sexta-feira, julho 30, 2010

A trajetória do pai da imprensa brasileira

Por Lilia Diniz em 28/7/2010
(retirado do Observatório da Imprensa)


O Observatório da Imprensa veiculado pela TV Brasil na terça-feira (27/7) homenageou Hipólito da Costa, autor do primeiro periódico escrito em língua portuguesa livre de censura, o Correio Braziliense, que circulou no Brasil e em Portugal entre 1808 e 1822. Escolhido Herói da Pátria por força de uma lei sancionada pelo vice-presidente (então no exercício da Presidência) José Alencar, em 5/7, Hipólito teve o nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. Para celebrar a escolha do patrono da imprensa brasileira para o seleto time de heróis, o programa exibiu o documentário Preto no Branco, dirigida pelo cineasta Silvio Tendler.

O documentário entrevistou estudiosos da vida e da obra de Hipólito da Costa: o jornalista Alberto Dines, a historiadora Isabel Lustosa, o professor e escritor Antônio F. Costella e o diplomata Paulo Roberto de Almeida. Dines sublinhou que Hipólito é o pai da imprensa brasileira e da imprensa livre portuguesa. O jornalista destacou que desde meados do século 19 já havia tipografias instaladas na América espanhola, mas a impressão era proibida no Brasil porque a coroa portuguesa e a Inquisição não permitiam. "A tipografia é, de certa forma, uma filha da religião. Mas ela também é órfã. Ela foi tornada órfã pela religião, porque não pôde se expandir como poderia", explicou.

Em 1747, um dos mais importantes impressores de Lisboa decidiu instalar sua oficina no Rio de Janeiro. Pouco depois de publicar a primeira obra, recebeu um comunicado para desmantelar a oficina e retornar a Portugal. "Um dos grandes mistérios da história da tipografia e da imprensa no Brasil é saber o que Antonio Isidoro da Fonseca, aquele que poderia ter sido o pai da tipografia, veio fazer no Rio de Janeiro em 1747, sessenta anos antes de chegar a Corte e começar realmente a vida intelectual e jornalística no Brasil", disse Dines. Embora aprovado pelo bispo local, o livro então publicado não tinha o aval da Inquisição.

Trezentos anos sem impressão

O Brasil permaneceu sem tipografia até 1808, quando a corte portuguesa transferiu-se para o país ao fugir das invasões napoleônicas. Dines explicou que D. João VI, sabendo que teria de governar Portugal e o Brasil a partir do Rio de Janeiro e precisaria de uma ferramenta para divulgar seus atos, trouxe uma oficina tipográfica junto com o aparato de Estado. Antônio Costella ponderou que a introdução da imprensa no Brasil foi uma questão de circunstância. "D. João tinha que ter aqui o que tinha em Portugal para poder governar e manter a corte em funcionamento. Não foi um gesto de generosidade. D. João trouxe a tipografia, mas trouxe junto a censura e disso nunca se fala", afirmou o escritor.

Em maio de 1808, D. João instalou a primeira oficina tipográfica do país, a Impressão Régia. Logo nos primeiros meses foram impressas diversas obras literárias e científicas. Em setembro daquele ano, saía à luz a Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822). De caráter oficial, a folha bi-semanal tinha função estratégica para a consolidação do projeto de poder ao fazer a ponte entre a Coroa e os súditos. Publicava atos da burocracia administrativa do reino, notícias da guerra na Europa e sobre o cotidiano da cidade. O jornal oficial tinha caráter estritamente noticioso e não dava espaço a análises e reflexões.

No mesmo ano, do outro lado do Atlântico, Hipólito da Costa lançou o Correio Braziliense. Nascido na Colônia do Sacramento, então território luso-brasileiro, hoje pertencente ao Uruguai, Hipólito formou-se em Leis e Filosofia na Universidade de Coimbra. Em 1798, recebeu do ministro da Fazenda e presidente do Erário português, o Conde de Linhares, uma missão de prospecção econômica. Foi enviado aos Estados Unidos para levantar os recursos naturais e observar os conhecimentos científicos da recém-emancipada nação, onde permaneceu por dois anos. Hoje, a missão poderia ser considerada um ato de "espionagem".

Hipólito na Filadélfia

Durante a estada, Hipólito da Costa anotou uma série de observações que foram publicadas no livro Diário da minha viagem para a Filadélfia. "Ele faz ali uma etnografia dos Estados Unidos naquele momento privilegiado do final do século 18. Você tem o olhar de um brasileiro sobre aquela sociedade. Eu acho que isso diz muito da personalidade dele", disse Isabel Lustosa. Para Dines, a viagem foi importante porque Hipólito pôde ver materializados conceitos como "progresso" em um território tão extenso como o Brasil.

"Ele fica um pouco chocado com os modos rústicos dos americanos, aquela maneira direta de tratar as pessoas sem o menor formalismo, sem qualquer protocolo ou o cerimonial típico da corte em Lisboa. Ele é apresentado ao presidente dos Estados Unidos, que está sentado em uma poltrona suja, com botas cheias de barro, e que depois vai para uma festa, toma ponche, dança com as senhoras. Os Estados Unidos eram uma democracia em formação. Um país talvez tosco ou rústico para um jovem súdito português, acostumado com as monarquias européias, com o protocolo de uma monarquia", explicou Paulo Roberto de Almeida.

A viagem não marcou apenas a vida pública de Hipólito da Costa. Foi em Filadélfia que ele se filiou à maçonaria. Não havia leis que proibissem a maçonaria em Portugal, mas a igreja católica exercia forte pressão contra a organização por considerá-la herética. De volta a Portugal, o jornalista foi preso. Durante dois anos permaneceu incomunicável, submetido a maus tratos e a intermináveis interrogatórios nos cárceres do Santo Ofício. "Sem dúvida, foi por causa da maçonaria que ele acabou preso. Antes, até imediatamente antes, ele era um sujeito que fazia prestação de serviços para o Estado e era amigo do principal ministro, que era o Dom Rodrigo de Souza Coutinho", lembrou Antônio Costella.

As marcas do cárcere

As memórias desse período foram descritas no livro Narrativa da perseguição de Hypolito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, preso e processado em Lisboa pelo supposto crime de francmaçon, publicado em inglês e em português. "Depois que ele conseguiu escapar de Lisboa e chegar a Londres, a primeira iniciativa de Hipólito da Costa, antes ainda do Correio Braziliense, foi contar o que é a inquisição – porque o público inglês não sabia, não tinha noção. Afinal, era uma monarquia parlamentar", disse Dines. "Trata-se de um documento imenso sobre a defesa da liberdade de imprensa, de credo, do direito a ser maçom, na conversa com o interrogador. É belíssimo", disse Isabel Lustosa. Para a historiadora, Hipólito era um "homem de fibra".

"O Hipólito, como pessoa, talvez tenha se tornado mais amargo, mais desconfiado, com sua estada na prisão. Mas, certamente, conservou todas as suas convicções juvenis e aquelas adquiridas em sua estada americana", avaliou Paulo Roberto de Almeida. Antônio Costella considera a fuga suspeita. "Foi uma escapada meio estranha porque simplesmente esqueceram de fechar a porta e ele foi saindo, abrindo as portas, e foi para a rua. Alguém deve ter ajudado a preparar essa fuga", disse. Em seguida, Hipólito estabeleceu-se na Inglaterra. "Os portugueses não conseguem mais tirá-lo porque ele passa a estar com a proteção da maçonaria inglesa e do Duque de Sussex, que era o chefe dessa maçonaria e de quem ele virou secretário particular", explicou o professor.

Nasce o Correio Braziliense

Hipólito chegou a Londres em 1802. Centro econômico e cultural, a cidade abrigava inúmeros partidários da emancipação das colônias na América. "Ele encontrou em Londres toda a elite sul americana, a vanguarda intelectual e política que estava engajada nas lutas pela emancipação", disse Dines. Na casa do general venezuelano Francisco de Miranda, libertários reuniam-se para traçar estratégias para a independência. "Tornou-se uma espécie de ponto de encontro dos intelectuais exilados, que tinham fugido da América Latina ou estavam exilados em Londres. Ali era a curriola dos libertários. E lá estavam Hipólito da Costa, Bernardo O´Higgins, general San Martín, Bernardino Rivadavia e Simón Bolívar, o homem que realmente materializou a emancipação da América espanhola", disse.

Nesta fase, nasceu a idéia do Correio Braziliense. Para Dines, Hipólito concebeu o jornal como um "emissor de ideias não-censuradas". "Não é um jornal como nós conhecemos hoje. Na realidade, o Correio Braziliense era uma revista. Primeiro, porque saía uma vez por mês e, segundo, o formato era de livro. Ele fazia tudo sozinho, provavelmente um compositor montava os tipos móveis, depois ele revisava", explicou Dines. "O Correio Braziliense tem como subtítulo ‘Armazém Literário’. Armazém, no sentido etimológico original, é uma loja de muitas utilidades, um empório de todos os objetos que você possa necessitar. Não apenas alimentos, mas máquinas, implementos", completou Paulo Roberto.

"O Correio Braziliense era uma imensa redação de um homem só. Imaginemos uma redação hoje com o editor-chefe, o editor-executivo, repórteres, resenhistas, especialistas em Ciência, em Comércio, em Letras. Tudo isso o Hipólito fazia sozinho. Ou seja, ele era uma redação. Ele lia absolutamente de tudo, desde aquelas gazetas oficiais, o Moniteur francês, a gazeta fluminense. Todas as leis ele lia e traduzia para o público leigo. Todos os grandes autores, basicamente da ciência política e da economia política, ele traduziu e adaptou", explicou o diplomata. "Foram 14 anos de livros mensalmente produzidos por um único indivíduo. É uma coisa fantástica", destacou Isabel Lustosa.

A face do destruidor



O nome do destruidor é
Destruidor
É o nome do destruidor.
O nome do construtor é
O nome
Do construtor.
A face do construtor.
O que ele constrói.
A obra do construtor.
O destruidor não pode mais destruir
Porque o construtor não constrói.
O construtor não constrói porque
Não pode mais construir.
A face do destruidor.

(Arnaldo Antunes / Paulo Miklos)

Dá pra adiantar o calendário?

Vou fazer aqui um desabafo. Gosto de política, gosto de discutir política. No início dos anos 2000, fiz a cobertura das sessões da Câmara Municipal de Sorocaba por mais de dois anos e tomei gosto pela coisa. Mas nesta época pré-eleição enche o saco ficar sendo importunado por candidatos e seus devidos assessores a todo momento.

Com as ferramentas virtuais, a encheção aumentou ainda mais. Antigamente, os candidatos chegavam ao nosso conhecimento por meio de placas, santinhos e materiais impressos (jornais, revistas) e pela TV. Atualmente, eles estão em todos os lugares, além desses tradicionais. São blogs, sites, MSN, Orkut, YouTube, Facebook.

Pessoas que jamais olharam no seu rosto se oferecem para ser seu amigo. E o que para mim é o pior: a visão míope e partidária. Ou você é a favor ou é contra. Você não pode aceitar uma posição ou ideia de um candidato e também acreditar em outra obra ou proposta de outro. É uma dicotomia feroz. Ou é ou não é. Ou vermelho ou azul. Ou verde ou amarelo.

Essa insana luta por voto não dá espaço para quem quer ser um pouco azul e um pouco vermelho, um tanto amarelo somado a um pouco verde. Outro ponto que é muito ruim: as visões pré-definidas, marcadas. É aquilo e pronto. Não importa que não seja bem daquele jeito, pois os grupos radicais (sejam de que lado for) irão tentar convencê-lo de que é daquele jeito sim. Como ele pensa e nada mais.

Nas últimas eleições, vi o ambiente dos blogs e da internet agindo com maior isenção e discernimento. Como os políticos ainda não tinham percebido a força do trabalho em rede proporcionado pela internet, foi possível ver blogueiros se articulando para desmascarar esse ou aquele abuso. Nesta eleição, ainda existem os ilhados, mas percebe-se claramente que a política está mais espalhada com sua máquina de moer carne e dominando essas mentes que mantinham certa distância dos núcleos políticos.

Os candidatos deveriam se tocar que essa marcação cerrada cansa o eleitor, que já sabe que terá que votar em alguém nas próximas eleições e, provavelmente, já sabe em quem irá votar. E que essa decisão será tomada por interesse dele e não pela encheção de candidatos e assessores.

O que não dá é ter que aturar candidatos chatos que querem a qualquer custo te convencer de que ele é o melhor. Candidatos, por favor, assim não dá!

quinta-feira, julho 29, 2010

Caso Bruno e os direitos individuais

Por Jorge André Irion Jobim
(publicado no Blog do Nassif)

CASO DO GOLEIRO BRUNO. PRINCÍPIOS VILIPENDIADOS

Tão logo começaram a despontar na grande mídia as noticias a respeito do desaparecimento de uma namorada do goleiro Bruno do Flamengo, independentemente do fato dele ser culpado ou não, eu já fiquei certo de que ele estava inexoravelmente condenado. É o preço que ele irá pagar por ter notoriedade e atrair para si tantas atenções. Fosse ele uma pessoa sem qualquer projeção, e o caso já estaria esquecido como outros tantos com a mesma ou maior dimensão. Frise-se que minha indignação é com alguns princípios universais do direito que são sistematicamente vilipendiados a cada vez que ocorre um acontecimento para o qual a imprensa resolva dirigir sua atenção.

Afinal, como exercer o contraditório e a ampla defesa contra uma mídia sensacionalista que usurpa as competências do Ministério Público para acusar, e a do Poder Judiciário para julgar? Embora a imprensa não admita qualquer limite em relação à sua atividade, o segmento nefasto do qual estou me referindo, acusa sem qualquer limitação, sem obediência a qualquer das prerrogativas que qualquer suspeito ou acusado tem em virtude dos princípios constitucionais. Tudo baseado em meras suspeições ou até mesmo em virtude de boatos ou denúncias anônimas.

Depois o julgamento prévio é feito em programas televisivos de apresentadores ou apresentadoras que nunca passaram perto de uma faculdade de direito, muitos deles que apenas despontaram para a mídia, pelo fato de terem o corpo bonito. Ora senhores, corpo não é cérebro. Beleza não é conhecimento ou sabedoria. Quem tiver estômago para agüentar, basta acompanhar algum destes programas e não esperaremos muito para percebermos as barbaridades que são ditas no transcorrer dos mesmos. Imperam em tais programações, o desrespeito ao nome, à dignidade, à imagem, à privacidade e à vida íntima das pessoas. Tudo isso, apesar do fato de todos estes bens também terem proteção constitucional.

Após tal tipo de imprensa ter atuado inquisitorialmente como acusadora, ter feito a análise das provas, ter proferido seu julgamento, tudo sem o crivo do contraditório e da ampla defesa, ela joga seu veredito para cima da população como se fosse uma decisão em que a verdade impera definitiva. E é evidente que aquela parcela populacional já alienada, imbecilizada por tais programações, sem capacidade de discutir tal "verdade", aceita tudo e passa a reproduzir o pensamento que lhe foi imposto de cima para baixo. A seguir, são criadas as turbas de acusação que vão para as portas dos tribunais gritar por justiça sem sequer saberem o verdadeiro e elevado significado da palavra que vociferam raivosamente.

Cabe aqui a pergunta: afinal, nós estamos procurando justiça ou simplesmente buscando alguém para lhe atribuir culpabilidade ainda que indevidamente, com o simples objetivo de saciar a sede de vingança que é insuflada pela mídia na sociedade?

Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS

segunda-feira, julho 26, 2010

The Times perde 2/3 dos leitores com cobrança online

Por Leticia Nunes (edição e tradução) em 20/7/2010
(retirado do Observatório da Imprensa)

O site do jornal britânico The Times perdeu dois terços de seu público após se tornar pago, no início de julho. Segundo dados da empresa Experian Hitwise, que monitora o tráfego na rede, as visitas ao Times Online teriam caído 66% comparadas ao tráfego antes de os leitores terem que se registrar e pagar pelo acesso.

Para poder ler as notícias no site, os leitores devem desembolsar 1 libra por dia ou 2 libras por semana; assinantes do jornal impresso têm acesso direto. Especulava-se que, com a cobrança, o Times Online perderia 90% de seu tráfego. A queda, no entanto, parece ter sido amortecida por uma "oferta de lançamento" – quem se registrasse nos primeiros dias ganhava acesso ao site por um mês pagando apenas 1 libra – e pela Copa do Mundo, quando aumenta a procura por notícias esportivas.

O site do dominical Sunday Times também passou a ser pago. Segundo a News International, subsidiária da News Corporation e dona dos jornais, os tablóides Sun e News of the World também devem enfrentar o processo. O magnata Rupert Murdoch, dono da companhia, é um dos maiores defensores do conteúdo pago na rede e já anunciou que pretende cobrar pelo acesso de todos os sites da empresa. Com informações da Reuters [18/7/10]

quinta-feira, julho 22, 2010

Uniso faz Encontro de Pesquisadores em Comunicação

A Universidade de Sorocaba (Uniso) está com as inscrições abertas para o 4º Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Cultura. O evento acontece nos dias 28, 29 e 30 de setembro. As inscrições para quem quer participar acontecem até o dia 3 de setembro. O custo para mestrandos e doutorando é de R$ 30. Para mestres e doutores e professores, R$ 50.

Mais informações, clique aqui

UFSJ oferece especialização em mídia para educadores

A Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) está com as inscrições abertas até esta sexta-feira (dia 23 de julho) para a especialização em Mídia na Educação - Modalidade à Distância. É a oportunidade para professores das redes municipais de ensino na região de Sorocaba. As participaçoes presenciais e provas são feitas no Polo da UFSJ em Votorantim.

O curso é gratuito, tem carga horária de 425 horas/aula, duração de dezoito meses e início previsto para setembro de 2010. São oferecidas 40 vagas para o Polo de Votorantim. O público alvo do curso é formado por: Professores da rede de ensino; Profissionais da educação graduados nas diversas áreas do conhecimento; Profissionais de tecnologia envolvidos na educação. O ingressante deverá obrigatoriamente ser portador de diploma de nível superior. Para mais informações, segue o edital abaixo:


Edital Mid

Obras na Dom Aguirre

As obras da avenida Dom Aguirre em Sorocaba continuam, pelo jeito, a todo vapor. Havia dias que não passava pelo blog das obras da Prefeitura e hoje fui ver o vídeo gravado pela assessoria. As imagens mostram como a paisagem ali já está um pouco diferente de como era. Uma pista bem mais alta em alguns trechos, com a ciclovia no mesmo nível que estava. Como a Prefeitura prometeu a obra para o primeiro dia de agosto, falta pouquíssimo para vermos como ficaram as mudanças. Mas o teste final mesmo, só quando as fortes chuvas chegarem.

O sorocabanos que não moram em Sorocaba podem matar a saudade da terrinha no vídeo abaixo.

segunda-feira, julho 19, 2010

Reitores de universidades federais reúnem-se com presidente Lula

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de
Ensino Superior (Andifes) reúne-se, nesta segunda-feira (19/7), às
16h30, com o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, na
sala de audiências do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Na audiência, realizada anualmente durante o governo Lula, os reitores
das universidades federais levam ao Presidente da República demandas
importantes para o sistema. Neste ano a principal reivindicação da
Andifes é a autonomia universitária.

Em reunião com os reitores no início do mês, o ministro da Educação,
Fernando Haddad, assegurou que o tema é de conhecimento do presidente
Lula. Na ocasião, ele afirmou que a ideia é assinar o decreto da
autonomia na reunião desta segunda-feira.

"Posso garantir a vocês que vai sair o decreto da autonomia. Eu
conheço o Lula, ele não deixa a Presidência sem assinar isso", atestou
Haddad.

O decreto altera dispositivos referentes à gestão financeira e
orçamentária das universidades federais permitindo, por exemplo, o
remanejamento de recursos não empenhados de um ano fiscal para o
seguinte e o remanejamento de recursos entre rubricas das
instituições. Ainda estaria incluído o banco de
técnicos-administrativos equivalentes, instrumento que daria maior
agilidade à reposição de técnicos, quando da vacância de cargos.

Além do decreto da autonomia, também será pauta da reunião com o
presidente Lula a assinatura da medida provisória e de um decreto que
disciplinam o relacionamento das universidades com as fundações de
apoio à pesquisa. (Com informações da Assessoria de Imprensa da
Andifes)

Exigência afeta qualidade, não liberdade

Por Luiz Garcia
(Reproduzido de O Globo, 16/7/2010; título original: "Diploma, outra vez")


No ano passado, o Supremo Tribunal Federal acabou com a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. A base da decisão foi o princípio de que nada pode restringir a liberdade de expressão. Pouco tempo depois, começou a tramitar na Câmara dos Deputados uma proposta de emenda constitucional restabelecendo a necessidade do diploma.

Há uma terceira posição na briga: essa bendita liberdade não é maior nem menor com ou sem jornalistas formados em jornalismo nas redações. O que interessa à sociedade é a qualidade da informação que recebe da mídia. As opiniões dos órgãos de informação e de quem neles trabalha são, na verdade, secundárias. O serviço que prestam à sociedade é o que importa: basicamente, o que aconteceu, e que importância tem. Não são editoriais nem artigos — como este, por exemplo — que representam a contribuição essencial da mídia.

Tudo que a mídia leva ao cidadão de realmente importante depende principalmente de dois fatores: a imparcialidade na produção de notícias e a intimidade com as múltiplas áreas do conhecimento associadas aos fatos. Uma equipe de jornalistas que inclui profissionais com formação em diferentes áreas do conhecimento certamente está apta a informar melhor do que aquela treinada apenas, ou principalmente, em comunicação social.

Questão errada

Não é a liberdade de imprensa que está em questão, como acreditam ministros do STF. É a qualidade da informação.

Nenhuma empresa jornalística cometeria o suicídio de menosprezar o bom profissional com formação em comunicação social. Mas é absurdo negar à mídia o direito de incluir em suas equipes cidadãos com outro tipo de bagagem: na medicina e na economia, por exemplo. Ou mesmo, em casos raros, mas que existem, aqueles que não têm diploma algum.

Além disso, deveria ser levado em conta o fato de que a mídia tradicional vive um momento de crise no mundo inteiro, face à concorrência da mídia informal na internet. A exigência do diploma, como dizem os que a defendem, não é restrição à liberdade de expressão.

Mas é um obstáculo ao direito de aperfeiçoar a qualidade de informação.

E tem outra consequência negativa, que não deveria ser esquecida: contribui para a proliferação de escolas de jornalismo de baixo nível.

Convencendo no berro

Neste domingo, meu amigo jornalista Pedro Guerra publicou uma pequena nota no Jornal Bom Dia Sorocaba (página 2) contando uma pequena história que aconteceu em Ibiúna em 1998. Foi o dia em que eu consegui uma entrevista de um presidente da República literalmente no grito.

Então repórter do Jornal Cruzeiro do Sul, ia até Ibiúna toda vez que o então presidente Fernando Henrique Cardoso tirava uns dias para ficar em seu sítio naquela cidade. Dividia normalmente essa tarefa com o repórter Fábio Jammal. Eram manhãs e tardes intermináveis e, normalmente, improdutivas jornalisticamente, mas que valiam pelas conversas e o clima de amizade entre repórteres, fotógrafos e cinegrafistas ali de castigo. Pedro compunha o grupo naquela época como repórter da rádio CBN Notícias.

No último dia do feriado de Finados daquele ano, FHC - que pouco aparecia ou falava com a imprensa quando estava por lá - saiu de seu sítio escoltado por carros da segurança presidencial rumo a um campo aberto onde o helicóptero o aguardava. A imprensa o seguia em comboio até uma barreira próxima ao lugar de decolagem da aeronave.

Margeando este campo de pouso, havia uma estrada de terra, onde todos da imprensa estacionavam, desciam um desnível  de terra e, finalmente, se acotovelavam na cerca de arame farpado para obter os últimos acenos ou gestos de FHC entre a saída do carro e a entrada no helicóptero. Coisas que dariam uma nota talvez, mas muito para quem, por vezes, não tinha nada de informação que rendesse notícia. Aquela foto feita às pressas quase sempre estampava a capa do jornal.

Mas naquela época, uma tremenda crise se deu na antiga Febem em São Paulo. E o então governador Mário Covas disse que precisaria debater o assunto com o Governo Federal. Então, quando FHC saiu do carro, não tive dúvidas: respirei fundo e gritei ao máximo: "ô presidente, vem aqui falar com a gente sobre o problema na Febem".

Em décimos de segundo, FHC olhou pra gente, olhou pro helicóptero uns dois passos à frente, olhou de novo pros repórteres e cinegrafistas e veio. Veio em uma marcha rumo ao arame farpado.

Só lembro de ouvir fotógrafos, repórteres e cinegrafistas xingando. Como normalmente FHC não dava entrevistas ali e a distância até o helicóptero era um tanto grande, boa parte dos profissionais da mídia não descia preparado para entrevistas próximas. Fotógrafos só levavam com lentes para grande distância, cinegrafistas das TVs não carregavam os microfones e repórteres não portavam seus gravadores de fita. O primeiro comentário que ouvi foi: "fodeu", seguido de um "porque você foi chamar?" Ou seja, foi uma tremenda correria.

FHC veio e, na minha frente, falou da Febem e de outros assuntos. Quem estava preparado, logicamente, ocupou os melhores lugares grade de arame farpado que nos separava do presidente da República. Pedro Guerra estava lá, ao meu lado com seu gravador adesivado da CBN. Doze anos depois, ele me surpreende com sua memória de elefante para lembrar de datas e épocas e para lembrar dessa que foi uma das minhas façanhas como jornalista: deixar o rigor de lado e conseguir uma entrevista do presidente da República na base do grito.

sábado, julho 17, 2010

Esquadrilha da Fumaça em Sorocaba 2


A apresentação da Esquadrilha da Fumaça na tarde de hoje no aeroporto de Sorocaba foi um sucesso. Apesar do tempo fechado, o que impossibilitou a apresentação completa deles, só o fato de ouvir o som característico daquele turbo hélice Pratt&Whitney e ver a sincronia das aeronaves durante as manobras já vale a pena. Com o tempo fechado, os aviões fizeram 25 minutos de apresentação ao invés dos 35 minutos habituais.

Milhares de pessoas passaram pelo Aeroporto para conferir as manobras, principalmente as de dorço que a Esquadrilha é especialista como ninguém. Uma manobra - a bruxa - em que dois aviões voam lado a lado enquanto um terceiro avião voa por entre os espaços dos dois - não pode ser executada por causa do vento. O capitão Caldas contou que esta é uma nova manobra seria executada pela primeira vez aqui na cidade. Não foi desta vez.

E quem esteve no aeroporto “Bertram Luiz Leupolz” e tirou algumas fotos dos sete aviões Tucano pode participar do 1º Concurso de Fotografia da Esquadrilha. O vencedor de cada categoria ganhará uma maquete da aeronave Tucano. Todos os 6 escolhidos ganharão um kit com boné e camiseta. O prazo para inscrição e entrega das fotos será encerrado até o dia 03 de dezembro de 2010. A escolha deverá ser efetuada por um júri, até 01 março de 2011. Mais informações sobre como participar, você encontra clicando aqui

E quem não fez foto e nem foi ao show aéreo, pode curtir um vídeo legal da Esquadrilha da Fumaça tanto na filmagem acima que fiz na apresentação no aeroporto de Sorocaba como neste arquivo abaixo.


Esquadrilha da Fumaça em Sorocaba 1

Por volta das 11h, cinco aviões Tucano da Esquadrilha da Fumaça, chegaram ao Aeroporto de Sorocaba. O público poderá apreciar as manobras da Esquadrilha a partir das 16h, quando os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) se apresentam na cidade. A Esquadrilha veio para participar da inauguração do busto de Alberto Santos Dumont e da réplica do avião 14 Bis, que comporão a partir de hoje uma praça na frente do Aeroporto “Bertram Luiz Leupolz”.

Assim que chegaram, os pilotos da Esquadrilha ficaram à disposição da imprensa e conversaram com repórteres, fotógrafos e cinegrafistas dos veículos de comunicação. Também deram uma colher de chá e deixaram os repórteres conhecer os aviões por dentro.
Ficar próximo a esses aviões é uma forma de realizar um sonho adolescente. Quem puder assistir ao show vá, porque vale a pena.

Star Wars no Metrô!

Usuários do metrô em Nova York estão em seu dia a dia comum, quando, de repente, a princesa Leia entra. Logo em seguida, os stormtroopers - a tropa do império galáctico - invadem a composição para prender a princesa. Para delírio final, Darth Vader entra no metrô e ordena que seus guardas prendam a princesa. Não sei se vocês são fãs, mas eu gostei.

sexta-feira, julho 16, 2010

Morte sem epitáfio

Por Alberto Dines
(Retirado do Observatório da Imprensa)

Os sinos não dobram quando fecha um jornal, mas dobram pelo jornalismo. Nenhum jornal é uma ilha – menos um jornal, menor a imprensa. Menos um diário, menor o continente, o mundo, a humanidade.

Pífia, lamentável, a repercussão do anúncio do fim do Jornal do Brasil impresso. Ninguém vestiu luto – só os jornalistas – porque há muito aboliu-se o luto. O luto e a luta. Sobreviventes não lamentaram, dão-se bem no jornalismo morno, sem disputa. Juntaram-se para revogar a concorrência e enterraram a porção vital do seu ofício. Esqueceram a animada dissonância, preferiram a consonância melancólica.

Qualidade e poder

O derradeiro confronto jornalístico no Rio talvez tenha se travado no início dos anos 70 (ou fim dos 60) quando Roberto Marinho decidiu que O Globo não poderia ficar confinado ao esquema de vespertino e passou a circular aos domingos. Em represália, Nascimento Brito decidiu que o JB invadiria a segunda-feira. Encontro de gigantes, disputa de qualidade. Mesmo com a ditadura e a censura como pano de fundo.

Sem competição, o jornalismo perdeu o elã; desvirtuado, virou disputa pelo poder. Exatamente isso atraiu Nelson Tanure, o empresário que investe em informática, estaleiros e faz negócios pelo negócio. Não lhe disseram que empresário de jornal não precisa escrever editoriais, basta gostar do ramo e ser fiel a ele.

Simbólico: o fim do JB impresso foi confirmado na edição de quarta-feira (14/7) sob a forma de anúncio, publicidade. Aquela Casa não acredita em texto. E o seu jornal morreu sem epitáfio.

quinta-feira, julho 15, 2010

Jornalismo online impõe agenda da grande imprensa

Por Leneide Duarte-Plon, de Paris em 15/7/2010
(retirado do Observatório da Imprensa)


O site Mediapart, de Edwy Plenel, ex-diretor de redação do Le Monde, tem provado que um jornal online pode ser tão eficaz (ou mais) quanto os grandes jornais da imprensa tradicional quando se trata de fazer jornalismo investigativo. Depois de ter revelado as gravações secretas feitas pelo ex-mordomo da dona da L'Oréal, Liliane Bettencourt, quase todo dia o site tem matérias exclusivas sobre o escândalo que sacode a França há algumas semanas. Os grandes jornais se limitam, na maior parte dos dias, a fazer suites das matérias exclusivas do Mediapart no chamado "affaireBettencourt-Woerth". O Mediapart foi criado por Plenel em 2008, depois de ter sido demitido pelo Le Monde.

O "affaire" começou como um caso de família envolvendo uma ação da filha de Liliane Bettencourt, Françoise Bettencourt-Meyers, contra um fotógrafo que já foi agraciado por doações de um bilhão de euros. A mãe, que tem 87 anos, estaria, segundo a filha, sendo explorada na sua fragilidade pelo fotógrafo. Não há nem nunca houve nenhuma história amorosa entre a milionária e o fotógrafo, gay assumido. Simplesmente ele começou a ser tratado como um filho pela mulher mais rica da França e a filha não gostou das doações que a mãe fez a ele.

Rapidamente, contudo, o caso tomou um caminho político envolvendo o ministro do Trabalho, Eric Woerth, e a proprietária da L'Oréal. E, subitamente, um jornalista e seu jornal online foram catapultados ao centro dos acontecimentos.

Ávidos por notícias

Acompanhado pela imprensa do mundo inteiro, o affaire serviu de publicidade ao Mediapart, que viu aumentar vertiginosamente o número de assinantes, ávidos por poderem ler a íntegra das matérias exclusivas oferecidas aos leitores dia após dia. Atualmente, dos 25 jornalistas que fazem o Mediapart, cerca de 15 trabalham somente na cobertura do affaire.

O caso Bettencourt sacode a République há vários dias. Os jornais franceses não falam de outra coisa, as revistas semanais disputam quem vai dar o melhor furo e a televisão segue todos os fatos diariamente.

Para um brasileiro, não há como não pensar no caso Collor-PC, guardadas as devidas proporções. Sarkozy não é Collor, Woerth não é PC, mas o affaire pode vir a prejudicar os planos de reeleição em 2012. O presidente não está ameaçado por umimpeachment, figura jurídico-constitucional inexistente na França, mas suas chances de novo mandato podem estar sendo definitivamente enterradas com o caso Woerth-Bettencourt, que mistura financiamento ilegal de campanha política com acúmulo de funções eticamente incompatíveis.

O atual ministro do Trabalho e ex-ministro do Planejamento (Budget, em francês) é o tesoureiro do partido do presidente (UMP) desde 2003. Woerth, cuja mulher trabalhava na empresa que administra o dinheiro da bilionária, teria fechado os olhos para a evasão fiscal praticada em larga escala pelos administradores da fortuna pessoal da dona da L'Oréal. Além do mais, teria recebido dinheiro vivo para a campanha presidencial e teria empregado a mulher, graças a sua influência. De quebra, agraciou com uma das mais prestigiosas condecorações da République o big boss da empresa que administra a fortuna de Madame Bettencourt, Patrice De Maistre.

Dinheiro e pudor

O escândalo é uma mancha na imagem do presidente Sarkozy, que prometeu em campanha um governo de transparência total, de probidade inatacável. A cada dia, Edwy Plenel e seus jornalistas têm novas revelações incômodas para o poder. Todos os ministros correram para socorrer Sarkozy, acusado de ter financiado sua campanha com dinheiro doado acima dos limites fixados na lei (apenas 7.500 euros por ano por doador). Alguns deles optaram pelo ataque e tentam desqualificar Plenel. O atual secretário-geral da UMP, Xavier Bertrand, criticou o site dizendo que ele utiliza "métodos fascistas". O Mediapart entrou imediatamente com uma ação de injúria e difamação.

"Os franceses não gostam de dinheiro, detestam especialmente o dinheiro do vizinho e execram os ricos". Para Alain Duhamel, um dos mais antigos comentaristas políticos da imprensa francesa (ele trabalha na televisão e no rádio há mais de 35 anos e escreve uma crônica política semanal no Libération), o despudor de Nicolas Sarkozy, que ele vê como um "descomplexado do dinheiro", choca os franceses. Segundo Duhamel, na França o dinheiro é visto, na melhor das hipóteses, como um mal necessário. Na pior das hipóteses, como um veneno que corrompe toda a sociedade.

Realmente, Sarkozy não tem o pudor que se exige de um chefe de Estado que deve governar para ricos e pobres. Ele não tem uma enorme fortuna pessoal mas seus amigos são todos milionários, donos de grandes empresas, gente que gosta de dinheiro e, sobretudo, gosta de ganhar muito dinheiro. A eles, Sarkozy deu um presentinho logo depois da eleição: criou o "bouclier fiscal", lei que limita o imposto de renda a 50% dos ganhos de cada indivíduo ou empresa. Os ricos franceses pagavam muito mais que esse percentual e, fugindo ao fisco, muitos deixaram o país indo morar na Bélgica e na Suíça.

Por causa dessa nova lei, a dona da L'Oréal, Madame Liliane Bettencourt, teve 38 milhões de euros devolvidos pelo fisco relativos a 2008. A esquerda não engole obouclier fiscal que priva o país de receitas astronômicas em plena crise para que o presidente agrade a seus amigos milionários. O bouclier seria uma forma de recompensar os financiadores da campanha e, em época de crise e desemprego, é uma das medidas mais impopulares do governo.

O affaire Bettencourt-Woerth está longe do fim, mas o site Mediapart já pode tirar uma lição: revelou que o jornalismo online pode competir com as mesmas armas da imprensa tradicional. Afinal, o papel de todas as mídias é o mesmo: investigar, denunciar e revelar a verdade na defesa da democracia.

quarta-feira, julho 14, 2010

O apedrejamento como "propaganda"

Por Leticia Nunes (edição), com Larriza Thurler em 13/7/2010
(retirado do Observatório da Imprensa)

Sakineh Mohammadi Ashtiani é iraniana, tem 43 anos e dois filhos. Em 2006, ela foi condenada por "manter relações ilícitas com dois homens" e recebeu 99 chibatadas. Presa desde então, Sakineh foi recentemente levada a um tribunal onde era julgado um homem suspeito de matar seu marido. Ela também acabou julgada e novamente foi condenada por adultério. Desta vez, recebeu sentença de morte por apedrejamento. Sim, isso existe no Irã: a pessoa é coberta por um pano branco e tem o corpo amarrado e enterrado até a altura dos ombros. Ela é então executada com pancadas de pedras na cabeça.

O caso de Sakineh ganhou atenção internacional pela internet com uma campanhainiciada por seus filhos. Um abaixo-assinado na rede pedindo pela sua soltura e pelo fim da prática de apedrejamento no Irã já contava com mais de 68 mil assinaturas na tarde de segunda-feira [12/7]. No fim da semana passada, o jornal britânico Guardiannoticiou que a embaixada iraniana em Londres havia divulgado declaração dizendo que Sakineh não seria mais apedrejada. Seu filho Sajjad, de 22 anos, afirmou ao jornal, entretanto, que a condenação da mãe não foi anulada e ela deve ser executada por enforcamento.

Estas informações não foram divulgadas no Irã. A imprensa local foi proibida de cobrir o caso. "Não é a primeira vez que somos proibidos de reportar sobre um caso de apedrejamento, mas, porque o caso de Sakineh é sensível, a censura é ainda mais rigorosa", afirmou ao Guardian um jornalista de Teerã que, por razões óbvias, não pode ser identificado.

Propaganda

Diante da campanha internacional para salvar Sakineh – que já conta com a participação de políticos e celebridades de diversos países, incluindo o presidente Fernando Henrique Cardoso e os cantores Chico Buarque e Caetano Veloso –, o judiciário iraniano afirmou que "a propaganda da mídia ocidental" não vai conseguir impedir a execução. O chefe do judiciário do Azerbaijão iraniano, Malek Ajdar Sharifi, chegou a dizer que o crime cometido por Sakineh é tão grave que seria melhor se ela tivesse "apenas" cortado a cabeça do marido.

"A comoção criada pela mídia internacional sobre este caso não irá afetar a posição de nossos juízes", completou Mohammad Javad Larijani, chefe do Alto Conselho iraniano de Direitos Humanos. "Eu devo ressaltar que a punição por apedrejamento existe em nossa constituição mas é usada em ocasiões muito raras". Com informações do Globe and Mail [12/7/10], do Guardian [9/7/10] e do site Free Sakineh.

Jornalismo cidadão não preenche lacuna dos cortes nas redações, diz estudo

Retirado do Knight Center for Journalism

O jornalismo cidadão não está suprindo a queda na cobertura de notícias resultante dos cortes nas redações tradicionais, concluiu um estudo recentefeito em conjunto pela Escola de Jornalismo da Universidade de Missouri, a Universidade Estadual de Michigan e a Universidade da Carolina do Norte.

O estudo analisou 60 sites e blogs de jornalismo cidadão, observando fatores como o número de links fornecidos, o nível de participação pública e a frequência da atualização de notícias, relatou o Editor & Publisher.

"Embora muitos blogs e sites de jornalismo cidadão tenham feito coisas muito interessantes e positivas, eles não chegam nem perto de oferecer o nível de cobertura que até mesmo organizações jornalísticas com problemas financeiros produzem hoje em dia", afirmou uma das autoras do estudo, a professora Margaret Duffy, da Universidade de Missouri. "Além desses blogs e sites não contarem com pessoas para cobrir as notícias adequadamente, a maior parte dos gerentes de sites de jornalismo cidadão não tem os recursos financeiros necessários e a experiência de negócios para torná-los viáveis ao longo do tempo", disse ela.

sexta-feira, julho 09, 2010

Votorantim oferece 400 vagas para curso gratuito de informática

A Prefeitura de Votorantim, através da Secretaria de Educação (Seed) estará a partir desta segunda-feira (12) com inscrições abertas para o processo de seleção de candidatos interessados no ingresso aos cursos Básico de Informática e Cidadania, e Informática Avançada, que será ministrado gratuitamente na Escola Municipal de Informática.

São 200 vagas para o curso Básico e 200 para o Avançado, totalizando 400 vagas, sendo distribuídas para 75% dos interessados com idade entre 14 e 24 anos, 20% para pessoas que estejam desempregadas comprovadamente e 5% para interessados do funcionalismo público municipal. Para o Curso Avançado o interessado deverá ter concluído o Curso Básico. Serão 40 vagas por turma, com aulas de informática duas vezes por semana e uma para cidadania, totalizando três aulas semanais, no período de 16 de agosto a 10 de dezembro.

Conforme o cronograma, as inscrições poderão ser feitas entre os dias 12 e 23 de julho, das 08h30 às 11h30 e das 13h30 às 20 horas, na Escola Municipal de Informática, situada à avenida Vereador Newton Vieira Soares, 301, Centro. A publicação do resultado da seleção acontecerá no dia 26 de julho, a partir das 15h30, na sede da Escola de Informática.

No ato de inscrição, o candidato deverá preencher devidamente a ficha de inscrição e avaliação da declaração sócio-econômica educativa, apresentar certificado de conclusão do Ensino Fundamental (oitava série), documento de identidade com foto (RG ou CTPS), comprovante de que reside em Votorantim há mais de três anos (conta de luz ou água, telefone, carnê de IPTU, contrato de locação, etc.); se menor de 18 anos o interessado deverá estar acompanhado do pai ou responsável e no ato de inscrição o candidato deve estar presente, não sendo a mesma aceita por procuração.

Mais informações pelo telefone – 3243-1124.

Polvo 'vidente' aposta que Espanha será campeã da Copa do Mundo

Polvo escolheu a isca na caixinha da Espanha

Retirado do site G1
O polvo Paul, do aquário Sea Life, em Oberhausen, na Alemanha, fez a sua "previsão" para a final da Copa do Mundo. Com 100% de acertos, o polvo escolheu a caixinha com a bandeira da Espanha na hora de escolher qual isca iria devorar, se a que indicava a bandeira espanhola ou a que estava na caixinha de vidro com a bandeira da Holanda. A final da Copa será no domingo (11).

Até algumas semanas, Paul era um humilde polvo de dois anos, nascido na Inglaterra. Agora, virou uma celebridade mundial e provoca filas diárias no aquário de Oberhausen, na Alemanha.

Paul disse ainda que Alemanha vai ganhar do Uruguai e ficar com o terceiro lugar do Mundial. O molusco participou do "bolão" do aquário dando palpites em todos os jogos da Alemanha. Ele acertou que a seleção alemã ganharia de Austrália, Gana, Inglaterra e Argentina, e que perderia na primeira fase para a Sérvia e nas semifinais para a Espanha.

O palpite para a decisão da Copa é o primeiro que Paul faz neste Mundial em que não envolve a seleção alemã.

quinta-feira, julho 08, 2010

Terça Sertaneja apresenta Orquestra de Viola Tropeira


Acontece na próxima semana, dia 13, a partir das 19h30, mais uma edição da “Terça Sertaneja” no Parque dos Espanhóis, em Pinheiros. A apresentação desta terça-feira contará com o show da Orquestra de Viola Tropeira e será especial. Neste dia haverá também o lançamento do Livro e Método de Viola, de Ricardo Anastácio, que recebeu o incentivo da Linc (Lei de Incentivo à Cultura).

O projeto, que acontece sempre nas segundas 3ª feiras de cada mês, visa abrir espaço para que os artistas que trabalham com música sertaneja de raiz tenham um espaço de apresentação e divulgação de seu trabalho. E, ao mesmo tempo, oferecer ao público mais uma opção de cultura e lazer.

Os artistas ou grupos interessados em realizar apresentações durante o "Terça Sertaneja" devem entregar material para os funcionários do Parque dos Espanhóis, que fica na Rua Campos Sales, em Pinheiros.

"Osesp Itinerante" em São Roque

A terceira edição do Projeto Osesp Itinerante chega a São Roque na próxima quinta-feira (15), gratuitamente, na Igreja da Matriz, às 20h30. Em uma iniciativa que prevê a realização de uma série de apresentações gratuitas pelo interior do Estado, o Coro da Orquestra, em formação camerística, chega à cidade com o patrocínio da Volksvagem e correalização do Sesc-SP.

Ao longo do ano, a Orquestra Sinfônica do Estado e São Paulo (Osesp) percorrerá outras 15 cidades do Estado, oferecendo concertos sinfônicos com o intuito de minimizar as distâncias entre público e música clássica.

Nesta apresentação, os músicos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, serão regidos pelo tenor Marcos Thadeu, apresentando ao público diversas obras consagradas.

Serviço

OSESP itinerante em São Roque

Data: 15/7/2010
Horário: 20h30
Local: Igreja da Matriz (Praça da Matriz, s/n – Centro)
Grátis
Indicação: Livre
Capacidade: 500 pessoas

Google prevê rápida migração do papel para o meio digital

Retirado do site Comunique-se

O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, afirmou nessa terça-feira (06/07) que a leitura de notícias vai migrar dos jornais impressos para aparelhos digitais de modo mais rápido do que se imagina. Para ele, o novo formato vai permitir uma relação mais personalizada, de acordo com os interesses de cada leitor.
Schmidt prevê que a leitura no futuro terá texto, cores e vídeos. E afirmou que um dos problemas dos jornais impressos é a publicação de informações antigas. "Hoje temos leitores, mas não é inteligente o suficiente. Jornais geralmente me informam coisas que eu já sei", disse.

A instituição "família"

De uns dias pra cá, o assunto que mais se fala aqui na cidade de Sorocaba é sobre o vídeo colocado na internet que rapidamente se espalhou pelo mundo. Nele, duas mulheres conversam, discutem e terminam brigando por conta de questões que passam pela amizade e traições amorosas. Tudo isso azeitado com muitas histórias sórdidas, xingamentos e revelações picantes da intimidade de uma e outros.


Pensei muito antes de escrever essas linhas sobre o assunto. Mas resolvi delinear algumas palavras para esclarecer a minha posição sobre o tema e também para balizar o uso desse blog aos que passarem por ele.

Penso que o conteúdo do vídeo compete tão somente às duas famílias. Um problema como esse certamente seria tratado com total sigilo pela Justiça por envolver questões familiares. E não é à toa. O tema só compete a eles resolverem. A ninguém mais.

Quem se arrisca a fuxicar, opinar ou discutir esse assunto está em busca de tudo, menos de "informação de qualidade" que sirva para algum bem. Não consigo ver sequer uma razão plausível que me faça debruçar sobre o assunto. Esse tipo de informação não traz benefício a ninguém, muito menos a uma sociedade. Pelo contrário, só expõe (ainda mais) as chagas e problemas particulares dessas duas famílias. Como se essa crise familiar já não fosse grave, a repercussão do assunto como notícia, ajuda ainda mais a ampliar o trauma dos adultos e, principalmente, dos filhos desses dois casais. Com a exposição na mídia, sofrem duas vezes.

Fico imaginando o assunto se disseminando virulosamente pela internet e chegando às caixas de emails de tudo e de todos. Inclusive às crianças, colegas desses filhos. E nas manhãs seguintes, os tipos de comentários que essas crianças e jovens - os filhos - são obrigados a ouvir nas escolas por conta desse tipo de "notícia".
Isso não tem como apagar.

Por crer que a "instituição" família é sagrada (não no sentido religioso, mas no sentido moral, ético, social) acredito e defendo que não é papel de jornalista entrar nesse imbróglio amoroso. Antes que alguém se arrisque, me antecipo e digo que não conheço nenhuma das pessoas em questão. Mas é por acreditar nessa inviolabilidade da família que escrevo essas linhas. E o faria, seja a família de quem quer que fosse. Assim como não quero que a mídia invada os problemas da minha família um dia, também não aceito que o faça com outra. E quem não tem algum problema na família?


Ao consumir informações como essa, a sociedade abre brechas e incita que a mídia invada a privacidade de qualquer família. A sociedade e a mídia deveriam justamente se opor a este tipo de ação. Deveriam defender os direitos individuais dispostos na Constituição e ajudar a preservar o direito sagrado reservado à família. E deveriam tomar atitudes, aí sim, a quem violasse esse "valor".

Mas não é isso que se vê. Infelizmente, o que se observa é uma sociedade babando por notícias desse calibre, ansiosa por emitir suas opiniões e seus julgamentos de botequim por cada detalhe sórdido explicitado. E querendo cada vez mais. Mergulhando nesse poço enlameado e exigindo ainda mais os detalhes escatológicos que, por vezes, são saciados pela mídia que esquece-se de sua função social e aproveita para ganhar mercado nas ruas.

Dessa história cyber-sexual-sorocabana só me resta lamentar e desejar o bem para as famílias envolvidas. Força e paz.

terça-feira, julho 06, 2010

A educação e os indicadores


(retirado do Blog do Nassif)
www.luisnassif.com.br

Coluna Econômica
A divulgação do IDEB (Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico), o sistema de avaliação do ensino preparado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) para o Ministério da Educação, é uma demonstração cabal do avanço da ciência dos indicadores no Brasil.

Os primeiros sistemas foram desenvolvidos no governo Fernando Henrique Cardoso. No primeiro governo Lula houve uma interrupção por algum tempo. Depois retomou-se o trabalho. Hoje, tem-se o mapa do ensino na mão, para definir políticas públicas.

***
Indicadores são a melhor defesa de que dispõe a sociedade para a garantia de manutenção de políticas públicas. Definem-se os objetivos – no caso da educação, a qualidade do aprendizado do aluno. Depois, fixam-se metas, comparam-se desempenhos regionais, municipais ou de escolas.
Esse monitoramento permite identificar as melhores práticas, dentre escolas e estados, melhores métodos pedagogicos e, na outra ponta, os piores desempenhos. A partir daí, governos federal e estaduais podem montar modelos de reforço aos mais fracos e de estímulo aos melhores.’

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A ciência dos indicadores de desempenho é recente no país. Apenas no início dos anos 2000, as primeiras ONGs passaram a estudar maneiras de avaliar os recursos aplicados na educação.

Coube ao Instituto Ayrton Senna os maiores avanços, com o projeto Acelera Ayrton – que visava reforçar o ensino para crianças repetentes. Na ocasião, Viviane Senna, presidente do Instituto, surpreendeu ao afirmar que o investimento em formas de avaliação era tão relevante quanto no projeto pedagógico.

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Tendo os indicadores, há que se ter o cuidado de formular os diagnósticos corretos. Nos últimos anos, uma nova-velha geração de educadores, com um viés claramente contrário do da escola pública, estimularam a idéia de que a qualidade do ensino não depende de salários de professores, mas de métodos gerenciais e pedagógicos modernos.

Partia-se de uma visão simplificada da realidade. Primeiro, comparavam-se duas escolas nas mesmas condições – mesma região, com professores com os mesmos salários. Uma delas tinha desempenho superior ao da outra. Logo, concluía-se, o diferencial não é salário, mas o trabalho da direção.

Na semana passada, juntei no programa Brasilianas.org um conjunto de organizações envolvidas com educação – do Movimento Todos Pela Educação, liderado pelo empresário Jorge Gerdau, a movimentos mais ligados aos professores.

***

A opinião unânime é que o passo inicial é o resgate da carreira de docente. Tem que se ter salários e plano de carreira para seduzir os melhores quadros. Depois, fornecer condições de trabalho adequado.

Aí, sim, começar a medir, avaliar e cobrar, sempre procurando envolver pais, alunos e ganhar corações e mentes dos professores. Um dos erros básicos do modelo educacional paulista recente – da secretária Maria Helena – foi tentar empurrar modelos modernos goela abaixo dos professores. Como o próprio Gerdau aprendeu em suas empresas, gestão mexe com pessoas. Sem convencê-las, não há modelo que funcione.

Como vão as obras

Se você precisa circular pelas ruas de Sorocaba, deve estar de cabelos em pé com as obras que estão sendo realizadas na Marginal. Necessárias para resolverem um problema histórico sorocabano - a invasão das pistas da Marginal pelas águas do rio Sorocaba -, as obras transformaram o trânsito pelo centro um verdadeiro martírio. O bom é que as obras demorarão só um mês e o ruim é que ainda estamos no dia 6.

É fato que as obras vão alterar imensamente a paisagem naquele trecho, pois, em alguns pontos, as pistas serão erguidas em quase dois metros. Se você tem interesse em ver como estão progredindo as obras, a Prefeitura criou um blog e está atualizando diariamente. Para acessar o blog, clique aqui

Abaixo, um vídeo postado pela Prefeitura e dá um panorama de como as coisas já começam a mudar pela conhecida avenida Dom Aguirre, também chamada Marginal.



Se o polvo disse....

(Retirado do G1 com informações da Reuters)
www.g1.com.br

Os torcedores alemães estão preocupados. O polvo Paul, do aquário Sea Life, em Oberhausen, na Alemanha, "disse" que a Espanha vai vencer a seleção da Alemanha na partida desta quarta-feira (7) pelas semifinais da Copa do Mundo. O molusco se tornou uma celebridade ao acertar todos os palpites sobre o desempenho da seleção da Alemanha no Mundial. Seu desempenho nesta Copa é de 100% de acertos.

Paul disse que a Alemanha ganharia da Austrália e de Gana e perderia para a Sérvia na primeira fase do campeonato. Apostou na vitória alemã sobre a Inglaterra e, na última partida, "disse" que os alemães venceriam a Argentina nas quartas-de-final.

As escolhas do molusco são feitas da seguinte forma: duas caixas de vidro são colocadas em seu aquário. Cada uma leva uma bandeira: uma da Alemanha e a outra do adversário. Dentro de cada caixa são colocados mexilhões para o polvo devorar. A caixa onde Paul parar define o palpite do polvo na partida.

Os palpites do polvo Paul tiveram 80% de acerto nos jogos dos times alemães nas copas europeias.

O palpite do animal-celebridade foi transmitido ao vivo por várias TVs alemãs, mas os comentaristas imediatamente colocaram o prognóstico em dúvida, lembrando que Paul já errou um resultado da mesma partida na final da Eurocopa em 2008, quando apostou na Alemanha conta a Espanha, afinal vencedora.

sexta-feira, julho 02, 2010

Jornal do Brasil pode abandonar versão impressa e sair só na internet

Retirado do mailing do Knight Center for Journalism

O Jornal do Brasil, editado há 119 anos no Rio, está fazendo uma pesquisa com seus leitores para decidir se abandona a versão impressa e passa a sair apenas na digital. O jornal publicou um anúncio de meia página no dia 30 de junho convidando os leitores a responder à pesquisa na internet.

Segundo o colunista do iG, Guilherme Barros, o resultado da pesquisa deve sair em agosto: "Mas a tendência é de o JB ser o primeiro jornal tradicional do País a se tornar apenas eletrônico." Barros também afirma que o presidente do JB, Pedro Grossi, se afastaria da função caso Nelson Tanure, acionista majoritário, leve a decisão adiante.
Outra possibilidade seria Grossi continuar com a versão impressa e deixar Tanuri com a digital, diz Barros.
Interromper a circulação impressa seria uma tentativa de controlar os problemas financeiros da empresa, explica O Estado de S. Paulo, lembrando que as dívidas do JB chegam a R$ 800 milhões.