quinta-feira, dezembro 30, 2010

Vereadores revogam aumento de salário

Publicado no Cruzeiro on-line

Os vereadores de Sorocaba decidiram, na manhã de hoje (30), revogar o aumento salarial que se concederam a partir de 2013. Pela proposta, eles receberiam na próxima legislatura R$ 15 mil por mês.

Com a medida, os subsídios continuam a ser reajustados com base no índice aplicado aos servidores públicos.
A decisão foi tomada em reunião na Câmara e determinada pela pressão popular. A Proposta será votada durante sessão extraordinária na próxima terça-feira (4).

domingo, dezembro 26, 2010

Projeto quer impedir o aumento de salário dos vereadores

Por Giuliano Bonamim no site do Jornal Cruzeiro do Sul

A decisão dos vereadores de Sorocaba em aumentar os seus próprios salários de R$ 7,8 mil para R$ 15 mil, a partir de 2013, começou a provocar efeitos na sociedade civil e em entidades organizadas. Um encontro no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 5ª feira (23) à tarde, definiu a criação de um projeto de iniciativa popular para reverter a decisão dos parlamentares sorocabanos.

O objetivo do movimento é fazer com que os salários dos vereadores sejam novamente atrelados ao reajuste dos servidores públicos municipais, como era feito desde 2004. Com a aprovação do novo projeto, feita em 20 de dezembro, o pagamento dos integrantes da Câmara sorocabana passa a ser ligado com a remuneração dos deputados estaduais.

O encontro na Apeoesp teve a presença de 29 pessoas, entre estudantes, professores, membros de partidos políticos, advogados, sociólogos e integrantes do Grupo Fé e Política da Arquidiocese de Sorocaba. A intenção é reunir 20 mil assinaturas - com nome completo e o número de título de eleitor - para anexá-las ao projeto de iniciativa popular e encaminhá-las à Câmara Municipal. O grupo também pretende barrar a criação de mais 20 cargos de assessor parlamentar, sem concurso público, um para cada vereador, com salário de R$ 3.016 por mês.

A próxima reunião está agendada para 8 de janeiro de 2011, às 16h, na sede da Apeoesp. Segundo o coordenador da entidade, Alexandre Tardelli Genesi, no encontro será apresentado o texto do projeto de iniciativa popular e definida a estratégia para a coleta de assinaturas pela cidade.

O discurso dos 29 participantes do movimento é o mesmo: de indignação. Genesi acusa os vereadores de descaso pelo tratamento dado os manifestantes e aos cidadãos presentes no plenário da Câmara, além da forma como transcorreu a votação. "Na realidade, isso não foi um aumento, mas sim um abuso que eles [vereadores] aprovaram", comenta. Segundo o coordenador da Apeoesp, o ato causou revolta em toda a população. "O nosso objetivo é fazer com que esse movimento ganhe força, desmascare os vereadores e mostre à sociedade a imoralidade desse abuso que cometeram", conclui.

O professor Luiz Orlando Banietti segue o mesmo discurso e classifica como uma atitude de extrema ironia o comportamento dos vereadores durante a sessão. "É uma canalhice o que eles fizeram com o povo de Sorocaba, pois eles não foram eleitos para aumentar os próprios salários, mas sim para trabalhar em favor do povo", diz. Para ele, o povo sorocabano dará uma resposta e vai conseguir reverter esse aumento. A decisão de aumentar os salários dos parlamentares também revoltou o coordenador do Grupo Fé e Política da Arquidiocese de Sorocaba, Francisco Carlos Leite, segundo suplente da Câmara de Vereadores pelo PT.

"Embora eu seja um suplente da Câmara dos Vereadores, particularmente não concordo com esse aumento e estou defendendo o que a população tem me procurado", comenta. Segundo ele, nesse momento é importante a conscientização das entidades e da população sobre o assunto. "Queremos que a cidade saiba o tamanho do aumento salarial que veio para os vereadores, pois diante daquilo que vivemos hoje é um valor absurdo", diz Leite.

Dois representantes de partidos políticos de Sorocaba também manifestaram apoio ao movimento. O representante da executiva municipal do PC do B, Marcos Anchieta, e o presidente do Psol, Rodrigo Chizoleni, demonstraram interesse em ajudar a sociedade na derrubada do aumento. "Só depende da gente, pois todo movimento precisa ter uma organização interna e um reflexo na sociedade. E esse reflexo eu garanto que já existe, pois sentimos que a população está indignada", diz Anchieta.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Herman Voorrwald substituirá Paulo Renato Souza

Por Catia Seabra, publicado no Folha de SP Online

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou nesta sexta-feira que o reitor da Unesp, Herman Voorwald, irá assumir a Secretaria de Educação no lugar de Paulo Renato Souza.

A informação foi antecipada por Renata Lo Prete e Fabio Zambelli, do "Painel" da Folha. O reitor será oficializado às 16h, com outros dois nomes para secretarias.

Ao concluir que seria substituído, Paulo Renato decidiu se antecipar e disse que comunicaria a Alckmin o desejo de sair. A decisão, porém, já havia sido tomada.

Os indicadores da educação paulista e o sistema de progressão continuada custaram a Alckmin os mais pesados ataques da oposição na campanha. Ele tem manifestado aos mais próximos a preocupação em reposicionar a gestão da secretaria.

Além da reformulação conceitual, a troca atende a duas demandas manifestadas na campanha: a implantação de um modelo de ensino integral, ancorada na ressurreição de programas como o Escola da Família, e uma nova atitude diante das queixas do professorado.

A crise na interlocução com a categoria chegou ao ponto mais agudo em março, quando um grupo de sindicalistas entrou em confronto com policiais em frente ao Palácio dos Bandeirantes.

O primeiro nome cogitado para a pasta foi o de Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza. Mas Alckmin passou a procurar um nome com histórico acadêmico, e a triagem chegou a Voorwald, 55.

Doutor em mecânica, ele dirigiu a Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba e é reitor da Unesp desde janeiro de 2009.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Deu branco na Imprensa 2010

No próximo dia 20 (segunda-feira), acontece a 9ª edição do 'Deu Branco na Imprensa', a festa de final de ano que reúne toda a imprensa de Sorocaba, tanto profissionais quanto estudantes de comunicação.
A festa - que a cada ano muda de lugar - acontece neste ano no Asteroid, a partir das 21h. O ingresso custa R$ 5 e mais um litro de leite. As pessoas que forem participar devem ir vestidas de branco, pois, à meia-noite, celebramos a passagem de ano (com contagem regressiva e tudo).

A música fica por conta dos DJs Fred Marques e Will. Fica aqui o convite para dançar, cantar, descontrair e, principalmente, confraternizar. Vamos lotar o Asteroid e arrebentar nesta nossa festa de final de ano. E olha que nesta festa - mais do que em todas as outras - nós temos o que comemorar...

PS - Quem puder dar uma força na divulgação, o banner é esse acima

sábado, dezembro 11, 2010

Dos piores eu sou o melhor

Adorei esse personagem do Marco Nanini. Pela interpretação em si e pela música que ganhou do Sepultura. Casamento perfeito.



sexta-feira, dezembro 10, 2010

O melhor vídeo de 2010, segundo o Youtube

Por jose luiz ribeiro da silva (no Blog do Nassif)

O Youtube elegeu o vídeo Embrace Life (Abrace a Vida) como o melhor de 2010. Trata-se de uma campanha da britânica Sussex Safer Roads Partnership para incentivar o uso do cinto de segurança dos automóveis.

As imagens mostram na sala de uma casa um pai que finge dirigir em câmera lenta e, ao perder o controle do carro, ele é salvo pelo abraço (metáfora do cinto) da filha e da mulher.

O vídeo já foi premiado com um Leão de Bronze em Veneza. Agora, receberá do Youtube 87 mil euros, cerca de R$ 204 mil. Foi assistido mais de 11 milhões de vezes.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Folha vaza vencedores de festival de cinema e conturba noite de premiação

Publicado pelo site Comunique-se

A Folha de S.Paulo divulgou antecipadamente a lista dos vencedores do 43º Festival de Cinema de Brasília, na última terça-feira (30/11), antes da festa de premiação. Para veículos impressos, a assessoria de imprensa do evento divulgou a lista antes, com o acordo de que deveriam ser publicados na versão online apenas após a divulgação oficial dos vencedores, que aconteceria na mesma noite. Em matéria publicada nesta quarta-feira (01/12), o jornal admitiu a falha.

Com o vazamento, parte do público se desinteressou por acompanhar a festa de premiação, outros anunciavam os vencedores antes dos cineastas subirem ao palco. Um dos vencedores chegou a ironizar, agradecendo pelos prêmios que ainda iria receber.

Na ocasião, o assessor de imprensa do evento, Michel Medeiros, subiu ao palco para esclarecer o vazamento. “O fechamento da imprensa é cedo. Passamos o resultado às 22h30, com embargo. Infelizmente, o grupo Folha quebrou o embargo e soltou antes de todos. Entramos em contato com o grupo Folha. Não houve privilégio a nenhum veículo de comunicação. A assessoria não agiu de má fé”, disse.

Folha esclarece

Em matéria publicada nesta quarta-feira (01/12), a Folha alegou que a cerimônia de premiação começou com certo atraso, mas reconheceu a falha. “Por uma falha de organização, os resultados foram publicados na versão on-line da Folha e em seguida reproduzidos pelo portal UOL, enquanto a cerimônia de premiação, que começou com certo atraso, ainda estava em andamento”.

sexta-feira, novembro 19, 2010

A imprensa cansada

Por Alberto Dines no Observatório da Imprensa

Vinte dias depois de terminada uma das mais renhidas campanhas eleitorais, a chamada grande imprensa ainda não conseguiu se reencontrar. Parece nocauteada: não recuperou a sua energia, entonação, nem a velha dimensão.

Perdeu o jeito – na verdade a grande imprensa ficou pequena. Não conseguiu adaptar-se à súbita mudança nas esferas do poder. Parece de ressaca.

Não percebeu que até o dia 31 de outubro dependia exclusivamente do presidente da República, era viciada em Lula, ele comandava o espetáculo, ele comandava o noticiário. Agora, o presidente recolheu-se, passou a operar nos bastidores enquanto a sucessora está completamente absorvida pelo desafio de montar a sua equipe, organizar as prioridades, montar os bastidores e as rotinas.

Balanço negativo

É preciso reconhecer que o poder também não se encontrou, nem se consolidou. Dilma Rousseff levará algum tempo para encontrar um estilo e descobrir o seu tom.

Neste clima generalizado de intervalos, onde impera o silêncio depois de um longo e cansativo berreiro, fica visível que a imprensa está patinando, perdeu as referências, não tem onde se agarrar, sobretudo está exibindo sem qualquer disfarce a sua velha fraqueza: não sabe viver sem declarações.

Pior: precisa ser pautada, não tem agenda própria. Não sabe ver o mundo, muito menos colocar-se nele. Sem o Enem e a débâcle de Silvio Santos teríamos os jornalões tratando apenas de crimes e futebol.

O Natal promete ser lucrativo – isso basta, já que nossos jornais são uma extensão do comércio. Depois virá o verão com as suas banalidades.

O quadro é ainda pior na mídia digital – que no Brasil, aliás, só existe como reverberação, incapaz de inventar-se para ocupar os espaços que uma mídia impressa cansada lhe oferece graciosamente.

O encerramento da primeira década do século 21 merecia olhares mais atentos e ânimos menos acirrados.

domingo, novembro 14, 2010

A síndrome do hamster nas redações

Postado por Carlos Castilho no Observatório da Imprensa

A imagem do ratinho correndo freneticamente no pequeno carrossel dentro de uma gaiola foi a escolhida pelo jornalista norte-americano Dean Starkman para descrever o ritmo cada vez mais veloz adotado pelas redações para processar e publicar notícias.

A correria do ratinho não tem nenhum sentido ou objetivo. É correr por correr porque o animal precisa gastar energias de qualquer jeito. É mais ou menos o mesmo que acontece hoje em dia nas redações, contaminadas pela síndrome do hamster. A correria para ser o primeiro e não ser furado pela concorrência transformou-se num objetivo em si mesmo, perdendo qualquer relação com o fato noticioso.

A consequência deste processo, que no Brasil chegou a absurdos como limitar em 45 segundos o tempo de edição de uma notícia em alguns portais online, é que a preocupação em ser o primeiro acabou sacrificando inevitavelmente a qualidade da informação, porque não há tempo para a contextualização adequada.

A velocidade foi transformada no grande objetivo das redações, que passaram a travar uma competição pela pole position noticiosa deixando leitor na arquibancada como um espectador passivo de um processo onde ele seria o protagonista principal, pelo menos nos manuais e na literatura jornalística.

Starkman, um repórter investigativo na área financeira, fez as contas e chegou à conclusão de que o The Wall Street Journal, de Nova York, publicou 26 mil notícias e reportagens em todo o ano de 2000. Uma década depois, o mesmo jornal publicou 21 mil histórias só no primeiro semestre de 2010. Nesta estatística não estão incluídas as notícias e reportagens publicadas exclusivamente no site do Journal.

O número pode ser visto como um indício de que o jornal diversificou e ampliou a produção de conteúdos informativos. Poderia ser também um sintoma de que a redação estaria preocupada em atender um número crescente de nichos de interesse, para satisfazer a expectativa gerada pela multiplicação de blogs segmentados na web.

No mesmo periodo em que foi feita a pesquisa publicada na revista Columbia Journalism Review, o número de jornalistas empregados na redação do The Wall Street Journal caiu de 323 profissionais em 2000 para 281, em 2008 — numa redução da ordem de 13%. Não é necessário fazer muita força para perceber que com menos jornalistas produzindo mais notícias, o resultado tende a ser a perda de qualidade e o aumento na frequência de erros.

Também fica fácil entender por que um repórter do Journal admitiu, anonimamente, que hoje o seu jornal publica três vezes mais notícias sem importância do que antes, tudo pela necessidade de chegar antes da concorrência.

Esta não é uma situação única no principal jornal econômico do império industrial de Rupert Murdoch. É uma tendência mundial, sem que os jornalistas tenham tido condições de parar para pensar no absurdo de uma correria maluca que interessa apenas às empresas. O leitor não está preocupado com a velocidade, exclusividade ou ineditismo da notícia. Ele a quer completa e confiável, mas a roda do hamster não roda neste sentido.

quinta-feira, novembro 11, 2010

Jô Soares constrange escritores e organizadores de prêmio literário

Do Blog de Maurício Stycer

A cerimônia de entrega da oitava edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, na noite de segunda-feira, é a fofoca do momento no mundo das letras. O assunto principal nem é a vitória de Chico Buarque, com o romance “Leite Derramado”, mas a performance do humorista Jô Soares como mestre de cerimônias da noitada, na Casa Fasano, em São Paulo.

Dez escritores concorriam ao cobiçado prêmio de R$ 100 mil, que também dá R$ 35 mil para o segundo lugar e R$ 15 mil para o terceiro.

A cerimônia foi imaginada nos moldes do programa que o humorista apresenta na televisão, incluindo o seu sexteto musical. Jô ignorou diversas passagens do roteiro preparado para a sua leitura e, improvisando, causou diferentes constrangimentos.

O roteiro previa que Jô apresentasse cada um dos dez autores finalistas do prêmio, fazendo um breve resumo biográfico e da obra que disputava a láurea. Não disse uma linha sequer. Vários dos autores indicados estavam presentes e sequer foram mencionados, O segundo colocado, Rodrigo Lacerda, autor do romance “Outra Vida”, foi praticamente enxotado do palco para a entrada de Chico.

Além de ignorar o roteiro, Jô demonstrou falta de conhecimento literário, como se viu na pouca familiaridade do apresentador com o nome de Armando Freitas Filho, um dos principais poetas brasileiros, terceiro colocado, com “Lar”.

O constrangimento estendeu-se a Pilar del Rio, viúva de José Saramago, o escritor homenageado da noite. Jô recebeu Pilar no palco e, como de hábito, falou mais que a entrevistada, além de transmitir a impressão que era íntimo do autor. Sobre o seu último livro, “As Palavras de Saramago”, distribuído aos convidados, o apresentador disse pouco.

Ao entrevistar Chico Buarque, o grande vencedor, Jô aproveitou para tecer um paralelo entre o trabalho literário do compositor e o seu próprio, além de conversar sobre futebol.

Ao final da cerimônia, Selma Caetano, curadora do prêmio, pediu desculpas aos escritores finalistas. Disse a eles lamentar que o que deveria ser uma festa da literatura tenha se transformado num evento social.

O apresentador “só não destratou o copeiro, porque não havia copeiro”, escreveu o jornalista Roberto Kaz, na “Folha”. “Foi uma coisa realmente grotesca”, resumiu um dos presentes a este blogueiro.

A Portugal Telecom não quer comentar o episódio. Apenas considera que o prêmio está acima deste constrangimento.

terça-feira, novembro 09, 2010

Oportunidade de palestra em Tatuí

A PETCursos Tatuí fará duas palestras gratuitas nesta quarta-feira, dia 10:

TEMA 1: Empregabilidade você tem? (Como fazer para não tropeçar na morosidade do dia a dia organizacional e deixar de ser essencial para a empresa, conceitos e estatísticas para uma tomada de decisão correta). A palestra será feita pelo Prof. Edimilson dos Santos Mourão, profissional com 20 anos de experiência em empresas de grande, médio e pequeno porte nas áreas de Sistema da Qualidade/Produção e Recursos Humanos com Desenvolvimento Organizacional e Humano. Graduado em Comércio Exterior e Pós Graduado em Sistemas Integrados de Gestão pela Universidade de Sorocaba. Atualmente desenvolve suas atividades em empresa de grande porte do ramo automobilístico responsável pela área de Planejamento de Recursos Humanos e também como Docente do SENAC entre outras instituições.

TEMA 2: A importância das Técnicas de Vendas/Negociação. - Palestra a ser realizada pelo professor Evandro Veronez, Graduado em Informática pela Fatec, especializado em Marketing pelo IPEP-SP e em gerência de projetos pela FGV-SP, com MBA em Marketing pela EDE-Fisp/FMU e é Mestre em Administração de Empresas pela PUC-SP. Professor-Tutor pela FGV-RJ, Monitora cursos de Pós-Graduação/MBA em Finanças na FIA-SP e é Consultor de Empresas.Trabalhou em empresas como Banco do Brasil, Heublein/UDV, CAAD, Cristália, ABBOTT, Torrent, Wyeth/Pfizer, ocupando posição de gestor na área de vendas. Co-autor do Livro “Diferenciação e Inovação em Marketing”, Ed. Saraiva (2007).

Horário: 19h
Data 10/11/2010
Local: Sindicato Rural de Tatuí, Rua XI de Agosto,1375.
Mais Informações: PetCursos, Rua Santo Antonio, 419 Centro Fone: (15) 3251-0030
Inscrições pelo email: tatui@petcursos.com.br ou no local do evento a partir das 18:30. Vagas Limitadas.

sábado, outubro 30, 2010

Futuro do jornalismo: luz no fim do túnel ?

Postado por Carlos Castilho no Observatório da Imprensa

Ainda não é uma luz no fim do túnel, mas alguns estudiosos do jornalismo já começam a vislumbrar um novo horizonte para a atividade. E o que começa a surgir vai espantar muita gente porque tem pouca coisa a ver com o que entendemos hoje por jornalismo.

A tendência que certamente vai gerar mais polêmica é a que coloca o jornalismo não mais como uma habilidade, segundo alguns, ou uma ciência, para outros, mas como uma função social intimamente ligada ao papel que a internet terá na sociedade dos próximos anos.

O meio ambiente dos jornalistas deixará de ser as redações para situar-se nas comunidades, atuando dentro de redes sociais digitais. Suas ferramentas principais não serão mais o computador, mas os softwares de produção colaborativa e coletiva de narrativas textuais, visuais, sonoras e interativas.

Tudo isto parece exercício de ficção científica ou viagem de futurólogos amadores, mas é o que o norte-americano Vadim Lavrusik, professor da Universidade Columbia, em Nova York, está desenvolvendo a partir de sua disciplina cujo título, nada ortodoxo, é "Jornalistas como Gestores de Comunidades Sociais".

Lavrusik forma junto com o indiano Sree Sreenivasan e o anglo-saxão Adam Glenn o núcleo de professores que está deixando de cabelos em pé os seus colegas da Columbia, cuja escola de jornalismo é considerada uma das mais tradicionais do mundo acadêmico norte-americano.

Os três estão desenvolvendo ideias que já têm seguidores também na Europa e na América Latina, mas foram os que, até agora, formularam mais claramente o que eles chamam de Jornalismo em Mídias Sociais. Trata-se de um conceito ainda bastante contestado, mas cuja base é a transformação do jornalismo numa atividade desenvolvida fora de um contexto industrial.

Os defensores da ideia afirmam que os profissionais encontrarão dentro das comunidades — ou seja, junto às pessoas —, a matéria prima para alimentar o processo de produção de informações e conhecimentos que ativará a formação de capital social. A informação não virá mais basicamente de fontes governamentais e corporativas ou dos especialistas.

As chamadas mídias sociais, os softwares que viabilizam a circulação de informações dentro das redes sociais digitais, já são uma grande fonte de notícias e a tendência é que sua importância cresça ainda mais, à medida que a internet incluir cada vez mais pessoas. Não é necessário ser nenhum guru ou especialista para perceber que as redes tendem a ser o grande manancial do conhecimentohumano.

A produção colaborativa de notícias, na qual o público recolhe dados e fatos que são processados em conjunto com jornalistas, já é vista como a grande alternativa para situações extremas como, por exemplo, a surgida pela divulgação de um pacotaço de documentos secretos sobre a guerra no Iraque pelo site Wikileaks.

Os blogueiros independentes estão começando a criar suas próprias redes de informantes surgidas a partir de comentários postados por leitores, afirma Alfred Hermida, outro professor da Columbia, especializado em mídias sociais. E muitos profissionais do jornalismo poderiam acabar exercendo funções muito próximas às de um "curador de notícias", ou seja, selecionar e aglutinar informações, como fazem os curadores de museus ou exposições, responsáveis pela escolha das obras que serão expostas.

Até agora os jornalistas e os jornais se apoiavam na ideia de que eles sabiam o que era bom para os leitores. As novas idéias invertem totalmente este processo, pois é o público que dirá o que deseja ser investigado e noticiado. Não é uma mudança simples, pois afeta um conjunto de valores e rotinas associadas à atividade informativa.

Alguns críticos afirmam que o novo jornalismo poderá acabar adotando uma prática parecida à dos assistentes sociais ou psicólogos sociais. Até pode ser, mas a ironia embutida nesta comparação apenas comprova o quanto o jornalismo está distante de sua função social depois de ter se transformado numa atividade quase industrial. Se isto for verdade, jornalista como gestor de comunidades sociais estará corrigindo uma velha distorção em vez de criar algo revolucionário.

quinta-feira, outubro 28, 2010

O duelo da mídia nas eleições brasileiras

Por Maira Magro (Publicado no Knight Center for Journalism

Num ambiente de disputa acirrada no segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, alguns meios de comunicação entraram na briga e tomaram partido, de forma às vezes óbvia e outras nem tanto, nas votações de 31 de outubro.

As manifestações mais recentes vieram do exterior: o jornal britânico Financial Times publicou um editorial nesta terça-feira, 26, defendendo a eleição de José Serra (PSDB). Uma semana antes, a revistaThe Economist havia afirmado que "Serra seria um melhor presidente que Dilma Rousseff (PT)".

No Brasil, a candidatura tucana foi defendida em editorial do Estado de S. Paulo, enquanto a revista Carta Capital declarou expressamente apoio a Dilma.

Outra batalha foi travada pelo conteúdo das próprias matérias jornalísticas, com maior engajamento das semanais. A Veja publicou capas abertamente contrárias a Dilma, uma apontando posições incongruentes em relação ao aborto. A IstoÉ saiu em defesa da candidata petista, e lançou na semana seguinte uma capa ironizando a revista concorrente – com um layout idêntico, mas com declarações contraditórias de Serra sobre denúncias envolvendo a campanha.

Na ausência de propostas abrangentes de ambas as candidaturas sobre os temas mais relevantes para o país, a cobertura jornalística na reta final das eleições se deteve em acusações cruzadas e discussões conservadoras de assuntos como religião e aborto. O esvaziamento das discussões de projetos políticos também ficou claro nas páginas inteiras de jornais dedicadas a episódios como uma bolinha de papel e um rolo de adesivo atingindo a cabeça de Serra e uma bexiga de água jogada em direção a Dilma.

quarta-feira, outubro 27, 2010

segunda-feira, outubro 25, 2010

O berço escuro do tempo

Por Sabine Righetti - na Folha de São Paulo

Novo modelo científico proposto pelo físico Nikodem Poplawski sugere que o Universo está dentro de um enorme buraco negro, que parou de se contrair e se expandiu violentamente

Das inúmeras expressões que a linguagem cotidiana toma emprestadas das ciências naturais, "buraco negro" talvez seja uma das mais felizes, pois reproduz com certa precisão seu significado físico: um objeto astronômico tão maciço e denso que a atração gravitacional por ele exercida engole tudo à sua volta, até mesmo a luz.

Uma teoria recentemente ressuscitada -com aprimoramentos- propõe que esses sorvedouros cósmicos podem parar de se contrair e, então, expandir-se violentamente, dando origem a outros universos -como o nosso. Se os modelos e equações do físico teórico polonês Nikodem Poplawski estiverem certos, a explicação poderia contribuir para desvendar um dos maiores mistérios da física: por que o tempo só corre numa direção linear, ou seja, para a frente?

Não é de hoje que buracos negros suscitam polêmica. A ideia de uma imensa mancha negra no Universo começou a ser discutida ainda no século 18, mas o termo foi aplicado pela primeira vez dois séculos depois. O criador da expressão é o astrofísico John Wheeler, que, no entanto, não assume sua autoria completamente. Wheeler dizia que o termo "buraco negro" teria surgido durante uma aula no final da década de 60 -algum estudante soltou essa expressão quando ele falava sobre estrelas em colapso.

O conceito tem sido debatido intensamente por teóricos célebres como Stephen Hawking, que descobriu, pouco depois de o termo ter sido criado, que os buracos negros podem emitir radiação (ou seja, não são totalmente negros). A relação entre buracos negros e a origem da vida (e do Universo) também começou a ser especulada pela ciência há algumas décadas.

O físico Raj Pathria, por exemplo, criou um modelo que tratava o Universo como um buraco negro. O conceito foi aprimorado por cientistas que vieram depois, como John Richard Gott, que, em 1998, publicou uma teoria que relacionava a origem dos buracos negros e dos Universos.

Recentemente, um novo cientista ("novo" também porque ele tem apenas 35 anos) sacudiu a comunidade internacional de cosmólogos. Em dois estudos publicados neste ano, o polonês Nikodem Poplawski afirma que um enorme buraco negro que parou de se contrair e começou a se expandir violentamente teria dado origem a este Universo -que, por sua vez, está dentro dele. E essa nova concepção de formação do espaço explicaria por que o tempo corre em apenas uma direção.

Filho de artistas, nascido em Torun -mesma cidade natal do astrofísico e matemático do século 15 Nicolau Copérnico (o autor da teoria heliocentrista, ou seja, a que afirmou pela primeira vez que a Terra girava em volta do Sol e não o contrário)- Nikodem Poplawski começou a se interessar pelas "ciências duras", como a química e a física, quando ainda era criança. Hoje faz pós-doutorado na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. "Quero entender a origem do Universo, a origem das partículas, a seta do tempo", explica.

Os trabalhos de Poplawski foram publicados na "Physics Letters B", uma das mais importantes revistas internacionais sobre física nuclear e de partículas, e no Arxiv da biblioteca eletrônica da Universidade Cornell (EUA). Arxiv é uma espécie de espaço virtual de debates científicos, que podem acontecer entre estudantes de graduação até os mais altos escalões do meio acadêmico.

Especialmente em áreas experimentais, como a física, a publicação no Arxiv funciona bem e é mais ágil do que as publicações em revistas científicas convencionais, cujo processo de aprovação de um artigo pode levar de um a dois anos, desde o seu recebimento.

No Arxiv, por exemplo, o artigo do polonês já rendia cerca de 200 extensos comentários, textos e indicações de leitura de cientistas que interagiam entre si e criavam novas perguntas -todas com cunho científico (quando um debate vira uma conversa "informal" e pouco científica, a repressão dos usuários do Arxiv é grande).

A ideia proposta por Poplawski nessas duas publicações confronta, de certa maneira, a teoria do Big Bang, que define que o Universo teria surgido a partir da expansão de uma grande concentração de massa e energia há 13,7 bilhões de anos. É a teoria que tenta explicar a origem do Universo mais aceita na atualidade.

Para os críticos da ideia do Big Bang como origem de tudo, a simples identificação de um momento como o "começo" do Universo é uma proposta irracional. No Brasil, um desses críticos é o físico Mário Novello, pesquisador e professor titular no Instituto Brasileiro de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), do Rio de Janeiro, e autor de "Do Big Bang ao Universo Eterno" (Zahar).

Para Novello, caso existisse um "começo singular", o Universo não admitiria uma explicação racional para toda a sua história. Afinal, trata-se de um contexto em que, por exemplo, há uma temperatura infinita e uma densidade infinita. Se não é possível quantificar o infinito, a teoria não daria conta da explicação do fenômeno.

"Consequentemente, a ciência moderna, que teve início lá atrás, com Tycho Brahe, Galileu Galilei e outros astrônomos, teria chegado ao seu limite", diz Novello.

A cosmologia está longe de chegar ao seu limite e, aliás, é uma ciência recentemente institucionalizada. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Cosmologia foi criado em 2003, sob o nariz torto da Sociedade Brasileira de Física. Vários países que ainda não tinham seus institutos seguiram a trajetória tupiniquim, como Índia, Canadá, França e Rússia. E, com laboratórios próprios, cosmólogos do mundo inteiro tentam projetar modelos matemáticos para explicar, por exemplo, de onde veio este Universo.

Se o polonês estiver certo e se este Universo tiver surgido de um buraco negro, como teria se originado o buraco negro primordial? A física diz que um buraco negro é gerado por uma estrela que se contraiu. Todas as estrelas (astros que emitem luz própria) precisam de combustível para "se manter" -no caso do Sol, hidrogênio, que se transforma em hélio por fusão nuclear. Quando o combustível de uma estrela acaba, ela começa a se contrair pela ação da própria gravidade.

Se a massa da estrela for muito grande (com campo gravitacional muito intenso), não há nenhum mecanismo conhecido que possa deter sua contração. Nesse caso, o colapso culmina num buraco negro.

A partir daqui, desenrola-se a teoria de Poplawski. Segundo ele, o buraco negro, no seu limite de contração (o que é chamado de "horizonte de eventos"), teria uma expansão rápida e daria origem a um Universo. Assim, esse Universo estaria dentro de um imenso buraco negro que se expandiu violentamente depois de sua contração parar.

"Antes disso, nosso Universo era uma estrela que vivia no interior de outro grande Universo", explica o físico. Em outras palavras, cada Universo viveria dentro de buracos negros que, por sua vez, poderiam possuir estrelas que, se altamente contraídas, dariam origem a novos buracos negros, com novos Universos dentro.

As explicações físicas para os buracos negros -que têm campos gravitacionais muito intensos- são complexas. A lei da gravitação de Isaac Newton, do século 17, por exemplo, não é suficiente para esclarecer esses corpos. Entram, então, em cena as famosas equações de Albert Einstein, propostas em 1915, sem as quais não é possível descrever o que acontece com um buraco negro. Poplawski apropriou-se amplamente dessas equações nos seus estudos.

Mas há uma limitação da teoria de Einstein, que pressupõe um campo gravitacional infinito. "Afinal, não pode haver quantidades infinitas na natureza", explica o físico e divulgador científico Roberto Belisário, doutor pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Como a descrição de Einstein, portanto, não é completa, é preciso também levar em conta a mecânica quântica, que desde o início do século 20 fornece descrições mais precisas sobre sistemas microscópicos na tentativa de explicar fenômenos macroscópicos.

A teoria de Poplawski de que o Universo estaria dentro de um buraco negro vai além de uma inspiração sobre a origem do Universo. Ela quer também explicar uma das maiores inquietações da humanidade que serve, incansavelmente, de pano de fundo para a ficção científica: por que o tempo só anda para a frente?

A ideia da seta temporal em apenas uma direção, de maneira que não podemos voltar no tempo, mas apenas viajar pelo espaço, tem a ver, de acordo com o polonês, com uma espécie de herança que o Universo "filho" herdaria do buraco negro "mãe". Universos filhos receberiam as propriedades, como o sentido do tempo, de suas mães, e se manteriam em assimetria com elas, assim como pedacinhos de papel jogados por uma janela seguem a direção do vento. E como o buraco negro se expande sempre numa única direção (por bilhões de anos), no Universo filho também só será possível viajar rumo a um único lugar: o futuro.

Se fosse possível detectar essas propriedades transmitidas de "mãe para filho", haveria uma prova experimental da ideia do cientista polonês. Mas, ao que parece, a proposta do autor não foi construir uma teoria "testável", mas mostrar que é possível dar conta da assimetria do tempo e da expansão do Universo com uma teoria. Para testá-la, os trabalhos de Poplawski precisariam ser aperfeiçoados de modo a incluir fenômenos novos e observáveis.

Mas essa tarefa fica para a frente -para o futuro.

sábado, outubro 23, 2010

Seminário sobre Educação a Distância do campus Sorocaba recebe inscrições

Publicado no site da Ufscar 

Até o dia 7 de novembro, estão abertas as inscrições no I Seminário sobre Educação a Distância – Primeira Aproximação, coordenado pela docente do campus Sorocaba da UFSCar Teresa Melo. O evento é gratuito e direcionado a educadores que interessados na temática sobre a Educação a Distância e as Tecnologias Sociais. O formato do Seminário é semipresencial com momentos de encontro presencial para debates e palestras e a interação com o usuário por meio do blog.

Para Teresa Melo, "a Internet possibilita interatividade, aproximação do espaço, hipertextualidade, múltiplas linguagens, flexibilização dos tempos, comunicação em tempo real, amplitude de fontes de pesquisa, comunicação em rede e publicação de produção". De acordo com a docente, as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NICs) têm sido impulsionadoras da expansão da Educação a Distância.

O Seminário acontece em quatro etapas: inscrição; debate com o internauta através do blog; seminário presencial; e o encerramento com a publicação e relatório do evento no blog. Entre os dias 8 e 28 de novembro será apresentado material básico sobre Educação a Distância e Tecnologias Sociais com espaço aberto no blog para comentários e opiniões sobre o tema. Nos dias 30 de novembro e 2 de dezembro serão realizadas as palestras presenciais "Educação a Distância - conhecer para decidir" e "Tecnologia Social", que terão como base os comentários dos internautas do blog. As palestras acontecem no Núcleo de Extensão em Educação Tecnologia e Cultura (ETC) da UFSCar, localizado na rua Maria Cinto de Biaggi, 130, no bairro Santa Rosália.

As inscrições devem ser feitas no blog do evento. Outras informações sobre o Seminário podem ser obtidas também pelo telefone (15) 3229-5958 ou pelo e-mail teresamelo@ufscar.br.

quinta-feira, outubro 21, 2010

As eleições e a expansão da universidade

Por Herman Jacobus Cornelis Voorwald *

A poucos dias de o Brasil eleger o futuro presidente da República, os candidatos que concorrem no segundo turno abordaram o tema da educação superior, limitando-o, porém, à inclusão social e à formação de recursos humanos qualificados para o mercado de trabalho.

Em face dos desafios do atual cenário global e da importância estratégica que projeta para a pesquisa científica, as duas candidaturas deveriam explicitar as propostas para a expansão da universidade, pois o desafio de ampliar o acesso ao ensino superior não deve ofuscar a necessidade de gerar conhecimento.

Ainda que a autonomia prevista na Constituição vigorasse de fato para todas as universidades públicas, competem ao governo políticas diretamente relacionadas a essas instituições, não só por meio de fomento, mas também para a expansão delas, muitas vezes sob a pressão quase que exclusiva para o aumento de vagas na graduação.

Não faltam dados para comprovar a estreita correlação entre o desenvolvimento econômico de um país e sua geração de conhecimentos. Muito antes do desempenho das nações que mais investiram em pesquisa nas últimas décadas, vários pensadores já haviam apontado a ciência como uma importante força produtiva.

No Brasil, grande parte da produção de estudos nas ciências, nas artes e na tecnologia é desenvolvida nas universidades, principalmente nas públicas, nas quais deve vigorar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Essas considerações remetem às conclusões extraídas de pesquisa que fiz em 31 de maio deste ano com cerca de 1.100 reitores de diversos países presentes à minha conferência "Desafios da universidade ibero-americana diante de um mundo em mudança", em Guadalajara, no México, no 2º Encontro Internacional de Reitores Universia.

Entre os 30 objetivos submetidos à escolha dos reitores, o de maior priorização (57,7%) foi o de "adequar os métodos de ensino e aprendizagem ao objetivo de aquisição de competências dos estudantes".

Esse ponto está diretamente associado à necessidade de bibliotecas bem servidas de livros e periódicos, laboratórios bem equipados e constante adequação dos currículos.

O objetivo com segundo maior índice de priorização (46,9%) foi o de "determinar que tipo de universidades se pretende desenvolver nos próximos anos (objetivos, captação de estudantes, relações com a sociedade, áreas de investigação, estrutura de governo)".

Como já dissemos em outro artigo neste espaço ("O desafio da universidade pública brasileira", 16/ 1/2009), investir em ciência e tecnologia não é luxo de países ricos, pois investimentos expressivos nessa área têm sido a opção estratégica dos que estão colhendo vitórias incontestáveis na competitividade e no comércio exterior.

Mas a geração de conhecimento é essencial também para que o desenvolvimento não se restrinja ao mero crescimento da economia.

Ela deve atuar também em vista da melhor qualidade de vida, da conservação ambiental e da erradicação da miséria.

Desse modo, por mais legítima e prioritária que seja a demanda social pelo maior acesso ao ensino superior, é necessário termos clareza da distinção entre esse tema e o da ampliação da universidade pública. Sem isso, correremos o risco de promover no Brasil uma expansão universitária completamente alheia aos presentes desafios para a produção do conhecimento.


COMENTÁRIO - Há um ou dois anos, o professor Herman ganhou o meu respeito. Na ocasião, participei da abertura de um curso no Memorial da América Latina, com a presença dos reitores da Unesp, Unicamp e USP (representado pelo pró-reitor de graduação). Na ocasião, quando abriram aos questionamentos, perguntei sobre a rápida utilização da Educação a Distância pelas faculdades particulares e a desimportância que as públicas davam para o tema. Meu argumento era de que a EaD seria uma forma de levar o ensino de qualidade para os mais longínquos lugares do país.

Somente o professor Herman teve a coragem de dizer que as universidades públicas não estão debatendo o assunto e que precisariam fazê-lo o quanto antes, sob pena da sociedade não receber das Universidades o retorno que merece por financiar a ciência brasileira por meio de impostos. Um dos reitores chegou ao cúmulo de dizer que a questão não tinha a ver com o assunto do debate. Detalhe: o debate tinha o propósito de discutir a ampliação dos programas de intercâmbio internacional interuniversidades como forma de ampliar a qualidade da ciência praticada.


* Herman Jacobus Cornelis Voorwald é reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e professor titular da Faculdade de Engenharia do campus de Guaratinguetá. Artigo publicado na "Folha de SP"

O Partido Sorocabano dos Trilhos

Em 2006, logo depois de Sorocaba ter sido deixada de lado pelo Governo do Estado na escolha dos Polos Tecnológicos (apesar de, à época, o município ter vários deputados na comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa) escrevi um artigo no Cruzeiro do Sul falando sobre essa falta de consciência sobre a política de Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T,I) e as consequências disso.
Minha sugestão era juntar a bagagem histórica sorocabana com estruturas já prontas na cidade e, com isso, desenvolver um trabalho político, empresarial e educacional que tivesse um foco comum. O objetivo é que Sorocaba não perdesse novamente o bonde da história. Felizmente, de lá pra cá, as coisas mudaram nesse cenário. Sorocaba foi aceita como Polo Tecnológico em 2009 e começa a respirar os ares da "Big Science". Após este artigo, recebi vários emails elogiosos, principalmente daqueles saudosistas da antiga Estrada de Ferro Sorocabana.
Uma situação que ficou marcada em minha memória dessa época, foi quando - na posse de um novo secretário de Desenvolvimento Econômico - ter questionado sobre as razões de Sorocaba não ter sido escolhida como uma das cidades Polo e ele, não querendo falar mal de ninguém, argumentou que a cidade de certa forma se beneficiava com a escolha de Campinas, uma vez que fazíamos parte da grande área administrativa campineira.

Partido Sorocabano Dos Trilhos

quarta-feira, outubro 20, 2010

SP promoverá encontro internacional de tecnologia e inovação para pessoas com deficiência

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência promoverá entre os dias 21 e 24 de outubro o II Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência. Com o apoio da Fundação Faculdade de Medicina da USP e da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, o evento será realizado na capital e contará com exposição de inovação em tecnologias assistivas e seminário internacional de tecnologia e inovação.

Em sua segunda edição, o encontro visa incentivar a inovação tecnológica no desenvolvimento de pesquisas, fabricação e comercialização de produtos e serviços voltados ao aumento da autonomia que possam proporcionar maior qualidade de vida às pessoas com deficiência.

A abertura do evento será realizada pela secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella. “Nosso objetivo é fornecer subsídios à elaboração de políticas públicas que possam garantir a igualdade de oportunidade, o combate à discriminação e o empoderamento das pessoas com deficiência”, afirmou a secretária.

As informações para inscrição estão disponíveis no site http://www.sedpcd.sp.gov.br/2-encontro/inscricao.php

Serviço:
II Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência
WTC Business Tower
Av. das Nações Unidas, 12.551 – Brooklin Novo
São Paulo - SP

terça-feira, outubro 19, 2010

Nove anos depois...

Com a chegada do Parque Tecnológico em Sorocaba, a cidade passa a ter um outro nível de discussão sobre política de Ciência e Tecnologia. Com outro modelo de desenvolvimento, o Poder Público, as Universidades e as empresas começam a discutir uma nova agenda.
Dia desses, achei esse artigo que escrevi em 2001 no jornal Cruzeiro do Sul e sequer me lembrava de tê-lo feito. Fazendo, então, minha especialização na Unicamp, tinha aulas com os professores do Departamento de Política de Ciência e Tecnologia (DPCT) e tive o privilégio de ter acesso a todo esse conhecimento. Hoje, passados nove anos, fico feliz de ver políticos da cidade incorporando discursos do desenvolvimento via inovação. Nunca é tarde.
(PS - o artigo é velho, mas a charge nunca foi tão atual heheheheh)

Artigo Marcel

sábado, outubro 09, 2010

As duas grandes tendências no mundo dos negócios jornalísticos

Postado por Carlos Castilho no Observatório da Imprensa
 
O jornal impresso que as pessoas recebem de manhã na porta de casa já quase uma relíquia para a grande maioria das indústrias jornalísticas que se transformaram em impérios da comunicação graças às edições em papel.

Contrariando as previsões pessimistas sobre a sobrevivência de grupos como The New York Times, Guardian, O Globo, The Washington Post e The Dallas Morning News , eles hoje passaram a se definir mais como produtores de serviços informativos. O papel e as rotativas já não constam mais do discurso dos principais executivos da indústria dos jornais.

Trata-se de uma mudança importante porque ela trouxe, como consequência, umaextaordinaria diversificação dos canais de informação oferecidos ao público. Ao comemorar 125 anos de existência de seu jornal, há duas semanas, o diretor do diário americano The Dallas Morning News Jim Maroney foi curto e grosso: "Nós não somos mais uma empresa de jornais. A edição impressa é apenas um dos nossos produtos".

Outras indústrias jornalísticas — como o poderoso grupo News Corp., do multimilionário australiano Rupert Murdoch, e Grupo Folha, no Brasil — têm se mostrado mais lentas na transição da cultura do papel para a da segmentação de produtos informativos em plataformas multiplas.

Começam a se esboçar duas tendências: a dos que apostam tudo na multiplicidade de produtos e a dos que colocam suas fichas no nicho da informação impressa de alta qualidade. No primeiro caso estão empresas como o New York Times e o Dallas News , cuja "cara" está hoje muito mais associada aos seus respectivos portais na web do que às primeiras páginas das edições impressas.

Por seu lado, os jornais de Murdoch e a própria Folha de S.Paulo parecem convencidos de que o papel terá vida longa como marca das respectivas empresas, e investem na construção da imagem de provedores de informação qualificada. O grupo News Corp. é hoje o principal defensor do acesso pago à internet, uma estratégia que parece mais preocupada com a valorização dos seus produtos offline do que na rentabilidade dos serviços online.

A reinvenção das empresas jornalisticas mais atentas às transformações provocadas pela emergência da web como canal de comunicação está sendo feita por meio de uma gigantesca operação de mudança de valores entre os encarregados da produção de conteúdos informativos.

O New York Times, por exemplo, criou um sistema de consultas aos seus usuários que os transformou quase em consultores editoriais. Duas vezes ao mês, o jornal envia questionários aos seus usuários na web com perguntas que vão desde consultas sobre a melhor forma de redigir uma notícia, o posicionamentos de editoriais, como cobrir ou não um determinado tema.

O Times está criando também a sua rede social para captura de informações, chamada extra-oficialmente de News.Me (Minhas Notícias). O projeto, que deve ser lançado até o fim do ano, é na verdade uma espécie de Orkut formado por jornalistas amadores, em que os participantes são fornecedores informais de notícias.

A personalização no fornecimento de notícias pela web é uma tendência que vem se consolidando no mercado de informações desde 2008, quando o sistema de buscas Google deu aos leitores do serviço Google News a possibilidade de armarem o seu próprio cardápio informativo.

A oferta de produtos informativos diversificados obriga também as empresas jornalísticas a valorizar muito mais os seus usuários porque eles serão a fonte primordial de notícias, agora não mais produzidas apenas com o material de repórteres, correspondentes ou fornecido por fontes governamentais, corporativas e ONGs.

Jim Maroney, do Dallas Morning News, um veterano jornalista cuja trajetória foi toda ela com base na informação impressa, admitiu numa carta dirigida à Redação: "Nós tinhamos um produto só e queriamos que ele servisse a todos os nossos leitores. Nós eramos como Henry Ford, criador da máxima `você pode escolher o carro que quiser, contanto que seja preto´. Agora nós queremos entregar o jornal que você quiser, no formato que você desejar e na hora em que você precisar".

O projeto News.Me, do NYT, vai ainda mais longe porque incorpora o leitor como produtor de informações. Uma atitude como esta era considerada herética até bem pouco tempo atrás por todos os executivos de indústrias jornalísticas.

Mas toda essa reengenharia corporativa no mundo da imprensa ainda esbarra numa grande dúvida. Como os novos projetos se tornarão sustentáveis no médio e longo prazos, num ambiente informativo onde a grande incógnita é o comportamento do público?

sexta-feira, outubro 08, 2010

A United, a guitarra e o real prejuízo

No ano passado, publiquei essa história (contada no Blog do Nassif) e republico hoje, porque a história e a música são muito boas. (As cenas dos caras arremessando as malas e a guitarra são impagáveis. hehehe)

O cara (músico profissional) viajava de avião num trecho nos EUA. A United Airlines embarcou e devolveu a sua guitarra "Taylor" quebrada. Ele tentou de todo jeito ser indenizado. Ficava em + ou - US$ 2.000,00.
Depois de várias tentativas e muita canseira, ficou injuriado, fez um clip baratinho e postou no YouTube.
Mais de 4,5 milhões de acessos e 30 mil avaliações 5 estrelas. Virou hit!
A United Airlines já apresentou várias propostas para tirar o clip do ar.
Mas agora, segundo ele, o tempo dos “espertos” da United passou. O clip continua no ar.

Em tempo: Hoje, o clipe tem mais de 9 milhões de acessos.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Ao Maia, minha saudação Namastê

Hoje, esse blog fica em luto por um cara que veio trazer felicidade ao mundo. O dançarino Maia Júnior, frequentador antigo do Arara Aurora e que recebia a todos com o seu peculiar "Namastê", morreu no início desta noite de quarta-feira. Com lenço na cabeça e sorriso no rosto, ele era um cara de papo fácil, alegre, divertido. Daqueles que só pessoas de bem com a vida conseguem estampar diariamente. Maia era um dos poucos seguidores deste blog. Perdemos alguém de bem entre nós. Perdemos muito. Mas Maia ficará eternamente em minha lembrança assim: sorrindo e dançando.

Em seu blog, Maia tinha estampada a frase de Nietzsche: "E que seja considerado perdido o dia, em que não se dançou ao menos uma vez". Pois é, Maia, neste dia de hoje, nós é que "dançamos" e ficamos perdidos, justamente porque não te veremos mais dançar, sorrir, bailar. Namastê, Maia.

terça-feira, outubro 05, 2010

DeLorean vai ser leiloada

Por Portal Terra
A casa de leilões Profiles in History anunciou nesta segunda-feira um leilão benéfico previsto para 6 de novembro que terá como protagonista um exemplar do carro usado como máquina do tempo na clássica saga cinematográfica De Volta Para O Futuro.

Reprodução "mais exata" do DeLorean DMC-12 usado nos três filmes da trilogia, o veículo está avaliado entre US$ 80 mil e US$ 100 mil. Ele faz parte da coleção do roteirista e produtor do filme Bob Gale.

Junto ao DeLorean, Gale doou também a jaqueta futurista do ano 2015 que era usada pelo protagonista Marty McFly (Michael J. Fox) na segunda parte da saga, cotada em US$ 50 mil, bem como o almanaque de esportes 1950-2000, que pode rondar os US$ 5 mil.

A renda do leilão será destinada à organização caridosa Variety-The Children"s Charity of Southern California e à fundação Team Fox, dedicada ao estudo do mal de parkinson, criada pelo ator Michael J. Fox - que sofre da doença.

Junto aos objetos de De Volta Para O Futuro, serão leiloadas também cerca de 150 peças. Entre elas, destaca-se uma edição especial do primeiro número da história em quadrinhos do Super-Homem, cujo preço se estima em até US$ 200 mil, e o vestido de Megan Fox em "Transformers: A Vingança Dos Derrotados" (2009), cotado em US$ 2 mil.

O leilão será realizado em 6 de novembro, na sede do Universal Studios Hollywood, em Los Angeles

quarta-feira, setembro 29, 2010

Muitos doutores, pouca inovação

Por Thiago Romero, da Assessoria de Imprensa da SBPC

Brasil forma 12 mil doutores por ano e taxa de empregabilidade é de 75%, mas esses profissionais ainda não estão gerando inovação tecnológica enquanto negócio nas empresas.

O Brasil vem construindo um dos sistemas mais robustos de Educação Superior e de Ciência e Tecnologia (C&T) do mundo, mas ainda não está conseguindo apropriar-se amplamente desta conquista. Isso por conta de um grande descompasso entre a baixa capacidade de inovação das empresas e a alta competência científica das universidades brasileiras, mensurada pela crescente formação de alunos de pós-graduação, especialmente doutores.

O cenário foi apresentado na conferência "Mercado de Trabalho Para Recém-Doutores", proferida por José Oswaldo Siqueira, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), na manhã desta terça-feira (28/9), na Reunião Regional da SBPC em Lavras (MG).

O docente da Universidade Federal de Lavras (Ufla), que falou sobre o papel das universidades no desenvolvimento tecnológico nacional, explicou que a pesquisa acadêmica contribui com novas descobertas, teóricas ou empíricas, mas raramente gera invenções específicas.

Atualmente no Brasil, explicou, é alta a demanda por doutores no mercado de trabalho.

"Formamos, por ano, quase 12 mil doutores no Brasil e publicamos cerca de 40 mil artigos em revistas especializadas. A taxa de empregabilidade desses doutores é da ordem de 75%, sendo que os setores público e o da educação são os principais empregadores. Temos um mercado potencial para os doutores no país, mas eles ainda não estão fazendo pesquisa e desenvolvimento (P&D) que gere inovação tecnológica enquanto negócio nas empresas", apontou.

Siqueira divulgou um levantamento que mostra uma realidade inversa. De uma amostra de 3 mil empresas situadas no Vale do Silício, nos Estados Unidos, apenas 20 utilizaram tecnologias obtidas na academia, mais especificamente na Universidade de Stanford. "Em linhas gerais, apenas 10% dos novos produtos ou processos introduzidos pelas empresas americanas têm contribuição imediata de pesquisas acadêmicas", disse.

Os países desenvolvidos formam entre 30 e 45 mil doutores por ano e a grande parte é empregada no setor privado. Nos Estados Unidos, cerca de 90% das inovações nascem nas empresas a partir de investimentos próprios em P&D.

"A grande questão é que a maioria dos pós-graduandos brasileiros ainda dá preferência por carreiras nas universidades. A formação de tantos doutores e as altas taxas de empregabilidade no Brasil ainda não resultam em inovação porque esses profissionais ainda não estão nas empresas. Somente 8,4% dos grupos de pesquisa do CNPq relatam relacionamento com empresas", afirmou.

Além da falta de interesse dos recém-doutores, Siqueira apontou outras três causas da baixa quantidade de doutores nas empresas brasileiras: fraca visão estratégica para pesquisa e desenvolvimento (P&D) dos empresários, perfil de formação acadêmica dos doutores é muito restrito e custo elevado para contratação desses profissionais.

terça-feira, setembro 28, 2010

"Morte" de senador foi o tiro no pé

Por Rogério Christofoletti no site Observatório da Imprensa

A tuitosfera brasileira convulsionou na noite da sexta-feira (24/9). O gatilho foi a publicação da notícia sobre a morte do senador Romeu Tuma pelos principais portais da internet. Em minutos, soube-se que não passava de um erro e que o senador – internado por doença – tentava se recuperar. Em minutos também, o tema entrou para os Trending Topics no país, o que equivale a dizer que era dos mais comentados no Twitter.

É claro que o equívoco não é o primeiro da internet nacional. Infelizmente, não será o último. Tudo por uma simples razão: embora o jornalismo ganhe com novas possibilidades tecnológicas, ainda carece de mecanismos de controle de qualidade da informação. Quer dizer, contas no Twitter auxiliam na propagação rápida das notícias funcionando como alertas informativos, mas ficam restritas a isso; não impedem que erros sejam cometidos. Podem até tentar atenuar as consequências de algum deslize, mas é como tentar segurar um punhado de areia com os dedos...

Foi o caso da Folha.com, de onde teria partido a informação falsa da morte de Tuma. O anúncio foi publicado no portal às 19h29, e em seguida, retirado. A editora do caderno "Poder", Vera Magalhães, apressou-se em pedir desculpas pelo Twitter:

CORREÇÃO A Folha.com errou: o senador Romeu Tuma não morreu e permanece internado http://is.gd/frnjg

Entretanto, a tentativa de correção veio quase duas horas depois do alarde, o que é uma eternidade na internet.

Velocidade e fidedignidade

O que está em jogo aqui? Diversas coisas, inclusive algumas muito caras ao jornalismo, como a sua credibilidade. A internet em geral e as redes sociais em particular trouxeram grandes possibilidades para o setor jornalístico, e não se pode retroagir. No entanto, a mesma pressa para difundir informações tem que acompanhar a preocupação com retificações e retratações. Está aí embutido um compromisso ético entre o jornalista, seu veículo e o público.

O leitor delega ao profissional e ao meio as funções de apurar informações e abastecê-lo com notícias. O erro faz parte da atividade humana, e ninguém está livre dele. A pressa apenas amplia a sua ocorrência. Os portais noticiosos devem se manter ágeis na difusão das notícias, mas isso implica assumir riscos maiores. Não basta assumir os riscos, é preciso ter mecanismos de controle de qualidade que primeiro, reduzam a margem do erro e, segundo, diminuam os danos de eventuais erros.

É esperar muito? Não. Não é. É apenas esperar que um veículo informe com correção e precisão, nada além do que já se esperava do jornalismo antes da internet. Se os veículos da web não podem oferecer isso, não merecem a atenção do público, não contam com a credibilidade mínima para se manterem no negócio.

É preciso sacrificar a velocidade para se ter informações mais corretas e precisas? Talvez, talvez.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Visita à Igreja de João de Camargo acontece neste sábado


A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Cultura e Lazer, promove neste sábado (25), das 15h às 17h, mais uma edição do projeto Passeios Culturais. A visita neste dia será na Igreja de João de Camargo, na Av. Barão de Tatuí, 1.083, no Vergueiro.

“O projeto é desenvolvido pela Biblioteca Infantil em conjunto com o Museu Histórico Sorocabano. O objetivo é sensibilizar o olhar dos participantes para aspectos ligados à cultura e à história de nosso povo, presentes nos locais visitados”, explica o secretário Anderson Santos.

Segundo José Rubens Incao, um dos coordenadores do passeio, mais do que contar a história, a intenção é despertar a consciência de que o passado, o presente e o futuro coexistem num mesmo espaço. “Estamos vivendo sobre diversas camadas do passado, trabalhando a matéria da qual somos portadores por herança cultural e, com ela, temos a possibilidade de projetar o futuro”, explica.

Um bom exemplo é a figura de João de Camargo. Escravo negro, filho de uma escrava negra, benzedeira, nascido em 1858, em Sarapuí (SP), veio para Sorocaba após a abolição em busca de sustento. Trabalhou para diversas famílias em serviços gerais quando, ao retornar do trabalho numa noite de tempestade em 1906 teve, segundo a tradição, a visão do menino Alfredinho, de Monsenhor João Soares do Amaral, que o orientou a erguer uma igreja e auxiliar as pessoas.

Os interessados em participar deste Passeio Cultural devem ligar para 3231.5723, na Biblioteca Infantil, para fazer a inscrição. O encontro do grupo será em frente à Capela de João de Camargo. Ao final, haverá apresentação da Corporação Musical Francisco Dimas de Mello, cujo patrono, Dimas de Mello, foi um dos maestros da Corporação Musical São Luís, da Igreja de João de Camargo.

João de Camargo 


O modesto ex-escravo assim o fez. Com o auxílio de familiares e de pessoas simples, ergueu a capela que até hoje atrai gente de todo o Brasil e do exterior. Foi perseguido. Sua igreja, por diversas vezes, foi fechada. Ele foi preso e processado, mas resistiu e continuou humildemente o seu trabalho de auxiliar a todos, sem nada cobrar.

João de Camargo
A Igreja teve também uma Corporação Musical, que se apresentava nas festas e cultos. Teve ainda uma Escola Mista anexa, um 'hotel' para abrigar aqueles que vinham de longe e uma caixa postal que superava qualquer outra da região em número de recebimento de correspondência pedindo auxílio. Atualmente, a capela tem em seu interior uma profusão de imagens, fotos, pinturas, símbolos coexistindo harmoniosamente.

João de Camargo morreu em 28 de setembro de 1942 e até hoje a Igreja atrair expressivo número de pessoas, assim como é grande o número de visitantes em túmulo, que fica no Cemitério da Saudade. E com um detalhe: João de Camargo tem seguidores em todo o mundo sem nunca ter recorrido ao poder da mídia que, na época em que ainda era vivo, pouco ou nada foi divulgado sobre ele.

Esse povo, anônimo, humilde, continua frequentando a Capela de João de Camargo, a buscar alento, a fazer suas devoções, a agradecer pelo que recebeu. E esse número de pessoas só tem aumentado. Não é apenas um saudosismo daqueles que o conheceram em vida: é tradição! É fé!

“Podemos acreditar ou não em suas obras, podemos concordar ou não com sua Igreja, mas um sentimento é comum a todos em relação a João de Camargo: respeito pelo que ele foi, por sua dedicação, por sua vida. E esse sentimento já basta para a sua projeção e permanência no futuro”, conclui José Rubens.

terça-feira, setembro 21, 2010

O rato que morreu no show do Ratos

Cartum feito por Edra - "Rato Mattias"
Neste domingo, presenciei uma história, no mínimo, curiosa. Isso pra não dizer maluca. Fui assistir ao show da banda Ratos de Porão no bar Asteróide, aqui em Sorocaba. Não sou fã de carteirinha dos caras, mas sempre curti uma música e outra.

Enquanto estava na fila, à espera que o portão da casa se abrisse, um grupo punk - uns seis ou sete - conversava e bebia na minha frente. Um deles se vestia com um sobretudo marrom com capuz bastante puído. De repente, surge um rato do capuz do cara. Juro, não é mentira.

Não, não era um ramister, muito menos um rato branco desses comprados em pet shop. Era um rato marrom, desses que causam gritos e histeria na mulherada e habitam o submundo dos esgotos nas metrópoles. Pelo que deu para perceber, o bicho vivia ali no capuz. E, ainda conforme minhas observações, ele se dava muito bem, pois passeava com muita segurança.

Então começam as partes sórdidas dessa história. Com um pedaço de pão na mão, o punk passou a alimentar o rato, que se equilibrava em seu ombro. Detalhe: o cara dava o pão pro rato e dava umas mordidas logo depois. heheheheh até agora desacredito E,eu e uns amigos, ali, fazendo piada e falando do risco do cara pegar doenças.

Outro punk chegou a oferecer a lata de cerveja pro rato, que tinha o corpo do tamanho de uma caneta Bic e o rabo ainda maior. Comida vai, bebida vem, o rato ficou circulando entre o capuz do punk, os ombros dos demais punks ali e passou de mão em mão com as garotas. Uma delas teve um "que" histérico por conta do mickey ali.

Bom, os portões do Asteróide foram abertos e o rato foi levado para dentro, onde rolaria o show de seus parentes famosos. Fomos uns dos primeiros a entrar. Como ainda era cedo, o DJ tocou diversas músicas para segurar a galera, vários punk-rock e, vez ou outra, um som mais pesado. E o grupo de punks, concentrado no meio da pista, ficou dançando em círculo e dando porradas um nos outros. Coisa normal.

De repente, olho pro punk de sobretudo e o flagro limpando as lágrimas do rosto. Antes mesmo que minha pálpebra se fechasse, baixei os olhos e vi nas mãos dele o rato com as patas viradas para cima. Fechei os olhos, como desacreditando. Os abri novamente. Era isso mesmo. O Mickey estava morto. Não acreditei. Comecei a mostrar a cena para os meus amigos que, logo, transformaram na piada: o rato é que tinha morrido por não aguentar a sujeira do cara.

O punk - em meio aos abraços de consolo pela morte de seu amigo - foi até um tambor de lixo e jogou o rato. Outros vieram e pegaram-no, olhavam e o jogaram de novo. Não me contive e fui conversar com o cara sobre o ocorrido. Ele me contou que durante a "dança", o rato escorregou de suas mãos e caiu no meio da muvuca e o rato foi pisoteado pelos punks. Triste não?! Imagine o desespero do Mickey sendo pisoteado por aquele monte de coturno!

Disse ainda que o rato era novo. "Um filhote", segundo ele. E que tinha o bicho há quatro meses. Fiz cara de tristeza em respeito à morte do amiguinho dele. Mas, internamente, eu não acreditada naquilo tudo.

Então, um colega avisou a turma do Asteróide sobre a presença do bichano no lixo (a cara da moça do bar foi impagável). Quando eles tiraram o lixo, porém, não o encontraram. Detalhe: a menina punk que tinha feito toda cena de histeria lá fora, já tinha retirado o corpo do Mickey e estava com o bicho morto no bolso da jaqueta e dançava no meio do salão. Como eu sei? Porque só o rabo do rato ficava pra fora do bolso, enquanto eles dançavam ali...

Vai entender. Até agora, nem eu entendi. Só sei que essa história maluca não vai ser esquecida nunca mais. O punk perdeu o amigo, a menina punk perdeu o medo e, para mim, aquele foi o dia em que o rato morreu no show do Ratos.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Cientista quer revolucionar tratamento de diabetes com pâncreas artificial

Uma cientista britânica desenvolveu um pâncreas artificial que pode
revolucionar o tratamento do diabetes, já que permitiria acabar com as
injeções diárias que os diabéticos precisam para controlar os níveis
de glicose.

O pâncreas artificial, que ainda sendo está submetido a exames
pré-clínicos, foi criado pela professora Joan Taylor, da Universidade
de Montfort, em Leicester (Inglaterra).

A insulina produzida por pessoas com diabetes não consegue regular os
níveis de açúcar, o que provoca sérias complicações para o organismo.
Algumas pessoas que têm a doença sequer produzem o hormônio.

O órgão artificial, segundo informação do jornal britânico "The
Times", tem uma carcaça de metal que é mantida em seu lugar por uma
barreira de gel, e responde aos níveis de açúcar no sangue, já que
gera insulina quando é necessário.

O órgão poderia ser implantado entre a última costela e o quadril e
recheado de insulina a cada poucas semanas.

"Acredito que podia utilizar certa proteína (que não especifica) para
criar um gel que pudesse reagir à glicose. Quando é exposto aos
fluidos do corpo ao redor dos órgãos internos, o gel reage de acordo
com a quantidade de glicose presente", explicou a cientista.

"Os altos níveis fazem com que o gel se abrande e libere insulina na
corrente sangüínea", acrescentou.

Segundo o "The Times", se os testes forem bem-sucedidos, o pâncreas
artificial seria uma solução simples e barata para os diabéticos.

A cientista disse que o órgão não tem pilhas e não seria visível na
superfície da pele. Taylor e sua equipe de colaboradores acreditam que
vão passar com sucesso pelos testes clínicos nos próximos anos e, caso
tenha bons resultados, o órgão artificial estaria disponível dentro de
entre cinco e dez anos.

sábado, setembro 18, 2010

O jornalismo "preguiçoso"

Por Carlos Castilho no Observatório da Imprensa

Participei do programa do Observatório na TV, na terça-feira (14/9), e, enquanto debatíamos o tema Jornalismo sem Jornalistas, o telespectador Valtencir, do Pará, perguntou se os profissionais não estavam ficando mais preguiçosos em matéria de produção de informações.

A pergunta, aparentemente, estava apoiada na percepção de que a avalancha informativa provocada pela internet tornou muito mais fácil o acesso às notícias, o que estaria provocando uma burocratização da reportagem e o fato de ninguémgastar mais sola de sapato para investigar denúncias ou fatos novos.

A observação do telespectador paraense é importante porque ela nos leva a dois fenômenos que precisam ser mais discutidos. O primeiro é o de que os repórteres não saem mais às ruas, não "gastam mais solas de sapato". E o segundo é a mudança de ênfases na produção de informações jornalísticas.

É fato que há proporcionalmente muito menos jornalistas nas ruas do que antes da era da internet. As razões são o enxugamento das redações pelos cortes orçamentários realizados pelas indústrias da comunicação e a presença cada vez maior dos informantes autônomos ou cidadãos que praticam atos jornalísticos, sem no entanto serem profissionais da notícia.

sexta-feira, setembro 17, 2010

A ameaça do neo-obscurantismo à ciência

Por Assessoria de Imprensa da SBPC

Pesquisadores debatem na Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia as facetas do movimento que se vale da estrutura de poder para fazer frente à razão

Em junho de 2008, cerca de 100 pessoas ligadas à Via Campesina invadiram e destruíram a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar, de Carpina, a cerca de 60 quilômetros do Recife (PE). Vinculada à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Estação era usada para pesquisas de melhoramento genético da cana-de-açúcar. Sua destruição, feita como um ato de repúdio à monocultura da cana-de-açúcar no estado, interrompeu várias pesquisas em nível de mestrado e doutorado.

O caso foi citado como um dos exemplos das facetas do neo-obscurantismo. O assunto foi discutido em uma mesa-redonda durante a Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia, que termina nesta sexta-feira em Cruz das Almas (BA).

quinta-feira, setembro 16, 2010

HC abre vagas para tratamento da doença dos 'ossos de vidro'

USP Online

O Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) está com seu ambulatório aberto para tratar novos casos de osteogênese imperfeita, também conhecida como "ossos de vidro".

A osteogênese imperfeita é uma doença rara e hereditária. Mesmo sem ter cura, a doença, quando bem tratada, permite ao portador levar uma vida sem privações importantes.

O Ambulatório de Osteogênese Imperfeita do HC está recebendo pacientes entre 3 e 17 anos, de ambos os sexos. O portador de osteogênese imperfeita (ou seu representante legal) deve comparecer ao Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC, de segunda à sexta-feira, das 7 às 16 horas, para agendar a consulta, munido de documentos pessoais e encaminhamento médico com diagnóstico.

Com informações da Assessoria de Comunicação do HC

Mais informações: (11) 3069-6943

quarta-feira, setembro 15, 2010

Nada como estar por cima

Retirado do portal Terra
com informações da OurAmazingPlanet Staff

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira uma imagem do olho do furacão Igor, que atualmente avança pelo Atlântico como uma tempestade de categoria 4. O furacão Igor, fotografado e rastreado pela Estação Espacial Internacional (ISS), recebeu a alcunha de "furacão monstruoso" em um comunicado da Nasa.

Igor é tão grande que a distância entre as duas extremidades da tempestade é a mesma que de Boston a Richmond, o que equivale a 885 km ou 10 horas de viagem.

Astronautas a bordo da ISS ficaram tão impressionados com a imensidão do furacão que o apelidaram de "Igor, o Terrível".

Os ventos do furacão diminuíram levemente, alcançando a velocidade máxima de 233 km/h, mas ele continua sendo considerado uma tempestade de categoria 4. Embora seu trajeto previsto seja relativamente incerto, ele pode atingir diretamente as Bermudas nos próximos três ou quatro dias.

Mesmo que ele não atinja diretamente o arquipélago, o furacão Igor é tão grande que o National Hurricane Center, órgão americano especializado em tornados e furacões, observou que as Bermudas podem ser castigadas por ventos da força de um furacão ou de uma tempestade tropical. Os ventos com força de furacão se estendem a até 72 km do centro da tempestade, enquanto os ventos com força de tempestade tropical se estendem a até 362 km do centro da tempestade.

Igor é acompanhado pelo furacão Julia, também um furacão de categoria 4, no Atlântico, e pela tempestade tropical Karl no Golfo do México, que chegou à península de Yucatan no México na manhã desta quarta-feira. Não se espera que o furacão Julia seja uma ameaça para a terra, mas Karl deverá mover-se sobre a península de Yucatán e voltar ao Golfo do México antes de atingir a costa continental do México.

Linguagem corporativa 2.0


Por Rodrigo Capella no Observatório da Imprensa

A revista Mundo Corporativo, edição 29, trouxe um levantamento interessante sobre a social media. De acordo com o estudo "Mídias Sociais nas empresas – O relacionamento online com o mercado", 70% das empresas brasileiras consultadas já utilizam e monitoram as mídias sociais.

Trata-se de um dado muito positivo, levando-se em conta que a pesquisa não foi realizada apenas com empresas de "raízes tecnológicas" – aquelas provedoras de produtos e soluções de TI –, mas também com companhias do setor de serviços, varejo, bens de consumo e transporte.

Outro ponto a ser destacado – e muito perigoso – é que 35% das 302 empresas pesquisadas utilizam a social media porque essas ferramentas online estão em evidência. Neste contexto, uma pergunta surge naturalmente: o que farão depois? Abandonar totalmente o que foi criado, ignorando possíveis diálogos com os consumidores? Ou preencher, futuramente, os espaços virtuais com conteúdos irrelevantes só para não "fechar as contas"?

Definição de modelos e manuais

Em um projeto de social media, o planejamento é tão (ou mais importante) do que a própria ação em si. Conhecer, então, a fundo as ferramentas necessárias e potencializá-las são tarefas básicas para uma ação eficaz no ambiente 2.0. Afinal, somente desta forma é possível interagir com os consumidores, fornecendo informações adequadas e encantando-os.

Mais adiante, o estudo, desenvolvido pela Deloitte, perguntou qual área administra as ações de social media. Somente 6% das empresas disseram que é o Departamento de Comunicação, o que revela uma aparente despreocupação das empresas entrevistadas com a estrutura dos textos divulgados em ambientes digitais.

De maneira geral, os dados apresentados no estudo corroboram que as empresas ainda estão se estruturando para atuar no mundo 2.0. Neste momento, então, casesde sucesso têm muito valor e tendem, aos poucos, influenciar toda uma cadeia, definindo modelos, manuais e até mesmo uma nova linguagem corporativa.

sexta-feira, setembro 03, 2010

FFLCH tem seminário sobre pensamento político

Publicado no USP Online

A Questão Nacional do Pensamento Político-Social Brasileiro é o tema do seminário organizado pelo Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) de quarta (8) a sexta-feira (10) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da USP.

O evento contará com a participação dos professores Angela Alonso, Bernardo Ricupero, Fernando Pinheiro, Gabriel Cohn, Maria Arminda do Nascimento Arruda (pró-reitora de Cultura e Extensão da USP), Patricio Tierno, e Rossana Rocha Reis.
O local é o Anfiteatro de História e Geografia da FFLCH (Av. Prof. Lineu Prestes, 338, Cidade Universitária, São Paulo).
A programação pode ser consultada no folder do evento. A entrada é gratuita, sem necessidade de inscrições prévias.

Mais informações: (11) 3871-2966