sábado, dezembro 01, 2007

"O" dia

Dia desses tive uma das experiências mais malucas: uma felicidade extrema sem a menor chance de poder aprovetá-la. Depois de alguns dias de provas, entrevistas e projetos, fui um dos dez selecionados à primeira turma do mestrado em Jornalismo Científico do Laboratório de estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp. O problema é que eu estva no meio de um seminário lotado quando recebi a notícia de que tinha passado no processo de seleção. Com todo o meu entorno lotado, não tinha como sair do lugar. Resultado: um calor intenso me tomou.. eu olhei para o teto e pensei: "o que é que eu estou fazendo nessa merda justamente nesta hora?"
A comemoração está meio presa até agora. Um dia eu coloco pra fora. Um dia.

sábado, outubro 28, 2006

A Mídia versus Lula

O debate da Globo acabou há pouco e mais um importante momento para o fortalecimento da democracia brasileira está prestes de chegar ao fim: a eleição. Mas tão importante quanto o avanço da democracia, este período eleitoral trouxe outro benefício à sociedade brasileira: a discussão do papel da imprensa.
Foi incrível como a grande mídia foi partidária. De uma hora para outra todos queriam derrubar o presidente. Irracionais ao extremo, tendenciosos sempre, os meios de comunicação mostraram como são capazes de mentir e se armar em busca de um objetivo comum: insuflar o próprio ego e mostrar quem manda no país.
Pelo jeito serão derrotados pelas urnas, mas já o foram certamente por outro meio de comunicação que dominou esta eleição: os blogs. Foi por meio dos blogs que todas as falcatruas midiáticas vieram abaixo. Farsas foram desmascaradas rapidamente. Uma verdadeira rede social "blogalizada", em verdadeiros movimentos "control C control V" ou mesmo opinativos deram o claro recado que a sociedade não é mais refém daquilo que apregoa a mídia. E tudo graças à internet, esta poderosa ferramenta democrática! Fica a difícil tarefa de ampliar sua abrangência e dar voz aos mais humildes agora.
Da eleição 2006, a grande mídia sai nocauteada, sem saber para onde correr. Têm à frente um inimigo gigantesco que já foi dominado no, agora, passado: a opinião pública. Até quando e como irá contra-atacar é que o que resta saber da mídia!
A democracia ganhou com o debate, seja quem for o vencedor, mas a sociedade brasileira ganhou ainda mais: faturou o crescimento do processo democrático e, de lambuja, demonstrou sua capacidade de autonomia de pensamento e pluralismo intelectual. Abandonou a cocheira, onde, por muito tempo, esteve; e avançou rumo ao futuro. Deu o primeiro passo para concretizar o que diz o parágrafo único do primeiro parágrafo da Constituição: "Todo o poder emana do povo", nem de políticos, nem de meios de comunicação. Somente do povo!

quarta-feira, setembro 20, 2006

Já vão tarde

Vergonha. Sinto vergonha de trabalhar com muitos dos que trabalham comigo. Alguns sem escrúpulos, sem ética. Falam abertamente que só querem dinheiro. Enaltecem as roubalheiras como grandes feitos, dizem "tem que ser assim mesmo", elogiam a falta de caráter. Uma pena. Às vezes penso o que faço ali. Às vezes penso o que os chefes fazem para não ver isso!
Dia desses vi um livro que me fez pensar muito; o livro dizia que a pessoa ou tem ou não tem ética e que com as novas tecnologias é grande a chance de derrubar a máscara de quem tenta fingir ter ética somente quando necessário.
Chega de falsidades. Chega de inescrupulosos. Basta de tramóias, acordos escusos. Minha alegria é fazer parte de uma geração que irá ver sair e mudar a horda de maus profissionais que, cansados da vida e insatisfeitos com sua vidinha medíocre, agora, só pensam em tirar proveito. Irão tarde demais!

domingo, agosto 13, 2006

Globo e Cidadania


Estava assistindo ao Fantástico agora à noite e vi uma coisa que me agradou e muito: o quadro "e eu com isso?" ou algo do gênero. O que importa é que, pela primeira vez, vejo a Globo agindo de forma a ensinar na conscientização política do povo. Ensinando que não é dizendo "não estou nem aí" ou "não discuto política. tenho nojo dos políticos" que se resolve a situação. Como mostrou a matéria, o "não tomar decisão" é também uma tomada de decisão, ou seja, é o não querer fazer nada e manter como está. E em um País que tem 50% das habitações com falta de saneamento básico (água, luz e esgoto), tomar a decisão que não quer fazer nada é, no mínimo, uma burrice. E de burro já estamos cheios!! (coitados dos animais burros que levam a fama).
Há cerca de uns 5 anos, uma repórter da Globo me disse que a TV é entretenimento e não tinha a obrigação de ser uma prestadora de serviço de educação e informação em massa. Discordei e ainda discordo dela. Somente com os meios de comunicação em massa atingimos quem mais precisa de informação e educação neste País. Mas não com Telecurso 2º Grau às 4h30 da manhã!! Parabéns à Globo por fazer algo educativo ao nosso próximo pleito.

Ética

Sou passivo com muitas coisas, mas a falta de ética me atormenta muito. Não consigo ficar quieto diante de tanta falta de ética em nosso atual mundo. Ao invés da educação e ética, as pessoas pensam primeiro no dinheiro. Se há a possibilidade de tirar qualquer vantagem, jogam a ética para cima e seja o que Deus quiser, doa a quem doer. O que vejo é que essa prática está se acentuando cada vez mais e o resultado (efeito bola de neve) disso é desastroso, não precisa ser vidente para adivinhar.
Problemas todos temos, mais dinheiro para apressar nossos desejos também. Mas será que vale tudo mesmo a ponto de atropelarmos nossa ética?

domingo, julho 30, 2006

Ao anônimo

Dia desses recebi o post de alguém que rebatia algumas informações postadas por mim aqui no blog. Publicaria sem problema e corrigiria as informações, caso o post não fosse anônimo. O fiz diante do conteúdo, só por isso. Senti um certo descontentamento na mensagem, como se o anônimo já tivesse sido atingido de alguma forma pelo meu citado.
Todos vivemos em um país de direitos. Vamos exercê-lo! todos têm direito à opinião. Chega de anonimatos.

quinta-feira, junho 29, 2006

A volta

Desde o dia 1 de maio, não escrevo no blog simplesmente por não conseguir inspiração. Idéias ocorreram. Mas era acessar o blog, ver meu cachorro Endor e desistir de tudo. A morte dele ainda me dói. Hoje, no entanto, resolvi enfrentar, encarar o obstáculo. De lá pra cá, muita coisa aconteceu em minha vida. A que me lembro e que marcou: recentemente escrevi um artigo no jornal Cruzeiro do Sul que foi bastante elogiado pela idéia. Fiquei deveras lisonjeado. Em breve o reproduzirei aqui, em breve...

terça-feira, maio 02, 2006

Meu eterno amigo



Hoje (1º de maio), às 2h30 da manhã meu cachorro Endor morreu aos 13 anos. Morreu em meu braço, ofegante. Se curvou para trás, parou de respirar, e se foi. Peludo como um urso, doce e meigo como um coelho, amigo como o mais legal e leal dos irmãos. Endor foi o meu "plêto" em contraste com o "amalelo' que é o Bacos, meu outro cachorro. Era assim que eu o chamava devido ao preto de seu pêlo. Foi um "gentleman" ou "gentledog" até o fim. Com problemas pulmonares, coloquei-o dentro de casa diante de tanto frio. Ele tomou muita água por 3 vezes sempre observado por mim e ficou angustiado por volta das 2h da manhã. Abri a porta. Ele tentou se levantar e não tinha mais forças. Tentei carregá-lo e ele não deixou. Ficou bem em frente à porta de casa. Tentei pôr focinheira pra carregá-lo e ele não deixou. Eu estava ansioso em ajudá-lo. Queria livrá-lo daquela angústia e triste respiração forçada. Imaginava que ele queria simplesmente ir até a grama fazer xixi. E ele ali me olhando angustiado. Eu podia ver isso nele, com aquela respiração ofegante, abrindo a boca para respirar. Queria acabar com aquela angústia dele e não sabia como. Parei em sua frente e pedi para que falasse comigo. Pedi. Pedi. Então, olhando nos olhos dele, agradeci todos os dias em que ele esteve conosco e nos protegeu e então pedi desculpas por estar ali impotente sem saber como ajudá-lo. Fui até a frente de casa, angustiado eu agora sem poder ajudá-lo.
Chamei o Bacos, que veio e lambeu muito a boca dele (ato que jamais o Endor deixaria). Endor esboçou um leve "ranger" de dente. Coloquei-o deitado e então comecei a puxá-lo pelas duas patas dianteiras, arrastando-o para fora aproveitando da maciez de seu pêlo. Endor saiu da porta, saiu de dentro de casa e começou a fazer xixi. Muito.
Incentivei. Achei que aquele era o problema dele. Ele se curvou para trás. Eu vi sua língua cair da boca. Puxei a cabeça dele pra frente e ele voltou a se arquear para trás e parou de respirar. Descansou. Choro até agora só de me lembrar. Mas ele foi rápido e em paz. Ele queria sair da sala de casa (onde sempre teve ordem de não entrar) para poder morrer e fazer o xixi dele. Ele foi e eu fiquei com minha ira de acreditar que não pode existir um deus que permita a morte de um amigo tão querido. Te vejo em breve meu plêto!