador de Circulação (IVC), órgão responsável pela auditoria de jornais e revistas no País. O aumento foi impulsionado em maior escala pelo crescimento nas vendas de publicações com preço de capa até 99 centavos, que avançou 12,9%. Consequentemente, o volume de vendas avulsas teve maior expansão, alcançando 5,1% em relação ao incremento de 3,2% nas assinaturas. A média diária de circulação brasileira nos primeiros seis meses deste ano é de 4.435.581 exemplares, novo recorde histórico para a auditoria da entidade.

Gráfico com variação da circulação média anual entre 2000 e 2011 (Para 2011, a média fechada é até o mês de junho)



O levantamento engloba toda a circulação paga auditada pelo Instituto. Em média, o grupo de jornais com preço de capa acima de 2 reais registrou avanço de 3,2% na circulação.

domingo, julho 03, 2011

As gotas

Hoje, passei as mãos no vidro da janela do banheiro.
Gotas caíram, riscando um rápido e lindo traçado.
Eram lágrimas de dentro, por aquilo que eu via distorcido lá fora.

Ex-presidente Itamar Franco morre em São Paulo aos 81 anos

Retirado da Agência Brasil

Morreu hoje (2), aos 81 anos, o senador e ex-presidente da República Itamar Franco (PPS). Ele estava internado desde o dia 21 de maio no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratamento de uma leucemia. Segundo o hospital, o tratamento quimioterápico contra a leucemia surtiu efeito, mas, posteriormente, o senador contraiu uma pneumonia.

O último boletim médico, divulgado ontem (1º) pelo hospital, informava que o estado de saúde do senador era grave e que ele continuava internado na unidade de terapia intensiva (UTI), necessitando de ajuda mecânica para respirar.

Itamar Franco nasceu em 28 de junho de 1930 e chegou à Presidência da República em 1992, após a renúncia de Fernando Collor de Mello, envolvido em denúncias de corrupção. O senador, que exercia atualmente a vice-presidência do PPS, foi também governador de Minas Gerais e prefeito de Juiz de Fora.

quinta-feira, junho 30, 2011

A imprensa também pode ser autoritária?

Retirado do Blog do Kotscho

Caros leitores,

a pedidos, reproduzo abaixo a palestra que fiz na tarde desta terça-feira no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo dentro do Ciclo de Debates sobre Direitos Humanos promovido pelo Instituto Vladimir Herzog junto com a Escola de Comunicações e Artes.

“O PAPEL DO JORNALISMO NO COMBATE ÀS VÁRIAS FORMAS DE AUTORITARISMO”

Bom dia ou boa tarde para quem já almoçou.

É a terceira vez este ano que venho fazer palestra na ECA, onde eu estudei nos anos 60 do século passado.

Fui da primeira turma, mas até hoje não concluí o curso, embora nele já tenha dado aulas.

Nem sei se ainda tenho alguma novidade para contar a vocês depois de tantas vezes que voltei aqui nestes anos todos.

Como não sei falar de improviso, trouxe apenas algumas breves anotações sobre o tema de hoje porque é muito chato alguém ficar lendo a palestra e mais chato ainda ouvir uma palestra lida.

Sobre o tema que me foi dado hoje, além de todas os fatos que vocês certamente já conhecem dos livros de História sobre o papel do jornalismo na época da ditadura militar no Brasil, gostaria de levantar um aspecto polêmico.

De tanto combater as várias formas de autoritarismo, parece que a imprensa passou também a praticar algumas delas _ a começar pelo pensamento único, que obriga todo mundo a rezar pela mesma cartilha conservadora, partidária e preconceituosa de muitas empresas da chamada grande mídia nacional.

A estrutura hierarquizada, a disciplina, os interesses e os dogmas das nossas grandes redações só podem ser comparados aos que vigoram nas Forças Armadas, que na época estavam do outro lado do front.

Pertenço à geração que combateu o Ato Institucional nº 5, também conhecido por AI-5, e hoje noto, com tristeza, em alguns manuais de redação e práticas profissionais, que tem muita gente ainda pensando e agindo como na época em que mandava quem podia e obedecia quem tinha juízo.

O pior é que a maioria dos profissionais aceita passivamente o prato feito do pensamento único, imposto de cima para baixo, sem discussão. Nem é preciso dizer o que pode e o que não pode ser feito em determinado veículo para conseguir e garantir o emprego. Está implícito.

É claro que me refiro ao espaço do noticiário e não à parte editorial, que é onde cada empresa pode e deve expor sua opinião.

Pois, no momento, temos dois tipos de autoritarismo: o das empresas, que querem editorializar o noticiário, de acordo com as suas preferências políticas e ideológicas, e a atitude arrogante de muitos jovens e velhos jornalistas, mais preocupados em dar e impor suas opiniões aos outros do que em contar o que está acontecendo.

O leitor fica sem saber até onde vai o noticiário e onde começa a opinião. Ainda bem que inventaram um negócio chamado internet para quebrar estes oligopólios dos donos da verdade e do saber.

A internet, que transformou todos nós em emissores e receptores de informações, é a melhor forma de combater as várias formas de autoritarismo dos velhos ditadores, como estamos vendo no mundo todo, e de democratizar a circulação de notícias e opiniões.

Formadores de opinião hoje somos todos nós e não apenas aqueles que vivem nos aquários das redações.

Sorte de vocês que não tiveram que enfrentar a ditadura militar e poderão agora desfrutar deste novo tempo de democracia e liberdade. Aproveitem.

Como conselheiro do Instituto Vladimir Herzog, símbolo daqueles tristes velhos tempos, cumprimento os organizadores deste encontro e me coloco à disposição de vocês para o debate.

Muito obrigado.

Ulysses, o terror dos focas


 Matéria publicada no Jornal Bom Dia Sorocaba

quarta-feira, junho 29, 2011

No Jornal da Unicamp

Matéria da Raquel do Carmo Santos, do Jornal da Unicamp, sobre a minha dissertação, defendida no último mês de fevereiro.
Quem quiser pode encontrar a matéria com a foto colorida neste link: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/junho2011/ju499_pag8a.php



Jornal da Unicamp

quinta-feira, junho 16, 2011

A mídia como freio social

Por Luciano Martins Costa no Observatório da Imprensa

Na semana passada, durante debate na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, estudantes questionavam por que razão a imprensa tradicional funciona como um freio na sociedade, embora se esforce por parecer moderna e vanguardista.

Os participantes do evento não avançaram na discussão, mas o tema merece alguma reflexão.

De fato, se observarmos os movimentos sociais, iremos constatar que, de modo geral, a imprensa, como instituição, não atua de modo constante como força mobilizadora de mudanças. Quase sempre faz conjunto com as forças mais conservadoras da sociedade.

Há exceções, condizentes com os papéis que assume este ou aquele veículo de comunicação, principalmente no temas comportamentais ou mundanos.

Mas, no que se refere aos assuntos centrais do noticiário, como a política e a economia, pode-se perceber que a primeira resposta de jornais, revistas e meios eletrônicos associados às empresas dominantes de comunicação é sempre a mais conservadora.

Continuidade

Mesmo quando algum evento extremo ou escandaloso evidencia a necessidade de reformas, por exemplo, a imprensa se omite no aprofundamento dos debates e deixa esfriar o ânimo da mudança. Nesse sentido, pode-se alinhar uma série de acontecimentos que nunca merecem continuidade ou destaque no noticiário.

Por exemplo, as propostas legislativas de iniciativa popular, as consultas públicas e outras formas de suprir deficiências do sistema representativo são apenas pontualmente noticiadas mas nunca merecem o tratamento de alternativas válidas para as omissões do Parlamento.

Da mesma forma, os crimes na fronteira agrícola da Amazônia saem nos jornais mas logo desaparecem e nunca se discute o conflito agrário e as possíveis relações entre mandantes de assassinatos.

Instituição a serviço da imobilidade

Mesmo que rotineiramente se dedique a expor as mazelas do sistema, a imprensa se nega a colocar em debate público a possibilidade de mudanças estruturais, ainda que cabíveis no regime democrático e republicano.

Uma das causas pode ser o fato de que a mídia, em sua natureza, seleciona e oferece padrões, dita modas e modos, incorporando novos comportamentos às estruturas sociais e culturais já consolidadas, domesticando a novidade para que caiba nos padrões convencionais. Trata-se de uma instituição a serviço da imobilidade, ou de uma mobilidade relativa e sempre sob controle.

Como todas as instituições que fiscaliza e critica, a mídia tem ojeriza a rupturas. Por essa razão, é vista mais como freio do que como acelerador de mudanças na sociedade.

quarta-feira, junho 01, 2011

Ibama autoriza início da construção da Usina de Belo Monte

Por Agência Brasil

Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu hoje (1º) a licença de instalação para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). O documento permite o início da construção da usina.

Em janeiro deste ano, o Ibama havia concedido ao empreendimento uma licença parcial apenas para iniciar o canteiro de obras. A licença prévia, que foi concedida em fevereiro do ano passado, listou 40 condicionantes a serem cumpridas para que o empreendedor recebesse a autorização para as obras. Antes de entrar em funcionamento, a usina ainda precisará obter uma licença de operação, que está condicionada ao cumprimento de todas as exigências socioambientais previstas no projeto.

O leilão para definir o consórcio construtor da usina ocorreu em abril do ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a menor oferta pelo megawatt-hora da usina (R$ 77,97), o grupo vencedor foi o Norte Energia, liderado pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, com participação da Queiroz Galvão, Gaia Energia e mais seis empresas.

Apesar de as discussões ocorrerem desde a década de 70, a construção de Belo Monte ainda é motivo de polêmica. O processo de licenciamento da usina foi questionado pelo Ministério Público Federal no Pará e também pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Belo Monte é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve ser concluída até o começo de 2015. Com potência instalada de 11,2 mil megawatts, será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (Itaipu, que tem 14 mil megawatts de potência, é binacional) e a terceira do mundo.

sexta-feira, maio 27, 2011

Jornalismo em tempo de crise

Por José Marques de Melo (retirado do Observatório da Imprensa)
Discurso pronunciado pelo autor na terça-feira (24/5), em São Paulo, ao receber o Prêmio Personalidade da Comunicação durante a edição de 2011 do Congresso MegaBrasil de Comunicação Corporativa

Prof. Dr. José Marques de Melo
Foto: José Gerson Luiz Martins
Quem tem medo de crise?

O espectro da crise ronda o universo jornalístico desde que ingressei na profissão, há 52 anos. Naquele tempo, vivenciávamos a crise política da guerra fria, com a ameaça soviética de lançar mísseis sobre o território norte-americano, a partir de bases nucleares instaladas em Cuba, numa conjuntura marcada pela revolução tecnológica da imprensa. Aposentando os arcaicos processos de composição a chumbo pelas modernas chapas de offset, a imprensa era estimulada a enfrentar a concorrência da televisão, difundindo imagens e cores nas páginas dos jornais diários.

Neste começo de século, presenciamos a crise da globalização geopolítica, em função dos trágicos acontecimentos de 2001. Comandos muçulmanos suicidas convertem as Torres Gêmeas em alvos bélicos, usando como armas letais jatos sequestrados, lotados de passageiros, configurando um espetáculo midiático com audiência planetária. O mais recente episódio desse conflito imprevisível foi a invasão ianque ao território do Paquistão para eliminar Osama Bin Laden e seu quartel-general.

Emoldurando tais fatos está a crise que atinge o sistema financeiro internacional, abalando as estruturas econômicas e sociais do capitalismo, vitimando cruelmente os imigrantes estrangeiros, refugiados nos EUA e na Europa.

O Brasil evidentemente não está imune à contaminação dessa crise que ameaça restaurar a espiral inflacionária. Tampouco está ileso à crise do mundo árabe, onde as rebeliões populares indicam a saturação dos regimes autoritários, embora sem perspectivas de vitória para a democracia.

Não obstante, creio que vivenciamos uma conjuntura singular, em consequência do aprendizado republicano instaurado pela Constituição de 1988, compensando o doloroso período da ditadura militar urdida pelos golpistas de 1964. Por isso, vou me limitar à consideração do panorama nacional, tal como o percebo nesta segunda década do século 21. A crise do nosso jornalismo tem conotações múltiplas: crise no mercado, crise na profissão e crise na academia.

Mercado

A crise no mercado é menos uma crise financeira, porque as empresas se beneficiaram com a estabilidade econômica da era FHC-Lula, ensejando o boom publicitário da última década. É muito mais uma crise estrutural, resultante das inovações tecnológicas que sepultaram a hegemonia da cultura gutenberguiana. Produto da modernização organizacional do negócio midiático, a implantação de padrões de qualidade editorial acarretou o enxugamento das redações e abriu o flanco para a institucionalização da influência das fontes na agenda noticiosa.

Trata-se de uma crise sem desfecho previsível, tendo em vista a situação privilegiada que desfruta hoje o nosso país como sétima economia do mundo, destoando do neopopulismo latino-americano pela sua estabilidade constitucional.

quinta-feira, maio 26, 2011

Rodolfo em Sorocaba

O Rodolfo, ex-Raimundos, esteve ontem em Sorocaba, na Igreja Bola de Neve. Raimundos foi uma banda que marcou o cenário do rock brasileiro. A mistura de influências deu à banda o tempero necessário para se destacar naquele cenário cheio de bandas emergentes à época. Só para relembrar, destaco essa música que, para mim, resume o "punch" do que foi a banda: toda energia juvenil somada à vontade de fazer uma música diferente. Para quem não entende nada, segue a letra também.





A vida me presenteou com dois primos já marmanjo
um, muito justo, era o Augusto e o safado era o Berssange
Numa tarde ensolarada toda aquela criançada tomando refrigerante...

Com a família embebedada foi mais fácil armar uma bimbada
prum recém adolescente
Pois foi Berssange, primo velho e cancrado, que com muito do cuidado
chegou pra Augustinho e disse: "tu visse?"
Dudu já tá alucinado, já é meio caminho andado
pra rolinha comer alpiste
E pro rapaz não ficar triste vamo onde as nêga são ativa
não há em toda João Pessoa lugar melhor que o Roda Viva"
E foi pra lá que nóis rumamos quase nos desenfreamos
Nóis num tinha nenhum plano e os cabra foram saindo
e eu atrás ía gritando:
"onde é que cês tão me levando
voltar e buscar mainha ela ficou no bar sozinha"
"Ô menino abobado deixa mainha pra painho
Venha comigo e Augustinho
tu vai ser inaugurado
pois tu sabe,na família,nunca teve afrescalhado.
Chegar no Roda Viva tu vai ser homenageado"
Quando eu cheguei no recinto o forró já tava bravo
Bando de nêgo suado dançando com as rapariga
e o forró comia solto e veio um véio com os óio torto
de tanto beber cachaça e disse:
"Essa menina é massa,vai te deixar arretado"
Meu primo me olhou de lado e disse:"coitado"
Era uma quenga fedorenta,daquelas da mais nojenta
mas se você não aguenta você a leva para o quarto
Ela pegou no meu pau pôs a boca e depois ficou de quatro...

Foi num puteiro em João Pessoa,
eu descobri que a vida é boa
foi minha primeira vez...

segunda-feira, maio 23, 2011

Morre ex-editor-chefe do Cruzeiro

Retirado do site do Cruzeiro do Sul online
O jornalista Ulysses Alves de Souza morreu no domingo (22) de manhã, aos 78 anos, pois sofria de Mal de Parkinson. O seu corpo foi enterrado ontem à tarde, em São Paulo, onde residia. Ele deixa sua esposa Edileuza Soares, de 50 anos, com quem era casado há 21 anos, e seus quatro filhos, sendo dois com Edileuza e outros dois do primeiro casamento.

Nascido na cidade de Quatá, região de Bauru, Ulysses foi editor-chefe do jornal Cruzeiro do Sul por 3 anos, entre 1994 a 1997. Além de ter trabalhado em Sorocaba, o jornalista já possuía uma grande carreira construída em jornais e revistas de bastante renome em São Paulo.

Segundo Edileuza, ele Ulysses já lutava contra a doença há 12 anos, sendo que no último ano seu quadro começou a sofrer complicações. Apesar de já ter passado por cinco cirurgias, o jornalista estava recebendo tratamento médico em sua casa, em São Paulo, quando veio a falecer. Considerado por sua esposa como um "jornalista autodidata e brilhante", Ulysses deixou um projeto inacabado de um livro sobre sua história no jornalismo, que escrevia juntamente com Edileuza. "Ele é considerado um dos melhores jornalistas da categoria impressa por seus colegas, pois muitos deles foram treinados por ele", afirma a esposa, que também é jornalista.

Ele começou no Jornalismo em 1957, quando passou em um concurso público de admissão de redatores na empresa Folha da Manhã, sendo contratado no jornal Folha da Tarde. Ulysses passou, também, pelo Última Hora, Notícias Populares, O Estado de S. Paulo e em 1966, participou da equipe que planejou e lançou o Jornal da Tarde.

Dois anos mais tarde, em 1968, o jornalista também planejou e lançou a revista Veja. Para fazer da revista um sucesso, a editora Abril criou um curso de Jornalismo específico para formar profissionais para trabalhar na Veja, onde Ulysses foi professor de Redação e Edição. Já em 1970 foi convidado a reformular a revista Realidade, que havia tido uma enorme queda de tiragem na época. O seu último emprego foi na Gazeta Mercantil.

De acordo com reportagem publicada em 9 de janeiro de 1994, no Cruzeiro, Ulysses sempre tivera o sonho de comandar um jornal do interior; o sonho foi realizado no dia 6 do mesmo mês, quando assumiu o cargo de editor-chefe do Cruzeiro do Sul. "O Cruzeiro do Sul foi uma fase muito importante na vida dele", conta Edileuza.

MEU COMENTÁRIO - Fiquei sabendo hoje que um grande jornalista faleceu, o seu Ulysses. Uma pena para o jornalismo de qualidade. Tive a oportunidade de trabalhar com o seu Ulysses entre 1996 e 1997, quando começava minha carreira no Cruzeiro do Sul. Tive a sorte de tê-lo como editor-chefe e como orientador. A cada matéria escrita errada, seu Ulysses gritava o nome do repórter lá da sala de vidro onde ficava e, com a caneta, rabiscava todo o texto. E era batata: bastava cumprir as orientações e seguir as setinhas que ele fazia no papel (reordenando as frases) para que o texto ficasse "redondo". E a gente ficava com aquela sensação de "porque eu não fiz isso antes?"

Devido à importância do seu Ulysses ao meu texto jornalístico e, consequentemente, à minha profissão, eu fiz questão de agradecê-lo em minha dissertação, defendida no dia 28 de fevereiro de 2011, pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp. Já deixou saudade.

quarta-feira, maio 18, 2011

Bullying e a judicialização das relações pessoais

por Rita de Cássia de A Almeida - psicanalista - Retirado do Blog do Nassif

Bullying é o tema do momento. A palavra é inglesa e originária da palavra bully cuja tradução é valentão. Naturalmente que valentões e valentonas sempre existiram. E acredito que todos nós pelo menos em algum momento na vida fomos vítimas de algum valentão e/ou já nos comportamos como um. Mas porque será que o bullying se tornou um problema com tanto destaque nos últimos tempos, a ponto de parecer que ele só surgiu recentemente? Não tenho respostas formuladas para esta questão, mas acredito que haja um caldeirão favorável que faz com que o bullying esteja tão em voga.

Freud dizia que a fonte de maior sofrimento para nós é resultante de nossas relações com os outros já que, inevitavelmente e invariavelmente elas produzem alguma espécie de fracasso ou mal-estar. Vivemos, no entanto, numa era onde fracassos e mal-estares são completamente abominados. Então, se não há espaço para os mal-entendidos tudo precisa ficar sempre bem-entendido e, uma das formas que encontramos para aplacar os mal-entendidos da atualidade tem sido convocar rotineiramente o discurso judiciário para mediar nossas relações. A isso chamamos judicialização das relações pessoais. Mas, o perigo de sempre recorrer a este tipo de discurso para solucionar nossos problemas interpessoais é o de nos colocarmos sempre em lugares estanques e cristalizados; ou somos as vítimas ou somos seus algozes.

Permeado por um discurso fortemente judicializado torna-se preocupante a maneira como tem sido tratada a questão do que aprendemos a chamar de bullying. A exploração do tema tem se ocupado em dar voz a um exército infindável de pessoas que afirmam sofrerem ou terem sofrido esta forma de violência e que não se cansam de reafirmarem o lugar que foi definido para elas; o de vítimas. Os algozes por sua vez são os demônios do momento, execrados em suas condutas violentas e opressoras, mas que, afinal, apenas reproduzem as relações de poder que nossa sociedade semeia e reforça.

Tenho um filho adolescente. Certa vez, quando ele contava com uns 8 anos de idade, me relatou que havia um garoto em sua sala que o intimidava constantemente, com palavras e pequenas agressões. A meu pedido, ele me apontou o garoto na saída da escola que, como eu já suspeitava, tinha o dobro seu do tamanho. Me lembro que na hora em que vi o garoto, tive ímpetos de abordá-lo e tirar satisfações ou procurar os pais dele ou ainda me reportar à direção da escola. Ao contrário do que a grande maioria das pessoas pensa, mães psicólogas ou psicanalistas não pautam suas intervenções em teorias e fórmulas científicas. Educam como a maioria dos pais, baseados em seus saberes inconscientes, ou seja, saberes não teorizáveis e que foram adquiridos ao longo da vida. Sendo assim, com meu coração apertado e sem saber se estava tomando a melhor decisão, apenas disse ao meu filho algo mais ou menos assim: – Sei que este garoto tem o dobro do seu tamanho e sei que você está com medo dele, eu também teria se estivesse no seu lugar, mas também sei que você é muito mais inteligente que ele e vai saber resolver este problema. Passaram-se os dias e meu filho não se queixou mais do valentão. Certo dia, perguntei a ele se o garoto ainda o importunava e ele me disse: - Tudo bem, mãe. Eu já resolvi. Agora somos amigos. Perguntei como isso tinha acontecido e ele me disse com simplicidade: - Eu perguntei se ele queria ser meu amigo e ele aceitou.

Obviamente que ao fazer esta intervenção com meu filho eu jamais poderia imaginar o seu desdobramento, ainda mais um tão inusitado. Minha fantasia de solução transitava entre o final do filme Karatê-kid (onde o menino franzino finalmente dá uma surra no valentão) e uma revolução coletiva dos magrelos contra os fortões, liderada pelo meu filho, é claro. Hoje eu sei que a maneira que ele encontrou para resolver sua diferença com o valentão da sala foi invenção dele, mas também sei que ela só pôde acontecer porque eu, mesmo sem saber, permiti com minha maneira de intervir, que ele deixasse de ser apenas uma vítima dessa cena para também protagonizá-la. Se eu tivesse abordado o tal valentão, por exemplo, poderia até conseguir que ele deixasse de ser o algoz do meu filho, mas este jamais deixaria de ser a vítima.

Este é o problema das intervenções baseadas no discurso judicializado, elas apenas reforçam os papéis que já foram estabelecidos, sendo assim, as mudanças só ocorrem numa provável inversão de posições – como aconteceu no caso de Casey Haynes o menino gordinho que se tornou febre na internet depois de cansar de ser saco de pancadas e revidar em seu agressor – o que não modifica em nada o produto da relação, neste caso, violência.

Não pretendo de maneira nenhuma fazer deste relato uma receita para lidar com o bullying, pois, não acredito em receitas para educar e muito menos em receitas para resolver nossos mal-estares quotidianos. Mas, creio que devemos evitar intervenções que sirvam apenas para cristalizar e reforçar as pessoas em determinados lugares, dando a falsa impressão de que estamos tratando do problema. Sendo assim, coibir e punir os agressores pode até inibi-los em determinadas situações, mas não os fará questionar suas atitudes e sua posição perante o outro. Da mesma maneira, ter piedade e proteger as vítimas, não as fará experimentar posições subjetivas mais potentes e proativas.

Meu filho me ensinou muito em nossa experiência com o tal bullying, que na época nem tinha esse nome. Aprendi que muito além de agressores e agredidos, de vítimas e algozes, esta forma de mal-estar pode produzir algo muito mais interessante e positivo: amigos. E porque não? Sem esquecer que mesmo os amigos às vezes se desentendem.

segunda-feira, maio 09, 2011

Bolsas para rede estadual de ensino


A Secretaria da Educação de São Paulo prorrogou até 18 de maio o prazo de inscrição para o projeto Bolsa Mestrado/Doutorado, para professores da rede estadual de ensino que desejam cursar uma pós-graduação stricto sensu.

Serão oferecidas bolsas de R$ 1.300 (mestrado) e R$ 1.600 (doutorado). O benefício teve aumento de 64,5% para mestrado e de 102,5% para doutorado em relação aos valores oferecidos até este ano. "Com o incentivo, esperamos ampliar o número de docentes com mestrado e doutorado que lecionam nas escolas estaduais", disse Herman Voorwald, secretário da Educação e membro do Conselho Superior da Fapesp.

Para participar, os educadores devem ter no mínimo três anos de atuação no cargo e ser efetivos. Professores com pós-graduação em andamento também podem se inscrever. Neste caso, receberão bolsa proporcional ao tempo de curso (sem efeito retroativo).

Desde que foi criado, em 2004, o Bolsa Mestrado/Doutorado teve 3.477 trabalhos inscritos e aprovados. Desse total, 2.246 foram concluídos. Mais informações e inscrição: bolsamestrado.edunet.sp.gov.br

sexta-feira, maio 06, 2011

Grupo fará 'mamaço' após mãe ter sido impedida de amamentar em exposição

Crédito: Antônio Carlos Banavita
Retirado do Estadão.com 
Um grupo de mães organiza pelo Facebook um "mamaço" no Itaú Cultural da Avenida Paulista. Em março, uma mulher foi impedida de amamentar seu bebê em uma exposição no local. "Estava com meus dois filhos, um de dois anos e outro de dois meses. O menor acordou, pediu para mamar. Enquanto amamentava, rapidamente uma monitora me alertou que era proibido dar de mamar naquele espaço", disse a antropóloga Marina Barão, de 29 anos. "Reagi com espanto. Sem graça, a funcionária me levou à enfermaria dos bombeiros para que amamentasse lá", acrescenta.

Segundo Marina, a monitoria afirmou que os funcionários haviam sido orientados a não permitir que mães amamentassem na exposição, apenas na enfermaria. "Ela disse que era ordem superior. Fui pega desprevenida, falei que aquilo era contra os direitos da criança, mas ela pediu que a acompanhasse, senão chamaria um segurança."

Enquanto tentavam localizar a chefe dos bombeiros para abrir a enfermaria, a criança chorava. "Demorou uns 10 minutos. Não podia mais esperar, acabei amamentando meu filho na escada. A monitora então ficou olhando para os lados, preocupada se alguém visse", disse a mãe.

De acordo com a antropóloga, depois que a mobilização na internet começou, o Itaú Cultural enviou desculpas ao grupo. Ela afirmou ter aceito a retratação, mas o protesto - marcado para o dia 12 - será mantido. "Acho bacana as desculpas, nossa intenção não é guerra. Mas vamos fazer o ato pela importância da amamentação materna, para que isso não seja um ato mal visto socialmente", completa.

O Itaú Cultural reconhece que houve um "erro de orientação". "Dizemos aos monitores que as pessoas não podem se alimentar no espaço das exposições. Neste caso, o funcionário pôs a regra em prática. Foi uma orientação imprecisa", disse o diretor da entidade, Eduardo Saron. "Além de pedir desculpas às mães no Facebook, chamei nossa equipe e rediscutimos as medidas de atendimento ao público. Tomamos como aprendizado."

Saron afirma se o "mamaço" se concretizar, o Itaú Cultural vai "abraçar o ato". "Vejo a mobilização com bons olhos. Se as mães forem, vamos preparar uma programação especial, que dizer que somos abertos a todos."


Nota publicada pelo Itaú Cultural no Facebook

Pedido de desculpas e esclarecimento

por Itaú Cultural, sexta, 6 de maio de 2011 às 00:20

No mês de março, uma frequentadora de nossa sede na Avenida Paulista foi orientada pelo nosso serviço de atendimento ao público a não amamentar seu bebê no espaço coletivo de visitação. A direção do Instituto tomou ciência do fato por meio da internet, onde houve protestos justificados contra a conduta.

De fato, há uma regra geral que não permite que os visitantes se alimentem nas salas de exposição, regra esta instituída para resguardo das obras ali expostas.

A orientação geral, que não esclarecia e não contemplava especificamente a amamentação, induziu ao erro de avaliação e de atendimento. Alertados pelos protestos, revimos os procedimentos e estabelecemos nova orientação. As mães e seus filhos são muito bem-vindos no Itaú Cultural. A amamentação é um ato de amor e a melhor maneira de proporcionar o alimento ideal para o crescimento saudável e o desenvolvimento dos bebês, e pode ser praticada livremente em nossos espaços coletivos.

Estamos empenhados em proporcionar às mães com crianças pequenas, as melhores condições para que possam usufruir de nossas atividades e exposições. Pedimos desculpas publicamente pelo ocorrido e reiteramos, mais uma vez, o nosso compromisso de atender com carinho e acolhimento todos aqueles que nos visitam.

segunda-feira, maio 02, 2011

Editora Unesp lança download de livros gratuitos

A Editora Unesp (Universidade Estadual Paulista), em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da universidade, vem disponibilizando gratuitamente dezenas de livros eletrônicos (para download) em diferentes áreas do conhecimento. As obras integram a Coleção PROPG Digital e recebem o selo Cultura Acadêmica.

Atualmente são 44 títulos, baseados em estudos feitos na própria universidade, que abordam, entre outros áreas, Filosofia, Literatura, Ciência da Informação, Economia, Direito e Educação. O propósito da Unesp para os próximos 10 anos é atingir a meta de publicação de 600 livros, abordando outras áreas do conhecimento, como Design, Direito, Psicologia, Música, Filosofia, entre outros.

Trata-se do maior projeto de difusão de publicações de uma universidade pública brasileira e único quanto a concepção de publicação de obras originais em formato digital. Os primeiros títulos da Coleção encontram-se disponíveis no site http://www.culturaacademica.com.br

A polêmica sobre a balcanização da internet

Postado por Carlos Castilho no Observatório da Imprensa

O assunto ainda não ganhou as manchetes da imprensa, mas já está na agenda dos estrategistas e estudiosos da comunicação há algum tempo, pois são cada vez mais claros os sinais de uma polarização entre adeptos e críticos da nova ordem mundial que está sendo lentamente implantada pelas consequências socioeconômicas e politicas da internet.

A questão central é a manutenção da internet como uma rede unificada ou o seufracionamento em múltiplas redes, cada uma com suas regras e tecnologias próprias. Não é uma questão simples, porque a linha divisória entre as duas partes não segue a clivagem tradicional entre conservadores e inovadores.

Um recente estudo patrocinado pela ONU e realizado pela organização Freedom House mostrou como aumentou o controle, ou melhor, as tentativas de controledo acesso à internet na maioria dos 37 países pesquisados, entre eles o Brasil. O trabalho foca na questão das limitações ao livre acesso identificando governos repressores, cuja lista inclui tradicionais desafetos das grandes organizações jornalisticas do planeta.

domingo, maio 01, 2011

Blog invadido

Pessoal, peço desculpas se receberam alguma mensagem. Minha conta do Gmail e também o meu blog foram invadidos por algum servidor da China. O Gmail me avisou e me informou as precauções necessárias, medidas que já foram tomadas. Aqui no Blog deixaram apenas uma mensagem vendendo algo. Espero que nada de mais grave tenha ocorrido, mas peço desculpas se alguma mensagem indevida foi enviada.

terça-feira, abril 12, 2011

Gay Talese e o jornalismo preguiçoso

Retirado do Blog do Luis Nassif

De CartaCapital


Gay Talese: "O jornalismo está se tornando preguiçoso"

Por Fernando de Oliveira e Thiago Maurique*

Truman Capote, Tom Wolfe e Norman Mailer foram alguns dos expoentes do Novo Jornalismo — no qual se investiga com os instrumentos de repórter e relata com os recursos da ficção –, mas nenhum deles brilhou tanto nesse movimento surgido nos anos 60 quanto Gay Talese. Repórter do New York Times entre 1955 e 1965, cuja história contou no clássico O Reino e o Poder (1969), Talese escreveu algumas obras-primas da reportagem entre elas Frank Sinatra Está Resfriado, que se tornou o perfil mais famoso da imprensa norte-americana.

De escrita elegante, proveniente de um exaustivo processo de apuração, Talese contabiliza hoje, aos 79 anos, 11 livros publicados, todos traduzidos em diversos países e dissecados nos cursos de jornalismo pelo mundo. E nessa extensa produção está Honra Teu Pai, lançado recentemente pela Companhia das Letras e considerado pelo autor como um de seus favoritos.Publicado em 1971, Honra Teu Pai conta a história de Joseph Bonanno, chefe de uma das mais poderosas famílias de mafiosos de Nova York, e de seu filho Salvatore "Bill" Bonanno. Para escrever esse livro, o então repórter do New York Times Gay Talese precisou se tornar amigo de Bill Bonanno e esperar cerca de cinco anos para convencer o mafioso a lhe contar sua história. E ainda assim teve de esperar mais algum tempo até que Bill o autorizasse a escrever. Contudo, o jornalista realizou um livro-reportagem fundamental para entender os meandros da máfia.

Para falar sobre Honra Teu Pai, o jornalismo e seu próximo livro, Gay Talese concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter Fernando de Oliveira, do jornal gaúcho, de Santa Cruz do Sul, Diário Regional. A entrevista foi dada por telefone, de Nova York, onde Talese reside com sua esposa, a editora Nan Talese. Aqui, prosa dos repórter com esse mestre do jornalismo.

quarta-feira, abril 06, 2011

Resíduos sólidos urbanos será tema de Seminário nos dias 27 e 28 de abril

As Prefeituras de Sorocaba, Votorantim e Piedade, juntamente com a Universidade de Sorocaba (Uniso) e a Câmara Municipal de Sorocaba, vão realizar o 1º Seminário de Resíduos Sólidos Urbanos nos dias 27 e 28 de abril, na Cidade Universitária. O objetivo será discutir as políticas públicas para o setor e também as tecnologias de triagem e tratamento desses resíduos.

“Além de conhecer mais profundamente sobre as tecnologias do mercado para a área de triagem e tratamento dos resíduos sólidos urbanos, o seminário vai dar subsídios para que os municípios elaborem os seus planos de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos. Tudo isso é novidade para todos nós e teremos muito trabalho pela frente. Esse é apenas um primeiro passo”, explica Fabíola Ribeiro, gestora ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e uma das coordenadoras do evento. De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os municípios têm até 2012 para dar início ao plano.

Além disso, haverá uma exposição de tecnologias de triagem e tratamento por empresas atuantes na área de resíduos sólidos urbanos. O evento é direcionado aos municípios integrantes do Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba e Médio-Tietê (CBH-SMT), estudantes e profissionais da área ambiental.

quinta-feira, março 17, 2011

Ajuda ao Japão

Camiseta da Fractal D
Todos nós estamos vendo os problemas que o Japão tem enfrentado nos últimos dias. Nesses momentos, pessoas e entidades se unem com o objetivo de ajudar as milhares de pessoas que ficaram desamparadas. Atitude esta a mais digna possível.

São várias as entidades e os anônimos que participam dessa corrente solidária em prol do Japão. Mas destaco aqui duas delas:

A empresa Fractal.D resolveu lançar a campanha “All 2gether 4 Japan”, buscando a captação de recursos, através da venda de produtos e o lucro arrecadado será 100% destinado à:

- 66,6% – vítimas da catástrofe no Japão. Segue a lista de entidades:

- Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo
- Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil
- Associação Miyagui Kenjinkai do Brasil

- 33,3% – Ong’s internacionais que se mobilizam para ajudar animais vítimas da catástrofe

Como ponta pé inicial, a Fuss em parceria com a Fractal.D criou a camiseta S.O.S. Japão, que estará disponível no site pelo valor de R$ 50. Outra iniciativa é a venda de 4 modelos de bonecos de pano da ONG Lua Nova. Para quem não conhece, a ONG Lua Nova atende a jovens mães e seus filhos em situação de vulnerabilidade social.

Para você ajudar, basta acessar o site da Fractal.D - que é o www.fractald.com.br - e clicar no banner “All 2gether 4 Japan” e comprar o produto desejado.


Outra iniciativa foi da banda Iron Maiden. Eles fariam dois shows no Japão nos dias 12 e 13 de março. Por conta da catástrofe, as apresentações foram canceladas e a banda anunciou ontem (dia 16) em seu site oficial que as camisetas especialmente feitas para serem vendidas no show do Japão estão disponíveis na loja oficial do grupo e o valor arrecadado com a venda delas será doado para a Cruz Vermelha japonesa, afim de ajudar as vítimas do terremoto. As camisetas custam em torno de 20 libras mais o frete.
São duas opções de ajuda para dois públicos diferentes. Ajudem. Ser solidário não faz mal a ninguém.

segunda-feira, março 07, 2011

A opção pela indigência

JORNALISMO NO CARNAVAL

Por Alberto Dines, publicado no site Observatório da Imprensa


É licito supor que os leitores de jornais e revistas que não viajaram nesta temporada carnavalesca têm tempo para ler, ao contrário do que sucede no resto do ano. Ora, se dispõem de tempo, esta não seria uma oportunidade para cativá-los oferecendo produtos caprichados, com textos ricos e variados?

Quando o cliente está disponível não se deve seduzi-lo com atrações?

Pois justamente nesta época, por força de uma lógica perversa, os nossos veículos impressos saem esquálidos, magros, sombras do que são. No domingo, a Folha de S.Paulo eliminou o caderno "Ilustríssima" e a "Revista São Paulo"; o Globo cortou os cadernos "Morar Bem" e "Boa Chance"; o Estado de S.Paulo saiu inteiro, embora afetado pela mesma redução no número de páginas e a dispensa de vários colunistas. Na segunda-feira (7/3), a Folha não publicou os cadernos "FolhaTeen" e o que reproduz matérias do New York Times.

Previsões confirmadas

A imprensa é um serviço público e serviços públicos devem ser disponibilizados em dias úteis ou feriados. Se os políticos aproveitam o feriado prolongado para fugir das suas responsabilidades, se as autoridades procuram esconder-se e os governos funcionam em regime de plantão, cabe à imprensa estrilar, reclamar. Este é o seu papel. Mesmo que esta deserção se repita todos os anos.

Os acontecimentos não respeitam o horário nem o calendário, jornalismo é uma atividade contínua, permanente. A dramática situação na Líbia não pode ficar espremida ou minimizada em edições esqueléticas só porque os executivos das empresas jornalísticas concluíram que não vale a pena premiar aqueles que gostam de ler.

Numa indústria que assume estar em vias de extinção este descaso só serve para confirmar todas as expectativas e previsões. O pior é que o jornalismo da internet, privado da massa de informações que captura nos impressos, parece ainda mais depauperado e vazio do que o habitual.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Aniversário de BP


Hoje, é aniversário de um grande cara: Robert Stephenson Smith Baden Powell, o fundador do Escotismo. Esse homem criou um movimento de jovens que tem como máxima o "aprender fazendo". Infelizmente, neste brasilzão onde a inversão de valores predomina, o escotismo é ironizado e ter atitudes boas é sinônimo de ser idiota.

Baden Powell, antes de morrer, escreveu um carta e, nela, deixou sua última lição. Pediu aos escoteiros que fizessem o bem ao próximo e deixassem o mundo melhor do que encontraram. Hoje, deixo minha homenagem e agradecimento a este velhinho que foi muito importante em minha vida e formação.

A carta de Baden Powell diz:

"Caros Escoteiros:
Se vocês já assistiram a peça "Peter Pan", lembrar-se-ão que o chefe dos piratas estava sempre fazendo seu discurso de despedida, temendo que , ao chegar a hora de morrer , não tivesse tempo, talvez, de pronunciá-lo. Passa-se o mesmo comigo, e assim, embora eu não esteja morrendo neste momento, isto irá acontecer qualquer dia destes, e desejo mandar a vocês uma última palavra de adeus.

Lembrem-se esta é a última coisa que vocês ouvirão de mim, portanto meditem sobre ela.

Tenho levado uma vida cheia de felicidade, e desejo que cada um de vocês tenha também uma vida igualmente feliz. Creio que Deus nos colocou neste delicioso mundo para sermos felizes e saborearmos a vida.

A felicidade não vem da riqueza, nem do sucesso profissional, nem do comodismo da vida regalada e da satisfação dos próprios apetites.

Um passo para a felicidade é, quando jovem, tornar-se forte e saudável, para poder ser útil e gozar a vida quando adulto.

O estudo da natureza mostrará a vocês quão cheio de coisas belas e maravilhosas Deus fez o mundo para o nosso deleite. Fiquem contentes com o que possuem e tirem disso o melhor proveito. Vejam o lado bom das coisas em vez do lado pior. Mas, o melhor meio para alcançar a felicidade é proporcionando aos outros a felicidade.

Procurem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram, e , quando chegar a hora de morrer poderão morrer felizes sentindo que pelo menos não desperdiçaram o tempo e que procuraram fazer o melhor possível. Deste modo estejam "bem preparados" para viver felizes e para morrer felizes.

Mantenham-se sempre fiéis à sua promessa Escoteira, mesmo quando já tenham deixado de ser rapazes, e Deus ajude a todos a procederem assim.

Do amigo

Baden-Powell of Gilwell"

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Vamos mudar o mundo?

No começo era só um nerd, um moleque - digamos assim - que, com suas ideias, queria mudar o mundo. Ou talvez nem quisesse, queria apenas explorar os códigos binários - 0 e 1 - e ganhar alguma grana com isso. Mas ele acabou inventando a internet. Como essa história termina eu não sei, sei que hoje eu vi uma das várias resultantes dela: o ditador egípcio, Hosni Bubarak, pediu arrego depois de 30 anos no poder e 18 dias de forte protesto popular.

O que estamos acompanhando nos últimos anos é a mudança do modelo de Estado. Nos anos que se foram, a população elegia um representante político, lhe dava um voto de confiança para, em troca, o eleito manter a ordem social no Estado.

Com posse desse Poder e da máquina administrativa, os governantes sempre fizeram e desfizeram, aproveitando-se de seu status. Controlavam as mídias, aproveitavam-se da Justiça comprada, do legislativo leniente. Mas não contavam com um nerd. Aquele da internet.

Os Poderes começam a voltar à mão da população, de uma forma: internet. Por meio dela, a informação chega à população. E ela, por sua vez, percebe cada vez mais que não é mais refém desses governantes e começa a retomar o Poder que nunca deveria ter saído de suas mãos. "O Poder emana do povo", já dizia a constituição.

Nesses últimos meses, eu vi a maior nação do mundo, a mais rica, trilhardária, aliás, pedir... não, ela não mandou... ela pediu. Esse Estado poderosíssimo - que tem caças supersônicos avançados, a tropa mais equipada do mundo, porta-aviões e submarinos nucleares - pediu que um homem não publicasse dados em seu site: o wikileaks. (http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1630939) Dá pra entender a dimensão disso? Antigamente, os EUA explodiam um país inteiro caso discordassem deles. Agora, eles se ajoelham a um homem e pedem que ele não publique informações na internet. Isso é fantástico do ponto de vista da democracia. O Poder está voltando às mãos de todos. Quem tem acesso à internet tem poder. Quem tem um blog, vlog, twitter e tantas outras ferramentas tem poder.

Agora, uma manifestação que começou pela internet e ganhou corpo se desdobrou na renúncia de um ditador. O que eu acho muito curioso nisso é a mudança dessa guerra. Ao ser ameaçado, o ditador não acionou seus tanques, seu pelotão, seus caças. Não havia inimigo. Ele era oculto mesmo; na verdade esse inimigo estava pulverizado, estava em todo o lugar. Estava na internet.

Hosni Bubarak mandou interromper o sinal de internet. O "inimigo oculto" continuou atacando, com torpedos - não os militares, mas os de celular - e, novamente atacado, Bubarak mandou interromper a telefonia do Egito. A guerra mudou.

O resultado dessa guerra pontual no Egito todos nós sabemos, porém, o resultado dessa mudança de poder ainda caminha. E minha alegria é ver que ela caminha a passos largos na formação de países mais democráticos, efetivamente. O poder sai da mão de poucos. E nós estamos presenciando isso atualmente. Viva o nerd, o menino de 17 anos que talvez nem quisesse mudar o mundo. Que sirva de exemplo: é possível sim mudar o mundo.

Exército diz que "não há alternativa à legitimidade do povo"

Publicado no portal Terra

O Alto Conselho das Forças Armadas do Egito anunciou nesta sexta-feira, em pronunciamento feito pelo porta-voz militar, Ismail Etman, que em breve divulgará as medidas que serão aplicadas e afirmou que "não há alternativa à legitimidade do povo". Na nota, lida após a renúncia do presidente Hosni Mubarak, os militares expressaram seu agradecimento "a todos os mártires que sacrificaram sua vida" pela liberdade do país.

Os militares disseram ainda que estão "estudando" as demandas da população para "mudanças radicais" e que irá fazer novos pronuncimentos a seguir, segundo informações da rede britânica BBC. Minutos antes, o Conselho, chefiado pelo ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, havia informado que demitiria o gabinete de governo e que suspenderia as duas casas do Parlamento, de acordo com a rede de TV Al Arabiya

terça-feira, fevereiro 08, 2011

O mestre da paciência

Por sugestão de um amigo das antigas
Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se.

Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

O mestre perguntou:

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceitar, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma... a não ser que você permita!!!

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Por Beth Cerquinho, Retirado do Blog Beth Cerquinho 

Oi queridos, me permiti abrir parênteses aqui pra contar um pouco sobre o meu ano novo, que ainda nem começou.

Dia 22 de dezembro de 2010, estava sem aparelho na perna (sofro de poliomielite) peguei as muletas pra andar em casa, quando uma delas quebrou, isso..quebrou ao meio...(e não isso nunca poderia acontecer)! Desde lá estou de cama em repouso me recuperando de 2 fraturas, uma no Fêmur e outra na tíbia. Ainda de acordo com a previsão médica faltam mais 2 semanas...mas quem sabe né??

Eu não processei nem vou processar o lugar que comprei, meu marido foi até lá entregou a eles e pediu a gentileza que nunca mais houvesse um só artefato ortopédico dessa indústria a venda. Estou desde então com a vida parada, projetos parados,e passei por dores quase insuportaveis...Aqui preciso confessar :- Gente o remédio que o Drº House toma é ÓTIMO, foi assim que consegui dormir. Passei por um período que se misturou depressão e ansiedade, afetou muito meu humor, hoje com remédios estou voltando a ser eu mesma.

Tenho vários pares de muletas canadenses, a pergunta que ficou é:- quem testa o material pra chegar até mim?

- Não tem um selo do Inmetro ou outro órgão, sendo que qualquer brinquedo de R$1,99 é obrigado a ter.

- Porque esses artefatos não vem com instrução de armazenagem ou especificando a validade?

-Como saberei se a muleta pode me aguentar e por quanto tempo?? Onde está escrito isso??

É uma falha muito séria essa afinal, muito idosos e portadores de degeneração óssea usam.

Mas não tenho a quem reclamar senão aqui no meu blog. Nesse país só se fala em reparação financeira, e não é que eu não precise, mas nada vai pagar a dor e o tempo que infligi aos familiares e a mim mesma.

É isso meus amigos...e podem ir preparando aquele feijão preto que eu tô voltando...rs

Como disse um amigo, "nóis enverga mais num quebra."

quinta-feira, janeiro 27, 2011

A USP contra o Estado de Direito

Artigo de Fábio Konder Comparato, Francisco de Oliveira, Jorge Luiz Souto Maior, Luiz Renato Martins e Paulo Arantes 
Artigo publicado na "Folha de SP"

Um estatuto que permanece intocado mesmo após o fim do regime militar e um reitor que tem buscado a qualquer custo levar a efeito um projeto privatizante estão conduzindo a USP ao caos.

Após declarar-se pelo financiamento privado e pela reordenação dos cursos segundo o mercado, o reitor vem instituindo o terror por intermédio de inquéritos administrativos apoiados em um instrumento da ditadura (dec. nº 52.906/ 1972), pelos quais pretende a eliminação de 24 alunos.

Quanto aos servidores, impôs, em 2010, a quebra da isonomia salarial, instituída desde 1991, e, para inibir o direito de greve, suspendeu o pagamento de salários, desrespeitando praxe institucionalizada há muito na USP.

Agora, em 2011, determinou o "desligamento" de 271 servidores, sem prévio aviso e sem consulta a diretores de unidades e superiores dos "desligados". Não houve avaliação de desempenho. Nenhum desses servidores possuía qualquer ocorrência negativa. As demissões atingiram técnicos na maioria com mais de 20 anos de serviços prestados à universidade.

O ato imotivado e, portanto, discriminatório, visou, unicamente, retaliar e aterrorizar o sindicato (Sintusp), principal obstáculo à privatização da USP desde a contestação aos decretos do governo Serra, em 2007. Mas o caso presente traz outras perversidades.

Todos os demitidos já se encontravam aposentados, a maioria em termos proporcionais. Na verdade, foram incentivados a fazê-lo por comunicação interna da USP, divulgada após as decisões do STF (ADIs nº 1.721 e nº 1.770), definindo que a aposentadoria por tempo de contribuição não extingue o contrato de trabalho.

A dispensa efetivada afrontou o STF e configurou uma traição ao que fora ajustado, chegando-se mesmo a instituir um "Termo de Continuidade de Contrato em face da Aposentadoria Espontânea".

Nem cabe tentar apoiar a iniciativa no art. 37, parágrafo 10, da Constituição, que prevê a impossibilidade de acumular provento de aposentadoria com remuneração de cargo público, pois esses servidores eram "celetistas", ocupantes de empregos públicos, e suas aposentadorias advinham do Regime Geral da Previdência Social, e não de Regime Especial.

O ato não tem, igualmente, qualquer razão econômica e, ainda que tivesse, lhe faltaria base jurídica, pois, como definido pelo TST (caso Embraer), a dispensa coletiva de trabalhadores deve ser precedida de negociação com o sindicato.

Do ato à sorrelfa, com a USP esvaziada pelas férias, não se extrai qualquer fundamento de legalidade, sobressaindo a vontade do reitor de impor o terror a alguns dos líderes sindicais da categoria, próximos da aposentadoria, contrariando até mesmo parecer da procuradoria da universidade, que apontara a ilegalidade das demissões.

Assinale-se a magnitude do potencial dano econômico-moral à USP. A ação desumana de gerar sofrimento imerecido a servidores fere a imagem da universidade.

Sob o prisma econômico, a dispensa coletiva, de caráter discriminatório, traz o risco de enorme passivo judicial, pelas quase certas indenizações por danos morais que os servidores "desligados" poderão angariar a partir das decisões do STF e do TST e da forma como o "desligamento" se deu, sem contar reintegrações e salários retroativos.

Cumpre conduzir à administração da USP a noção de que "ninguém está acima da lei", exigindo-se a revogação imediata dos "desligamentos" e o estabelecimento de uma Estatuinte à luz da Constituição de 1988, em respeito ao Estado democrático de Direito.


 - Fabio Konder Comparato é professor emérito da Faculdade de Direito da USP; Francisco de Oliveira é professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP); Jorge Luiz Souto Maior é professor associado da Faculdade de Direito da USP; Luiz Renato Martins é professor da Escola de Comunicações e Artes da USP; Paulo Arantes é professor da FFLCH-USP. 

Jornal de Piracicaba inova na área de pré-impressão com a chapa verde

Por Alessandro Meirelles - Jornal de Piracicaba

O Jornal de Piracicaba é o primeiro veículo de informação no interior de São Paulo a adotar no seu processo de pré-impressão a tecnologia da chapa N92-VCF, conhecida no mercado mundial como chapa verde, por não utilizar produtos químicos.

Além de não usar substâncias nocivas ao meio ambiente, o processo utilizado pelo JP desde a semana passada também reduz a utilização de água.

"A tecnologia já é usada nos estados do Paraná e Santa Catarina. Em São Paulo, existe na capital e no litoral paulista, mas no interior ainda era inédita. É uma inovação que vai ao encontro do que há de mais ecológico no mercado de jornais", destacou o gerente de marketing da empresa Agfa Graphics, Eduardo Ferreira de Sousa, que forneceu o equipamento ao JP.

O uso de produtos químicos no processo de pré-impressão ainda é uma realidade no mercado editorial. Com o novo procedimento, o JP sai na frente. E quem agradece é a natureza.

"Essa chapa elimina qualquer processamento químico durante a pré-impressão digital. O produto usado agora tem PH neutro, que é ambientalmente correto. Nossa intenção era melhorar o processo produtivo, sem agredir em nada o meio ambiente", ressaltou o gerente industrial e de T.I (Tecnologia da Informação) do JP, Leandro Halle Najm.

Vamos fazer chulé?

Quem disse que fazer ciência é chato? Quando jovem, eu era viciado nesse programa aqui: o Mundo de Beakman. E essa é uma das mostras que aprender pode ser algo bastante divertido.
Um dos experimentos que fiquei fascinado quando Beakman apresentou foi esse: como fazer chulé. Me lembro que mais tarde, com 21 anos, fui trabalhar no Cruzeiro do Sul e tentei, em vão, convencer a, então, editora do Cruzeirinho, a saudosa Selma Said, a publicar a receita e ensinar os baixinhos a fabricarem chulé. heheheh A Selma, prudentemente, não aceitou a ideia. heheheheh

Bom, aos que perderam o episódio e a oportunidade de aprender, aqui está. Basta seguir as dicas do Beakman e ficar bem longe do vidro depois quando abrí-lo. Boa sorte!

terça-feira, janeiro 25, 2011

Viola minha viola

Por Mauro Tanaka Riyis, retirado do blog do Blog Tanaka Guitar

Uma das minhas músicas favoritas na adolescência era Aces High do Iron Maiden. Nessa época se me falassem de viola caipira, sanfona, etc era capaz de eu dar porrada.

Como os tempos mudaram e de um tempo para cá eu raramente perco um prograda do Sr. Brasil na TV Cultura apresentado pelo ícone Rolando Boldrin, achei intressante colocar esse vídeo demonstrando que exageros e purismos raramente nos levam a um bom lugar.

sábado, janeiro 22, 2011

Estranged

'Cause I see the storm is getting closer
And the waves, they get so high
Seems everything we've ever known is here
Why must it drift away and die?


PS - Nem sou muito do vídeo não. O que faz efeito, para mim, é a música mesmo. Acho muito bonita, e outra: o Slash é foda.