

Hoje (1º de maio), às 2h30 da manhã meu cachorro Endor morreu aos 13 anos. Morreu em meu braço, ofegante. Se curvou para trás, parou de respirar, e se foi. Peludo como um urso, doce e meigo como um coelho, amigo como o mais legal e leal dos irmãos. Endor foi o meu "plêto" em contraste com o "amalelo' que é o Bacos, meu outro cachorro. Era assim que eu o chamava devido ao preto de seu pêlo. Foi um "gentleman" ou "gentledog" até o fim. Com problemas pulmonares, coloquei-o dentro de casa diante de tanto frio. Ele tomou muita água por 3 vezes sempre observado por mim e ficou angustiado por volta das 2h da manhã. Abri a porta. Ele tentou se levantar e não tinha mais forças. Tentei carregá-lo e ele não deixou. Ficou bem em frente à porta de casa. Tentei pôr focinheira pra carregá-lo e ele não deixou. Eu estava ansioso em ajudá-lo. Queria livrá-lo daquela angústia e triste respiração forçada. Imaginava que ele queria simplesmente ir até a grama fazer xixi. E ele ali me olhando angustiado. Eu podia ver isso nele, com aquela respiração ofegante, abrindo a boca para respirar. Queria acabar com aquela angústia dele e não sabia como. Parei em sua frente e pedi para que falasse comigo. Pedi. Pedi. Então, olhando nos olhos dele, agradeci todos os dias em que ele esteve conosco e nos protegeu e então pedi desculpas por estar ali impotente sem saber como ajudá-lo. Fui até a frente de casa, angustiado eu agora sem poder ajudá-lo.
Chamei o Bacos, que veio e lambeu muito a boca dele (ato que jamais o Endor deixaria). Endor esboçou um leve "ranger" de dente. Coloquei-o deitado e então comecei a puxá-lo pelas duas patas dianteiras, arrastando-o para fora aproveitando da maciez de seu pêlo. Endor saiu da porta, saiu de dentro de casa e começou a fazer xixi. Muito.
Incentivei. Achei que aquele era o problema dele. Ele se curvou para trás. Eu vi sua língua cair da boca. Puxei a cabeça dele pra frente e ele voltou a se arquear para trás e parou de respirar. Descansou. Choro até agora só de me lembrar. Mas ele foi rápido e em paz. Ele queria sair da sala de casa (onde sempre teve ordem de não entrar) para poder morrer e fazer o xixi dele. Ele foi e eu fiquei com minha ira de acreditar que não pode existir um deus que permita a morte de um amigo tão querido. Te vejo em breve meu plêto!
Nossa, entrei aqui através do link do meu blog e jurava q o seu estava desativado!
ResponderExcluirAo ler esse post não pude deixar de ter meus olhos cheios, sei bem o que é perder um gde amigo, umser que nos da amor incondicional, na primeira semana desse ano tbm perdi meu Marfing, lindo, peludo educadissimo e sistematico, o qual chamava de amorzão, após 15 anos de convivencia. Nossa é duro!
Mas fica na lembrança a lealdade e o amor que eles nos ofereceram!
Gde Abraço!
Su
Oi Su, tudo bem? Prazer imenso te ver de novo por aqui. Fiquei muito tempo sem escrever no blog e decidi voltar. Tentei lhe escrever, afinal, vc era uma das poucas leitoras interativas... que sempre opinava... prazer em revê-la... me passe o endereço do seu blog. gde abraço
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