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sexta-feira, outubro 08, 2010

A United, a guitarra e o real prejuízo

No ano passado, publiquei essa história (contada no Blog do Nassif) e republico hoje, porque a história e a música são muito boas. (As cenas dos caras arremessando as malas e a guitarra são impagáveis. hehehe)

O cara (músico profissional) viajava de avião num trecho nos EUA. A United Airlines embarcou e devolveu a sua guitarra "Taylor" quebrada. Ele tentou de todo jeito ser indenizado. Ficava em + ou - US$ 2.000,00.
Depois de várias tentativas e muita canseira, ficou injuriado, fez um clip baratinho e postou no YouTube.
Mais de 4,5 milhões de acessos e 30 mil avaliações 5 estrelas. Virou hit!
A United Airlines já apresentou várias propostas para tirar o clip do ar.
Mas agora, segundo ele, o tempo dos “espertos” da United passou. O clip continua no ar.

Em tempo: Hoje, o clipe tem mais de 9 milhões de acessos.

terça-feira, setembro 21, 2010

O rato que morreu no show do Ratos

Cartum feito por Edra - "Rato Mattias"
Neste domingo, presenciei uma história, no mínimo, curiosa. Isso pra não dizer maluca. Fui assistir ao show da banda Ratos de Porão no bar Asteróide, aqui em Sorocaba. Não sou fã de carteirinha dos caras, mas sempre curti uma música e outra.

Enquanto estava na fila, à espera que o portão da casa se abrisse, um grupo punk - uns seis ou sete - conversava e bebia na minha frente. Um deles se vestia com um sobretudo marrom com capuz bastante puído. De repente, surge um rato do capuz do cara. Juro, não é mentira.

Não, não era um ramister, muito menos um rato branco desses comprados em pet shop. Era um rato marrom, desses que causam gritos e histeria na mulherada e habitam o submundo dos esgotos nas metrópoles. Pelo que deu para perceber, o bicho vivia ali no capuz. E, ainda conforme minhas observações, ele se dava muito bem, pois passeava com muita segurança.

Então começam as partes sórdidas dessa história. Com um pedaço de pão na mão, o punk passou a alimentar o rato, que se equilibrava em seu ombro. Detalhe: o cara dava o pão pro rato e dava umas mordidas logo depois. heheheheh até agora desacredito E,eu e uns amigos, ali, fazendo piada e falando do risco do cara pegar doenças.

Outro punk chegou a oferecer a lata de cerveja pro rato, que tinha o corpo do tamanho de uma caneta Bic e o rabo ainda maior. Comida vai, bebida vem, o rato ficou circulando entre o capuz do punk, os ombros dos demais punks ali e passou de mão em mão com as garotas. Uma delas teve um "que" histérico por conta do mickey ali.

Bom, os portões do Asteróide foram abertos e o rato foi levado para dentro, onde rolaria o show de seus parentes famosos. Fomos uns dos primeiros a entrar. Como ainda era cedo, o DJ tocou diversas músicas para segurar a galera, vários punk-rock e, vez ou outra, um som mais pesado. E o grupo de punks, concentrado no meio da pista, ficou dançando em círculo e dando porradas um nos outros. Coisa normal.

De repente, olho pro punk de sobretudo e o flagro limpando as lágrimas do rosto. Antes mesmo que minha pálpebra se fechasse, baixei os olhos e vi nas mãos dele o rato com as patas viradas para cima. Fechei os olhos, como desacreditando. Os abri novamente. Era isso mesmo. O Mickey estava morto. Não acreditei. Comecei a mostrar a cena para os meus amigos que, logo, transformaram na piada: o rato é que tinha morrido por não aguentar a sujeira do cara.

O punk - em meio aos abraços de consolo pela morte de seu amigo - foi até um tambor de lixo e jogou o rato. Outros vieram e pegaram-no, olhavam e o jogaram de novo. Não me contive e fui conversar com o cara sobre o ocorrido. Ele me contou que durante a "dança", o rato escorregou de suas mãos e caiu no meio da muvuca e o rato foi pisoteado pelos punks. Triste não?! Imagine o desespero do Mickey sendo pisoteado por aquele monte de coturno!

Disse ainda que o rato era novo. "Um filhote", segundo ele. E que tinha o bicho há quatro meses. Fiz cara de tristeza em respeito à morte do amiguinho dele. Mas, internamente, eu não acreditada naquilo tudo.

Então, um colega avisou a turma do Asteróide sobre a presença do bichano no lixo (a cara da moça do bar foi impagável). Quando eles tiraram o lixo, porém, não o encontraram. Detalhe: a menina punk que tinha feito toda cena de histeria lá fora, já tinha retirado o corpo do Mickey e estava com o bicho morto no bolso da jaqueta e dançava no meio do salão. Como eu sei? Porque só o rabo do rato ficava pra fora do bolso, enquanto eles dançavam ali...

Vai entender. Até agora, nem eu entendi. Só sei que essa história maluca não vai ser esquecida nunca mais. O punk perdeu o amigo, a menina punk perdeu o medo e, para mim, aquele foi o dia em que o rato morreu no show do Ratos.

quinta-feira, agosto 05, 2010

'Arnesto' fala do saudoso Adoniran

Por José Antônio Rosa
(Matéria retirada do site do Jornal Cruzeiro do Sul)

O telefone toca na casa da rua Tagi, no bairro paulistano da Mooca, e quem atende passa a ligação, depois de saber do que se trata, para Ernesto Paulelli. Aos 95 anos, ele começa a conversar em tom festivo: "Você quer fazer uma entrevistinha? É um grande júbilo falar, atender à imprensa". Quase ninguém sabe que Paulelli é, na realidade, "Arnesto", nome pelo qual ficou conhecido depois que Adoniran Barbosa lhe dedicou uma de suas principais criações, o "Samba do Arnesto".

O Mais Cruzeiro soube da história a partir de uma sugestão de pauta postada no site do jornal por Claudinei Paulelli, sobrinho de Ernesto. Ele que mora em Campinas, procurava na internet informações para um trabalho que desenvolve e leu na versão on line do jornal, reportagem sobre o show "Seu Rosa e Seu Barbosa", que o produtor Carlos Madia realizou no Campolim no mês de abril, para homenagear o centenário de nascimento de Adoniran e de Noel Rosa.

Foi o que bastou para Claudinei avisar o jornal de que o tio poderia ser entrevistado. "Ele está muito bem e pode contar histórias interessantes", mencionou depois. O internauta tinha mais do que razão. Seu Ernesto é uma figura. Carismático e dono de uma memória prodigiosa, relatou detalhes do encontro que resultou numa das mais importantes composições da música popular brasileira da década de 50.

sexta-feira, julho 30, 2010

A face do destruidor



O nome do destruidor é
Destruidor
É o nome do destruidor.
O nome do construtor é
O nome
Do construtor.
A face do construtor.
O que ele constrói.
A obra do construtor.
O destruidor não pode mais destruir
Porque o construtor não constrói.
O construtor não constrói porque
Não pode mais construir.
A face do destruidor.

(Arnaldo Antunes / Paulo Miklos)

quarta-feira, junho 23, 2010

Meu ursinho... uuuuuurgh!

É incrível o que o simples sumiço de um ursinho pode causar....

Tudo começou assim:


A coisa ganhou um arranjo de um guitarrista de peso:


E, então, chegou às casas:



E, então, ganhou uma versão amorosa remix.


O pior é que esse tipo de coisa grava e toda vez que alguém falar a palavra ursinho, eu vou ter que completar com uuuuuuuuurgh! hehehe

quarta-feira, maio 19, 2010

O príncipe desconhecido


A história dessa música Nessun Dorma é muito interessante. Ainda mais bonita é esta execução por Luciano Pavarotti. A potência final que ele aplica à música é algo de arrepiar. Na internet, há várias apresentações de Pavarotti,  mas acho que nenhuma é tão emocionante como esta.


Il principe ignoto
Nessun dorma! Nessun dorma! Tu pure, o Principessa,
nella tua fredda stanza
guardi le stelle
che tremano d'amore e di speranza...
Ma il mio mistero è chiuso in me,
il nome mio nessun saprà!
No, no, sulla tua bocca lo dirò,
quando la luce splenderà!
Ed il mio bacio scioglierà il silenzio
che ti fa mia.
Voci di donne
Il nome suo nessun saprà...
E noi dovrem, ahimè, morir, morir!
Il principe ignoto
Dilegua, o notte! Tramontate, stelle!
Tramontate, stelle! All'alba vincerò!
Vincerò! Vincerò!

quinta-feira, maio 06, 2010

Do tempo que eu tinha cabelo

Essa é a versão original da música Orgasmatron, que fez sucesso com a banda brasileira Sepultura. É um clássico da banda Motorhead, com o vozeirão do baixista e vocalista Lemmy Killmister. Essa música, executada pelo Sepultura, colocou o trash metal em alta no Brasil. Foi um momento em que bandas de metal tocavam a todo momento na MTV. Quem me conheceu nesta época, deve se lembrar do meu inseparável boné do Motorhead, que continha essa caveira, símbolo da banda. Houve uma situação muito engraçada em que uma professora - até hoje não entendo por qual razão - me disse em tom de desabafo: "não tenho medo do seu boné". hehehhee e eu, ali, na carteira, na frente dela, sem entender nada. Ah, o detalhe é que tenho esse boné guardado até hoje.

domingo, maio 02, 2010

Para relembrar

Analfabetismo funcional musical


Muito se fala do analfabetismo funcional, aquele em que a pessoa sabe ler, mas não entende o que está lendo. Uma doença em uma sociedade que quer ser um grande país um dia, tendo a inovação como ponto de partida. Mas vejo a cada dia que esse analfabetismo funcional se dá na música também. As pessoas cantam e não param para pensar naquilo que estão reproduzindo. Dia desses estava no carro e começou a tocar Legião Urbana. A música era outra, mas me lembrei de ‘Que País é esse’.

Nela, Renato Russo diz que a sujeira está por todos os cantos, desde a população mais pobre até os mais ricos aqui no Brasil. Penso como Renato Russo. Temos os representantes políticos que merecemos. Mas, ouvindo a música, pensei: será que a canção faria sucesso se o grande público soubesse efetivamente que é ‘acusado’ de fazer parte da “sujeira” nacional?

Em programas de TV, a música “Que País é esse” só é usada como fundo sonoro para as falcatruas quando ocorre no alto poder dos governos. Nunca ouvi tocarem “Que País é esse” para a “sujeira” existente em classes menos privilegiadas. E Renato Russo deixa bem claro que os problemas da sujeira não estão só no alto escalão. “Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado”, diz a letra. E complementa: “Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da Nação”.

Outro caso emblemático ocorre com a música ‘O meu Guri’ de Chico Buarque. A letra conta a história de um menor delinquente, que traz os produtos do roubo para casa. Vira e mexe, com certo orgulho, as pessoas cantam essa música para seus filhos: “Ai o meu guri, olha aí!”. Vindo de Chico Buarque, aquele rapaz de olhos azuis e cara de bom moço, acho que muitos devem pensar que sua música seria incapaz de versar sobre algo ruim. Não pensam no que diz a letra: “Chega suado/ E veloz do batente/ Traz sempre um presente/ Prá me encabular/ Tanta corrente de ouro/ Seu moço!/ Que haja pescoço/ Prá enfiar/ Me trouxe uma bolsa/ Já com tudo dentro/ Chave, caderneta/ Terço e patuá/ Um lenço e uma penca/ De documentos/ Prá finalmente/ Eu me identificar/ Olha aí! Ai o meu guri, olha aí!”

Desavisados também colocam a música em eventos que envolvam crianças. Meses atrás aconteceu o mesmo no lançamento de uma casa de recuperação de menores infratores. Alguns repetiam a estrofe ‘Ai o meu guri’ até alguém interromper a execução.

Que País é esse? Somos um país de guris que lê e canta, mas não entende como se faz a dança.