terça-feira, fevereiro 22, 2011

Aniversário de BP


Hoje, é aniversário de um grande cara: Robert Stephenson Smith Baden Powell, o fundador do Escotismo. Esse homem criou um movimento de jovens que tem como máxima o "aprender fazendo". Infelizmente, neste brasilzão onde a inversão de valores predomina, o escotismo é ironizado e ter atitudes boas é sinônimo de ser idiota.

Baden Powell, antes de morrer, escreveu um carta e, nela, deixou sua última lição. Pediu aos escoteiros que fizessem o bem ao próximo e deixassem o mundo melhor do que encontraram. Hoje, deixo minha homenagem e agradecimento a este velhinho que foi muito importante em minha vida e formação.

A carta de Baden Powell diz:

"Caros Escoteiros:
Se vocês já assistiram a peça "Peter Pan", lembrar-se-ão que o chefe dos piratas estava sempre fazendo seu discurso de despedida, temendo que , ao chegar a hora de morrer , não tivesse tempo, talvez, de pronunciá-lo. Passa-se o mesmo comigo, e assim, embora eu não esteja morrendo neste momento, isto irá acontecer qualquer dia destes, e desejo mandar a vocês uma última palavra de adeus.

Lembrem-se esta é a última coisa que vocês ouvirão de mim, portanto meditem sobre ela.

Tenho levado uma vida cheia de felicidade, e desejo que cada um de vocês tenha também uma vida igualmente feliz. Creio que Deus nos colocou neste delicioso mundo para sermos felizes e saborearmos a vida.

A felicidade não vem da riqueza, nem do sucesso profissional, nem do comodismo da vida regalada e da satisfação dos próprios apetites.

Um passo para a felicidade é, quando jovem, tornar-se forte e saudável, para poder ser útil e gozar a vida quando adulto.

O estudo da natureza mostrará a vocês quão cheio de coisas belas e maravilhosas Deus fez o mundo para o nosso deleite. Fiquem contentes com o que possuem e tirem disso o melhor proveito. Vejam o lado bom das coisas em vez do lado pior. Mas, o melhor meio para alcançar a felicidade é proporcionando aos outros a felicidade.

Procurem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram, e , quando chegar a hora de morrer poderão morrer felizes sentindo que pelo menos não desperdiçaram o tempo e que procuraram fazer o melhor possível. Deste modo estejam "bem preparados" para viver felizes e para morrer felizes.

Mantenham-se sempre fiéis à sua promessa Escoteira, mesmo quando já tenham deixado de ser rapazes, e Deus ajude a todos a procederem assim.

Do amigo

Baden-Powell of Gilwell"

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Vamos mudar o mundo?

No começo era só um nerd, um moleque - digamos assim - que, com suas ideias, queria mudar o mundo. Ou talvez nem quisesse, queria apenas explorar os códigos binários - 0 e 1 - e ganhar alguma grana com isso. Mas ele acabou inventando a internet. Como essa história termina eu não sei, sei que hoje eu vi uma das várias resultantes dela: o ditador egípcio, Hosni Bubarak, pediu arrego depois de 30 anos no poder e 18 dias de forte protesto popular.

O que estamos acompanhando nos últimos anos é a mudança do modelo de Estado. Nos anos que se foram, a população elegia um representante político, lhe dava um voto de confiança para, em troca, o eleito manter a ordem social no Estado.

Com posse desse Poder e da máquina administrativa, os governantes sempre fizeram e desfizeram, aproveitando-se de seu status. Controlavam as mídias, aproveitavam-se da Justiça comprada, do legislativo leniente. Mas não contavam com um nerd. Aquele da internet.

Os Poderes começam a voltar à mão da população, de uma forma: internet. Por meio dela, a informação chega à população. E ela, por sua vez, percebe cada vez mais que não é mais refém desses governantes e começa a retomar o Poder que nunca deveria ter saído de suas mãos. "O Poder emana do povo", já dizia a constituição.

Nesses últimos meses, eu vi a maior nação do mundo, a mais rica, trilhardária, aliás, pedir... não, ela não mandou... ela pediu. Esse Estado poderosíssimo - que tem caças supersônicos avançados, a tropa mais equipada do mundo, porta-aviões e submarinos nucleares - pediu que um homem não publicasse dados em seu site: o wikileaks. (http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1630939) Dá pra entender a dimensão disso? Antigamente, os EUA explodiam um país inteiro caso discordassem deles. Agora, eles se ajoelham a um homem e pedem que ele não publique informações na internet. Isso é fantástico do ponto de vista da democracia. O Poder está voltando às mãos de todos. Quem tem acesso à internet tem poder. Quem tem um blog, vlog, twitter e tantas outras ferramentas tem poder.

Agora, uma manifestação que começou pela internet e ganhou corpo se desdobrou na renúncia de um ditador. O que eu acho muito curioso nisso é a mudança dessa guerra. Ao ser ameaçado, o ditador não acionou seus tanques, seu pelotão, seus caças. Não havia inimigo. Ele era oculto mesmo; na verdade esse inimigo estava pulverizado, estava em todo o lugar. Estava na internet.

Hosni Bubarak mandou interromper o sinal de internet. O "inimigo oculto" continuou atacando, com torpedos - não os militares, mas os de celular - e, novamente atacado, Bubarak mandou interromper a telefonia do Egito. A guerra mudou.

O resultado dessa guerra pontual no Egito todos nós sabemos, porém, o resultado dessa mudança de poder ainda caminha. E minha alegria é ver que ela caminha a passos largos na formação de países mais democráticos, efetivamente. O poder sai da mão de poucos. E nós estamos presenciando isso atualmente. Viva o nerd, o menino de 17 anos que talvez nem quisesse mudar o mundo. Que sirva de exemplo: é possível sim mudar o mundo.

Exército diz que "não há alternativa à legitimidade do povo"

Publicado no portal Terra

O Alto Conselho das Forças Armadas do Egito anunciou nesta sexta-feira, em pronunciamento feito pelo porta-voz militar, Ismail Etman, que em breve divulgará as medidas que serão aplicadas e afirmou que "não há alternativa à legitimidade do povo". Na nota, lida após a renúncia do presidente Hosni Mubarak, os militares expressaram seu agradecimento "a todos os mártires que sacrificaram sua vida" pela liberdade do país.

Os militares disseram ainda que estão "estudando" as demandas da população para "mudanças radicais" e que irá fazer novos pronuncimentos a seguir, segundo informações da rede britânica BBC. Minutos antes, o Conselho, chefiado pelo ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, havia informado que demitiria o gabinete de governo e que suspenderia as duas casas do Parlamento, de acordo com a rede de TV Al Arabiya

terça-feira, fevereiro 08, 2011

O mestre da paciência

Por sugestão de um amigo das antigas
Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se.

Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

O mestre perguntou:

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceitar, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma... a não ser que você permita!!!

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Por Beth Cerquinho, Retirado do Blog Beth Cerquinho 

Oi queridos, me permiti abrir parênteses aqui pra contar um pouco sobre o meu ano novo, que ainda nem começou.

Dia 22 de dezembro de 2010, estava sem aparelho na perna (sofro de poliomielite) peguei as muletas pra andar em casa, quando uma delas quebrou, isso..quebrou ao meio...(e não isso nunca poderia acontecer)! Desde lá estou de cama em repouso me recuperando de 2 fraturas, uma no Fêmur e outra na tíbia. Ainda de acordo com a previsão médica faltam mais 2 semanas...mas quem sabe né??

Eu não processei nem vou processar o lugar que comprei, meu marido foi até lá entregou a eles e pediu a gentileza que nunca mais houvesse um só artefato ortopédico dessa indústria a venda. Estou desde então com a vida parada, projetos parados,e passei por dores quase insuportaveis...Aqui preciso confessar :- Gente o remédio que o Drº House toma é ÓTIMO, foi assim que consegui dormir. Passei por um período que se misturou depressão e ansiedade, afetou muito meu humor, hoje com remédios estou voltando a ser eu mesma.

Tenho vários pares de muletas canadenses, a pergunta que ficou é:- quem testa o material pra chegar até mim?

- Não tem um selo do Inmetro ou outro órgão, sendo que qualquer brinquedo de R$1,99 é obrigado a ter.

- Porque esses artefatos não vem com instrução de armazenagem ou especificando a validade?

-Como saberei se a muleta pode me aguentar e por quanto tempo?? Onde está escrito isso??

É uma falha muito séria essa afinal, muito idosos e portadores de degeneração óssea usam.

Mas não tenho a quem reclamar senão aqui no meu blog. Nesse país só se fala em reparação financeira, e não é que eu não precise, mas nada vai pagar a dor e o tempo que infligi aos familiares e a mim mesma.

É isso meus amigos...e podem ir preparando aquele feijão preto que eu tô voltando...rs

Como disse um amigo, "nóis enverga mais num quebra."

quinta-feira, janeiro 27, 2011

A USP contra o Estado de Direito

Artigo de Fábio Konder Comparato, Francisco de Oliveira, Jorge Luiz Souto Maior, Luiz Renato Martins e Paulo Arantes 
Artigo publicado na "Folha de SP"

Um estatuto que permanece intocado mesmo após o fim do regime militar e um reitor que tem buscado a qualquer custo levar a efeito um projeto privatizante estão conduzindo a USP ao caos.

Após declarar-se pelo financiamento privado e pela reordenação dos cursos segundo o mercado, o reitor vem instituindo o terror por intermédio de inquéritos administrativos apoiados em um instrumento da ditadura (dec. nº 52.906/ 1972), pelos quais pretende a eliminação de 24 alunos.

Quanto aos servidores, impôs, em 2010, a quebra da isonomia salarial, instituída desde 1991, e, para inibir o direito de greve, suspendeu o pagamento de salários, desrespeitando praxe institucionalizada há muito na USP.

Agora, em 2011, determinou o "desligamento" de 271 servidores, sem prévio aviso e sem consulta a diretores de unidades e superiores dos "desligados". Não houve avaliação de desempenho. Nenhum desses servidores possuía qualquer ocorrência negativa. As demissões atingiram técnicos na maioria com mais de 20 anos de serviços prestados à universidade.

O ato imotivado e, portanto, discriminatório, visou, unicamente, retaliar e aterrorizar o sindicato (Sintusp), principal obstáculo à privatização da USP desde a contestação aos decretos do governo Serra, em 2007. Mas o caso presente traz outras perversidades.

Todos os demitidos já se encontravam aposentados, a maioria em termos proporcionais. Na verdade, foram incentivados a fazê-lo por comunicação interna da USP, divulgada após as decisões do STF (ADIs nº 1.721 e nº 1.770), definindo que a aposentadoria por tempo de contribuição não extingue o contrato de trabalho.

A dispensa efetivada afrontou o STF e configurou uma traição ao que fora ajustado, chegando-se mesmo a instituir um "Termo de Continuidade de Contrato em face da Aposentadoria Espontânea".

Nem cabe tentar apoiar a iniciativa no art. 37, parágrafo 10, da Constituição, que prevê a impossibilidade de acumular provento de aposentadoria com remuneração de cargo público, pois esses servidores eram "celetistas", ocupantes de empregos públicos, e suas aposentadorias advinham do Regime Geral da Previdência Social, e não de Regime Especial.

O ato não tem, igualmente, qualquer razão econômica e, ainda que tivesse, lhe faltaria base jurídica, pois, como definido pelo TST (caso Embraer), a dispensa coletiva de trabalhadores deve ser precedida de negociação com o sindicato.

Do ato à sorrelfa, com a USP esvaziada pelas férias, não se extrai qualquer fundamento de legalidade, sobressaindo a vontade do reitor de impor o terror a alguns dos líderes sindicais da categoria, próximos da aposentadoria, contrariando até mesmo parecer da procuradoria da universidade, que apontara a ilegalidade das demissões.

Assinale-se a magnitude do potencial dano econômico-moral à USP. A ação desumana de gerar sofrimento imerecido a servidores fere a imagem da universidade.

Sob o prisma econômico, a dispensa coletiva, de caráter discriminatório, traz o risco de enorme passivo judicial, pelas quase certas indenizações por danos morais que os servidores "desligados" poderão angariar a partir das decisões do STF e do TST e da forma como o "desligamento" se deu, sem contar reintegrações e salários retroativos.

Cumpre conduzir à administração da USP a noção de que "ninguém está acima da lei", exigindo-se a revogação imediata dos "desligamentos" e o estabelecimento de uma Estatuinte à luz da Constituição de 1988, em respeito ao Estado democrático de Direito.


 - Fabio Konder Comparato é professor emérito da Faculdade de Direito da USP; Francisco de Oliveira é professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP); Jorge Luiz Souto Maior é professor associado da Faculdade de Direito da USP; Luiz Renato Martins é professor da Escola de Comunicações e Artes da USP; Paulo Arantes é professor da FFLCH-USP. 

Jornal de Piracicaba inova na área de pré-impressão com a chapa verde

Por Alessandro Meirelles - Jornal de Piracicaba

O Jornal de Piracicaba é o primeiro veículo de informação no interior de São Paulo a adotar no seu processo de pré-impressão a tecnologia da chapa N92-VCF, conhecida no mercado mundial como chapa verde, por não utilizar produtos químicos.

Além de não usar substâncias nocivas ao meio ambiente, o processo utilizado pelo JP desde a semana passada também reduz a utilização de água.

"A tecnologia já é usada nos estados do Paraná e Santa Catarina. Em São Paulo, existe na capital e no litoral paulista, mas no interior ainda era inédita. É uma inovação que vai ao encontro do que há de mais ecológico no mercado de jornais", destacou o gerente de marketing da empresa Agfa Graphics, Eduardo Ferreira de Sousa, que forneceu o equipamento ao JP.

O uso de produtos químicos no processo de pré-impressão ainda é uma realidade no mercado editorial. Com o novo procedimento, o JP sai na frente. E quem agradece é a natureza.

"Essa chapa elimina qualquer processamento químico durante a pré-impressão digital. O produto usado agora tem PH neutro, que é ambientalmente correto. Nossa intenção era melhorar o processo produtivo, sem agredir em nada o meio ambiente", ressaltou o gerente industrial e de T.I (Tecnologia da Informação) do JP, Leandro Halle Najm.