Do Blog de Maurício Stycer
A cerimônia de entrega da oitava edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, na noite de segunda-feira, é a fofoca do momento no mundo das letras. O assunto principal nem é a vitória de Chico Buarque, com o romance “Leite Derramado”, mas a performance do humorista Jô Soares como mestre de cerimônias da noitada, na Casa Fasano, em São Paulo.
Dez escritores concorriam ao cobiçado prêmio de R$ 100 mil, que também dá R$ 35 mil para o segundo lugar e R$ 15 mil para o terceiro.
A cerimônia foi imaginada nos moldes do programa que o humorista apresenta na televisão, incluindo o seu sexteto musical. Jô ignorou diversas passagens do roteiro preparado para a sua leitura e, improvisando, causou diferentes constrangimentos.
O roteiro previa que Jô apresentasse cada um dos dez autores finalistas do prêmio, fazendo um breve resumo biográfico e da obra que disputava a láurea. Não disse uma linha sequer. Vários dos autores indicados estavam presentes e sequer foram mencionados, O segundo colocado, Rodrigo Lacerda, autor do romance “Outra Vida”, foi praticamente enxotado do palco para a entrada de Chico.
Além de ignorar o roteiro, Jô demonstrou falta de conhecimento literário, como se viu na pouca familiaridade do apresentador com o nome de Armando Freitas Filho, um dos principais poetas brasileiros, terceiro colocado, com “Lar”.
O constrangimento estendeu-se a Pilar del Rio, viúva de José Saramago, o escritor homenageado da noite. Jô recebeu Pilar no palco e, como de hábito, falou mais que a entrevistada, além de transmitir a impressão que era íntimo do autor. Sobre o seu último livro, “As Palavras de Saramago”, distribuído aos convidados, o apresentador disse pouco.
Ao entrevistar Chico Buarque, o grande vencedor, Jô aproveitou para tecer um paralelo entre o trabalho literário do compositor e o seu próprio, além de conversar sobre futebol.
Ao final da cerimônia, Selma Caetano, curadora do prêmio, pediu desculpas aos escritores finalistas. Disse a eles lamentar que o que deveria ser uma festa da literatura tenha se transformado num evento social.
O apresentador “só não destratou o copeiro, porque não havia copeiro”, escreveu o jornalista Roberto Kaz, na “Folha”. “Foi uma coisa realmente grotesca”, resumiu um dos presentes a este blogueiro.
A Portugal Telecom não quer comentar o episódio. Apenas considera que o prêmio está acima deste constrangimento.
Achei que ele não deveria ter sido chamado para entregar esses prêmios. O Jô é ótimo, engraçado e genial, por isso ele está mais para receber prêmios do que para entrega-los.
ResponderExcluirÉ vaidade?
Respondo:
- É.
Jô é ótimo humorista. Entrega de premio literário?? Não encontro razão para ele ter sido convidado (mestre de cerimonia). Jô é inteligente, sarcastico, pernostico, constrangedor, mal educado, fala mais que ouve esquecendo que tem e ouvidos (orelhas) e uma boca....
ResponderExcluirO que fico admirada é como as pessoas dizem que este tal de Jô é engraçado!!!!! Um cara sarcástico , pernóstico , constrangedor , mal educado pode ser engraçado ???
ResponderExcluirPra mim esse Jô é um homem sem medidas , não se enxerga , se acha o melhor e não dá definitivamente para achar a menor graça nesse tolo !
Ia me esquecendo , mais 2 adjetivos que lhe caem como uma luva :
Arrogânte demais e antipático demais !!
Genial ....faça me o favor !!!!!
Com tanta gente capaz de fazer essa importante tarefa, Edney Silvestre, William Wack, só para citar alguns e foram buscar Jô Soares? Escolha infeliz para esse tipo de evento, seria escolher o Papa para narrar um rodeio, totalmente incompatível.
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