sexta-feira, maio 27, 2011

Jornalismo em tempo de crise

Por José Marques de Melo (retirado do Observatório da Imprensa)
Discurso pronunciado pelo autor na terça-feira (24/5), em São Paulo, ao receber o Prêmio Personalidade da Comunicação durante a edição de 2011 do Congresso MegaBrasil de Comunicação Corporativa

Prof. Dr. José Marques de Melo
Foto: José Gerson Luiz Martins
Quem tem medo de crise?

O espectro da crise ronda o universo jornalístico desde que ingressei na profissão, há 52 anos. Naquele tempo, vivenciávamos a crise política da guerra fria, com a ameaça soviética de lançar mísseis sobre o território norte-americano, a partir de bases nucleares instaladas em Cuba, numa conjuntura marcada pela revolução tecnológica da imprensa. Aposentando os arcaicos processos de composição a chumbo pelas modernas chapas de offset, a imprensa era estimulada a enfrentar a concorrência da televisão, difundindo imagens e cores nas páginas dos jornais diários.

Neste começo de século, presenciamos a crise da globalização geopolítica, em função dos trágicos acontecimentos de 2001. Comandos muçulmanos suicidas convertem as Torres Gêmeas em alvos bélicos, usando como armas letais jatos sequestrados, lotados de passageiros, configurando um espetáculo midiático com audiência planetária. O mais recente episódio desse conflito imprevisível foi a invasão ianque ao território do Paquistão para eliminar Osama Bin Laden e seu quartel-general.

Emoldurando tais fatos está a crise que atinge o sistema financeiro internacional, abalando as estruturas econômicas e sociais do capitalismo, vitimando cruelmente os imigrantes estrangeiros, refugiados nos EUA e na Europa.

O Brasil evidentemente não está imune à contaminação dessa crise que ameaça restaurar a espiral inflacionária. Tampouco está ileso à crise do mundo árabe, onde as rebeliões populares indicam a saturação dos regimes autoritários, embora sem perspectivas de vitória para a democracia.

Não obstante, creio que vivenciamos uma conjuntura singular, em consequência do aprendizado republicano instaurado pela Constituição de 1988, compensando o doloroso período da ditadura militar urdida pelos golpistas de 1964. Por isso, vou me limitar à consideração do panorama nacional, tal como o percebo nesta segunda década do século 21. A crise do nosso jornalismo tem conotações múltiplas: crise no mercado, crise na profissão e crise na academia.

Mercado

A crise no mercado é menos uma crise financeira, porque as empresas se beneficiaram com a estabilidade econômica da era FHC-Lula, ensejando o boom publicitário da última década. É muito mais uma crise estrutural, resultante das inovações tecnológicas que sepultaram a hegemonia da cultura gutenberguiana. Produto da modernização organizacional do negócio midiático, a implantação de padrões de qualidade editorial acarretou o enxugamento das redações e abriu o flanco para a institucionalização da influência das fontes na agenda noticiosa.

Trata-se de uma crise sem desfecho previsível, tendo em vista a situação privilegiada que desfruta hoje o nosso país como sétima economia do mundo, destoando do neopopulismo latino-americano pela sua estabilidade constitucional.

quinta-feira, maio 26, 2011

Rodolfo em Sorocaba

O Rodolfo, ex-Raimundos, esteve ontem em Sorocaba, na Igreja Bola de Neve. Raimundos foi uma banda que marcou o cenário do rock brasileiro. A mistura de influências deu à banda o tempero necessário para se destacar naquele cenário cheio de bandas emergentes à época. Só para relembrar, destaco essa música que, para mim, resume o "punch" do que foi a banda: toda energia juvenil somada à vontade de fazer uma música diferente. Para quem não entende nada, segue a letra também.





A vida me presenteou com dois primos já marmanjo
um, muito justo, era o Augusto e o safado era o Berssange
Numa tarde ensolarada toda aquela criançada tomando refrigerante...

Com a família embebedada foi mais fácil armar uma bimbada
prum recém adolescente
Pois foi Berssange, primo velho e cancrado, que com muito do cuidado
chegou pra Augustinho e disse: "tu visse?"
Dudu já tá alucinado, já é meio caminho andado
pra rolinha comer alpiste
E pro rapaz não ficar triste vamo onde as nêga são ativa
não há em toda João Pessoa lugar melhor que o Roda Viva"
E foi pra lá que nóis rumamos quase nos desenfreamos
Nóis num tinha nenhum plano e os cabra foram saindo
e eu atrás ía gritando:
"onde é que cês tão me levando
voltar e buscar mainha ela ficou no bar sozinha"
"Ô menino abobado deixa mainha pra painho
Venha comigo e Augustinho
tu vai ser inaugurado
pois tu sabe,na família,nunca teve afrescalhado.
Chegar no Roda Viva tu vai ser homenageado"
Quando eu cheguei no recinto o forró já tava bravo
Bando de nêgo suado dançando com as rapariga
e o forró comia solto e veio um véio com os óio torto
de tanto beber cachaça e disse:
"Essa menina é massa,vai te deixar arretado"
Meu primo me olhou de lado e disse:"coitado"
Era uma quenga fedorenta,daquelas da mais nojenta
mas se você não aguenta você a leva para o quarto
Ela pegou no meu pau pôs a boca e depois ficou de quatro...

Foi num puteiro em João Pessoa,
eu descobri que a vida é boa
foi minha primeira vez...

segunda-feira, maio 23, 2011

Morre ex-editor-chefe do Cruzeiro

Retirado do site do Cruzeiro do Sul online
O jornalista Ulysses Alves de Souza morreu no domingo (22) de manhã, aos 78 anos, pois sofria de Mal de Parkinson. O seu corpo foi enterrado ontem à tarde, em São Paulo, onde residia. Ele deixa sua esposa Edileuza Soares, de 50 anos, com quem era casado há 21 anos, e seus quatro filhos, sendo dois com Edileuza e outros dois do primeiro casamento.

Nascido na cidade de Quatá, região de Bauru, Ulysses foi editor-chefe do jornal Cruzeiro do Sul por 3 anos, entre 1994 a 1997. Além de ter trabalhado em Sorocaba, o jornalista já possuía uma grande carreira construída em jornais e revistas de bastante renome em São Paulo.

Segundo Edileuza, ele Ulysses já lutava contra a doença há 12 anos, sendo que no último ano seu quadro começou a sofrer complicações. Apesar de já ter passado por cinco cirurgias, o jornalista estava recebendo tratamento médico em sua casa, em São Paulo, quando veio a falecer. Considerado por sua esposa como um "jornalista autodidata e brilhante", Ulysses deixou um projeto inacabado de um livro sobre sua história no jornalismo, que escrevia juntamente com Edileuza. "Ele é considerado um dos melhores jornalistas da categoria impressa por seus colegas, pois muitos deles foram treinados por ele", afirma a esposa, que também é jornalista.

Ele começou no Jornalismo em 1957, quando passou em um concurso público de admissão de redatores na empresa Folha da Manhã, sendo contratado no jornal Folha da Tarde. Ulysses passou, também, pelo Última Hora, Notícias Populares, O Estado de S. Paulo e em 1966, participou da equipe que planejou e lançou o Jornal da Tarde.

Dois anos mais tarde, em 1968, o jornalista também planejou e lançou a revista Veja. Para fazer da revista um sucesso, a editora Abril criou um curso de Jornalismo específico para formar profissionais para trabalhar na Veja, onde Ulysses foi professor de Redação e Edição. Já em 1970 foi convidado a reformular a revista Realidade, que havia tido uma enorme queda de tiragem na época. O seu último emprego foi na Gazeta Mercantil.

De acordo com reportagem publicada em 9 de janeiro de 1994, no Cruzeiro, Ulysses sempre tivera o sonho de comandar um jornal do interior; o sonho foi realizado no dia 6 do mesmo mês, quando assumiu o cargo de editor-chefe do Cruzeiro do Sul. "O Cruzeiro do Sul foi uma fase muito importante na vida dele", conta Edileuza.

MEU COMENTÁRIO - Fiquei sabendo hoje que um grande jornalista faleceu, o seu Ulysses. Uma pena para o jornalismo de qualidade. Tive a oportunidade de trabalhar com o seu Ulysses entre 1996 e 1997, quando começava minha carreira no Cruzeiro do Sul. Tive a sorte de tê-lo como editor-chefe e como orientador. A cada matéria escrita errada, seu Ulysses gritava o nome do repórter lá da sala de vidro onde ficava e, com a caneta, rabiscava todo o texto. E era batata: bastava cumprir as orientações e seguir as setinhas que ele fazia no papel (reordenando as frases) para que o texto ficasse "redondo". E a gente ficava com aquela sensação de "porque eu não fiz isso antes?"

Devido à importância do seu Ulysses ao meu texto jornalístico e, consequentemente, à minha profissão, eu fiz questão de agradecê-lo em minha dissertação, defendida no dia 28 de fevereiro de 2011, pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp. Já deixou saudade.

quarta-feira, maio 18, 2011

Bullying e a judicialização das relações pessoais

por Rita de Cássia de A Almeida - psicanalista - Retirado do Blog do Nassif

Bullying é o tema do momento. A palavra é inglesa e originária da palavra bully cuja tradução é valentão. Naturalmente que valentões e valentonas sempre existiram. E acredito que todos nós pelo menos em algum momento na vida fomos vítimas de algum valentão e/ou já nos comportamos como um. Mas porque será que o bullying se tornou um problema com tanto destaque nos últimos tempos, a ponto de parecer que ele só surgiu recentemente? Não tenho respostas formuladas para esta questão, mas acredito que haja um caldeirão favorável que faz com que o bullying esteja tão em voga.

Freud dizia que a fonte de maior sofrimento para nós é resultante de nossas relações com os outros já que, inevitavelmente e invariavelmente elas produzem alguma espécie de fracasso ou mal-estar. Vivemos, no entanto, numa era onde fracassos e mal-estares são completamente abominados. Então, se não há espaço para os mal-entendidos tudo precisa ficar sempre bem-entendido e, uma das formas que encontramos para aplacar os mal-entendidos da atualidade tem sido convocar rotineiramente o discurso judiciário para mediar nossas relações. A isso chamamos judicialização das relações pessoais. Mas, o perigo de sempre recorrer a este tipo de discurso para solucionar nossos problemas interpessoais é o de nos colocarmos sempre em lugares estanques e cristalizados; ou somos as vítimas ou somos seus algozes.

Permeado por um discurso fortemente judicializado torna-se preocupante a maneira como tem sido tratada a questão do que aprendemos a chamar de bullying. A exploração do tema tem se ocupado em dar voz a um exército infindável de pessoas que afirmam sofrerem ou terem sofrido esta forma de violência e que não se cansam de reafirmarem o lugar que foi definido para elas; o de vítimas. Os algozes por sua vez são os demônios do momento, execrados em suas condutas violentas e opressoras, mas que, afinal, apenas reproduzem as relações de poder que nossa sociedade semeia e reforça.

Tenho um filho adolescente. Certa vez, quando ele contava com uns 8 anos de idade, me relatou que havia um garoto em sua sala que o intimidava constantemente, com palavras e pequenas agressões. A meu pedido, ele me apontou o garoto na saída da escola que, como eu já suspeitava, tinha o dobro seu do tamanho. Me lembro que na hora em que vi o garoto, tive ímpetos de abordá-lo e tirar satisfações ou procurar os pais dele ou ainda me reportar à direção da escola. Ao contrário do que a grande maioria das pessoas pensa, mães psicólogas ou psicanalistas não pautam suas intervenções em teorias e fórmulas científicas. Educam como a maioria dos pais, baseados em seus saberes inconscientes, ou seja, saberes não teorizáveis e que foram adquiridos ao longo da vida. Sendo assim, com meu coração apertado e sem saber se estava tomando a melhor decisão, apenas disse ao meu filho algo mais ou menos assim: – Sei que este garoto tem o dobro do seu tamanho e sei que você está com medo dele, eu também teria se estivesse no seu lugar, mas também sei que você é muito mais inteligente que ele e vai saber resolver este problema. Passaram-se os dias e meu filho não se queixou mais do valentão. Certo dia, perguntei a ele se o garoto ainda o importunava e ele me disse: - Tudo bem, mãe. Eu já resolvi. Agora somos amigos. Perguntei como isso tinha acontecido e ele me disse com simplicidade: - Eu perguntei se ele queria ser meu amigo e ele aceitou.

Obviamente que ao fazer esta intervenção com meu filho eu jamais poderia imaginar o seu desdobramento, ainda mais um tão inusitado. Minha fantasia de solução transitava entre o final do filme Karatê-kid (onde o menino franzino finalmente dá uma surra no valentão) e uma revolução coletiva dos magrelos contra os fortões, liderada pelo meu filho, é claro. Hoje eu sei que a maneira que ele encontrou para resolver sua diferença com o valentão da sala foi invenção dele, mas também sei que ela só pôde acontecer porque eu, mesmo sem saber, permiti com minha maneira de intervir, que ele deixasse de ser apenas uma vítima dessa cena para também protagonizá-la. Se eu tivesse abordado o tal valentão, por exemplo, poderia até conseguir que ele deixasse de ser o algoz do meu filho, mas este jamais deixaria de ser a vítima.

Este é o problema das intervenções baseadas no discurso judicializado, elas apenas reforçam os papéis que já foram estabelecidos, sendo assim, as mudanças só ocorrem numa provável inversão de posições – como aconteceu no caso de Casey Haynes o menino gordinho que se tornou febre na internet depois de cansar de ser saco de pancadas e revidar em seu agressor – o que não modifica em nada o produto da relação, neste caso, violência.

Não pretendo de maneira nenhuma fazer deste relato uma receita para lidar com o bullying, pois, não acredito em receitas para educar e muito menos em receitas para resolver nossos mal-estares quotidianos. Mas, creio que devemos evitar intervenções que sirvam apenas para cristalizar e reforçar as pessoas em determinados lugares, dando a falsa impressão de que estamos tratando do problema. Sendo assim, coibir e punir os agressores pode até inibi-los em determinadas situações, mas não os fará questionar suas atitudes e sua posição perante o outro. Da mesma maneira, ter piedade e proteger as vítimas, não as fará experimentar posições subjetivas mais potentes e proativas.

Meu filho me ensinou muito em nossa experiência com o tal bullying, que na época nem tinha esse nome. Aprendi que muito além de agressores e agredidos, de vítimas e algozes, esta forma de mal-estar pode produzir algo muito mais interessante e positivo: amigos. E porque não? Sem esquecer que mesmo os amigos às vezes se desentendem.

segunda-feira, maio 09, 2011

Bolsas para rede estadual de ensino


A Secretaria da Educação de São Paulo prorrogou até 18 de maio o prazo de inscrição para o projeto Bolsa Mestrado/Doutorado, para professores da rede estadual de ensino que desejam cursar uma pós-graduação stricto sensu.

Serão oferecidas bolsas de R$ 1.300 (mestrado) e R$ 1.600 (doutorado). O benefício teve aumento de 64,5% para mestrado e de 102,5% para doutorado em relação aos valores oferecidos até este ano. "Com o incentivo, esperamos ampliar o número de docentes com mestrado e doutorado que lecionam nas escolas estaduais", disse Herman Voorwald, secretário da Educação e membro do Conselho Superior da Fapesp.

Para participar, os educadores devem ter no mínimo três anos de atuação no cargo e ser efetivos. Professores com pós-graduação em andamento também podem se inscrever. Neste caso, receberão bolsa proporcional ao tempo de curso (sem efeito retroativo).

Desde que foi criado, em 2004, o Bolsa Mestrado/Doutorado teve 3.477 trabalhos inscritos e aprovados. Desse total, 2.246 foram concluídos. Mais informações e inscrição: bolsamestrado.edunet.sp.gov.br

sexta-feira, maio 06, 2011

Grupo fará 'mamaço' após mãe ter sido impedida de amamentar em exposição

Crédito: Antônio Carlos Banavita
Retirado do Estadão.com 
Um grupo de mães organiza pelo Facebook um "mamaço" no Itaú Cultural da Avenida Paulista. Em março, uma mulher foi impedida de amamentar seu bebê em uma exposição no local. "Estava com meus dois filhos, um de dois anos e outro de dois meses. O menor acordou, pediu para mamar. Enquanto amamentava, rapidamente uma monitora me alertou que era proibido dar de mamar naquele espaço", disse a antropóloga Marina Barão, de 29 anos. "Reagi com espanto. Sem graça, a funcionária me levou à enfermaria dos bombeiros para que amamentasse lá", acrescenta.

Segundo Marina, a monitoria afirmou que os funcionários haviam sido orientados a não permitir que mães amamentassem na exposição, apenas na enfermaria. "Ela disse que era ordem superior. Fui pega desprevenida, falei que aquilo era contra os direitos da criança, mas ela pediu que a acompanhasse, senão chamaria um segurança."

Enquanto tentavam localizar a chefe dos bombeiros para abrir a enfermaria, a criança chorava. "Demorou uns 10 minutos. Não podia mais esperar, acabei amamentando meu filho na escada. A monitora então ficou olhando para os lados, preocupada se alguém visse", disse a mãe.

De acordo com a antropóloga, depois que a mobilização na internet começou, o Itaú Cultural enviou desculpas ao grupo. Ela afirmou ter aceito a retratação, mas o protesto - marcado para o dia 12 - será mantido. "Acho bacana as desculpas, nossa intenção não é guerra. Mas vamos fazer o ato pela importância da amamentação materna, para que isso não seja um ato mal visto socialmente", completa.

O Itaú Cultural reconhece que houve um "erro de orientação". "Dizemos aos monitores que as pessoas não podem se alimentar no espaço das exposições. Neste caso, o funcionário pôs a regra em prática. Foi uma orientação imprecisa", disse o diretor da entidade, Eduardo Saron. "Além de pedir desculpas às mães no Facebook, chamei nossa equipe e rediscutimos as medidas de atendimento ao público. Tomamos como aprendizado."

Saron afirma se o "mamaço" se concretizar, o Itaú Cultural vai "abraçar o ato". "Vejo a mobilização com bons olhos. Se as mães forem, vamos preparar uma programação especial, que dizer que somos abertos a todos."


Nota publicada pelo Itaú Cultural no Facebook

Pedido de desculpas e esclarecimento

por Itaú Cultural, sexta, 6 de maio de 2011 às 00:20

No mês de março, uma frequentadora de nossa sede na Avenida Paulista foi orientada pelo nosso serviço de atendimento ao público a não amamentar seu bebê no espaço coletivo de visitação. A direção do Instituto tomou ciência do fato por meio da internet, onde houve protestos justificados contra a conduta.

De fato, há uma regra geral que não permite que os visitantes se alimentem nas salas de exposição, regra esta instituída para resguardo das obras ali expostas.

A orientação geral, que não esclarecia e não contemplava especificamente a amamentação, induziu ao erro de avaliação e de atendimento. Alertados pelos protestos, revimos os procedimentos e estabelecemos nova orientação. As mães e seus filhos são muito bem-vindos no Itaú Cultural. A amamentação é um ato de amor e a melhor maneira de proporcionar o alimento ideal para o crescimento saudável e o desenvolvimento dos bebês, e pode ser praticada livremente em nossos espaços coletivos.

Estamos empenhados em proporcionar às mães com crianças pequenas, as melhores condições para que possam usufruir de nossas atividades e exposições. Pedimos desculpas publicamente pelo ocorrido e reiteramos, mais uma vez, o nosso compromisso de atender com carinho e acolhimento todos aqueles que nos visitam.

segunda-feira, maio 02, 2011

Editora Unesp lança download de livros gratuitos

A Editora Unesp (Universidade Estadual Paulista), em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da universidade, vem disponibilizando gratuitamente dezenas de livros eletrônicos (para download) em diferentes áreas do conhecimento. As obras integram a Coleção PROPG Digital e recebem o selo Cultura Acadêmica.

Atualmente são 44 títulos, baseados em estudos feitos na própria universidade, que abordam, entre outros áreas, Filosofia, Literatura, Ciência da Informação, Economia, Direito e Educação. O propósito da Unesp para os próximos 10 anos é atingir a meta de publicação de 600 livros, abordando outras áreas do conhecimento, como Design, Direito, Psicologia, Música, Filosofia, entre outros.

Trata-se do maior projeto de difusão de publicações de uma universidade pública brasileira e único quanto a concepção de publicação de obras originais em formato digital. Os primeiros títulos da Coleção encontram-se disponíveis no site http://www.culturaacademica.com.br

A polêmica sobre a balcanização da internet

Postado por Carlos Castilho no Observatório da Imprensa

O assunto ainda não ganhou as manchetes da imprensa, mas já está na agenda dos estrategistas e estudiosos da comunicação há algum tempo, pois são cada vez mais claros os sinais de uma polarização entre adeptos e críticos da nova ordem mundial que está sendo lentamente implantada pelas consequências socioeconômicas e politicas da internet.

A questão central é a manutenção da internet como uma rede unificada ou o seufracionamento em múltiplas redes, cada uma com suas regras e tecnologias próprias. Não é uma questão simples, porque a linha divisória entre as duas partes não segue a clivagem tradicional entre conservadores e inovadores.

Um recente estudo patrocinado pela ONU e realizado pela organização Freedom House mostrou como aumentou o controle, ou melhor, as tentativas de controledo acesso à internet na maioria dos 37 países pesquisados, entre eles o Brasil. O trabalho foca na questão das limitações ao livre acesso identificando governos repressores, cuja lista inclui tradicionais desafetos das grandes organizações jornalisticas do planeta.

domingo, maio 01, 2011

Blog invadido

Pessoal, peço desculpas se receberam alguma mensagem. Minha conta do Gmail e também o meu blog foram invadidos por algum servidor da China. O Gmail me avisou e me informou as precauções necessárias, medidas que já foram tomadas. Aqui no Blog deixaram apenas uma mensagem vendendo algo. Espero que nada de mais grave tenha ocorrido, mas peço desculpas se alguma mensagem indevida foi enviada.