Por volta das 11h, cinco aviões Tucano da Esquadrilha da Fumaça, chegaram ao Aeroporto de Sorocaba. O público poderá apreciar as manobras da Esquadrilha a partir das 16h, quando os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) se apresentam na cidade. A Esquadrilha veio para participar da inauguração do busto de Alberto Santos Dumont e da réplica do avião 14 Bis, que comporão a partir de hoje uma praça na frente do Aeroporto “Bertram Luiz Leupolz”.
Assim que chegaram, os pilotos da Esquadrilha ficaram à disposição da imprensa e conversaram com repórteres, fotógrafos e cinegrafistas dos veículos de comunicação. Também deram uma colher de chá e deixaram os repórteres conhecer os aviões por dentro.
Ficar próximo a esses aviões é uma forma de realizar um sonho adolescente. Quem puder assistir ao show vá, porque vale a pena.
sábado, julho 17, 2010
Star Wars no Metrô!
Postado por
Marcel
Usuários do metrô em Nova York estão em seu dia a dia comum, quando, de repente, a princesa Leia entra. Logo em seguida, os stormtroopers - a tropa do império galáctico - invadem a composição para prender a princesa. Para delírio final, Darth Vader entra no metrô e ordena que seus guardas prendam a princesa. Não sei se vocês são fãs, mas eu gostei.
sexta-feira, julho 16, 2010
Morte sem epitáfio
Postado por
Marcel
Por Alberto Dines
(Retirado do Observatório da Imprensa)
Os sinos não dobram quando fecha um jornal, mas dobram pelo jornalismo. Nenhum jornal é uma ilha – menos um jornal, menor a imprensa. Menos um diário, menor o continente, o mundo, a humanidade.
Pífia, lamentável, a repercussão do anúncio do fim do Jornal do Brasil impresso. Ninguém vestiu luto – só os jornalistas – porque há muito aboliu-se o luto. O luto e a luta. Sobreviventes não lamentaram, dão-se bem no jornalismo morno, sem disputa. Juntaram-se para revogar a concorrência e enterraram a porção vital do seu ofício. Esqueceram a animada dissonância, preferiram a consonância melancólica.
Qualidade e poder
O derradeiro confronto jornalístico no Rio talvez tenha se travado no início dos anos 70 (ou fim dos 60) quando Roberto Marinho decidiu que O Globo não poderia ficar confinado ao esquema de vespertino e passou a circular aos domingos. Em represália, Nascimento Brito decidiu que o JB invadiria a segunda-feira. Encontro de gigantes, disputa de qualidade. Mesmo com a ditadura e a censura como pano de fundo.
Sem competição, o jornalismo perdeu o elã; desvirtuado, virou disputa pelo poder. Exatamente isso atraiu Nelson Tanure, o empresário que investe em informática, estaleiros e faz negócios pelo negócio. Não lhe disseram que empresário de jornal não precisa escrever editoriais, basta gostar do ramo e ser fiel a ele.
Simbólico: o fim do JB impresso foi confirmado na edição de quarta-feira (14/7) sob a forma de anúncio, publicidade. Aquela Casa não acredita em texto. E o seu jornal morreu sem epitáfio.
(Retirado do Observatório da Imprensa)
Os sinos não dobram quando fecha um jornal, mas dobram pelo jornalismo. Nenhum jornal é uma ilha – menos um jornal, menor a imprensa. Menos um diário, menor o continente, o mundo, a humanidade.
Pífia, lamentável, a repercussão do anúncio do fim do Jornal do Brasil impresso. Ninguém vestiu luto – só os jornalistas – porque há muito aboliu-se o luto. O luto e a luta. Sobreviventes não lamentaram, dão-se bem no jornalismo morno, sem disputa. Juntaram-se para revogar a concorrência e enterraram a porção vital do seu ofício. Esqueceram a animada dissonância, preferiram a consonância melancólica.
Qualidade e poder
O derradeiro confronto jornalístico no Rio talvez tenha se travado no início dos anos 70 (ou fim dos 60) quando Roberto Marinho decidiu que O Globo não poderia ficar confinado ao esquema de vespertino e passou a circular aos domingos. Em represália, Nascimento Brito decidiu que o JB invadiria a segunda-feira. Encontro de gigantes, disputa de qualidade. Mesmo com a ditadura e a censura como pano de fundo.
Sem competição, o jornalismo perdeu o elã; desvirtuado, virou disputa pelo poder. Exatamente isso atraiu Nelson Tanure, o empresário que investe em informática, estaleiros e faz negócios pelo negócio. Não lhe disseram que empresário de jornal não precisa escrever editoriais, basta gostar do ramo e ser fiel a ele.
Simbólico: o fim do JB impresso foi confirmado na edição de quarta-feira (14/7) sob a forma de anúncio, publicidade. Aquela Casa não acredita em texto. E o seu jornal morreu sem epitáfio.
quinta-feira, julho 15, 2010
Jornalismo online impõe agenda da grande imprensa
Postado por
Marcel
Por Leneide Duarte-Plon, de Paris em 15/7/2010
(retirado do Observatório da Imprensa)
O site Mediapart, de Edwy Plenel, ex-diretor de redação do Le Monde, tem provado que um jornal online pode ser tão eficaz (ou mais) quanto os grandes jornais da imprensa tradicional quando se trata de fazer jornalismo investigativo. Depois de ter revelado as gravações secretas feitas pelo ex-mordomo da dona da L'Oréal, Liliane Bettencourt, quase todo dia o site tem matérias exclusivas sobre o escândalo que sacode a França há algumas semanas. Os grandes jornais se limitam, na maior parte dos dias, a fazer suites das matérias exclusivas do Mediapart no chamado "affaireBettencourt-Woerth". O Mediapart foi criado por Plenel em 2008, depois de ter sido demitido pelo Le Monde.
O "affaire" começou como um caso de família envolvendo uma ação da filha de Liliane Bettencourt, Françoise Bettencourt-Meyers, contra um fotógrafo que já foi agraciado por doações de um bilhão de euros. A mãe, que tem 87 anos, estaria, segundo a filha, sendo explorada na sua fragilidade pelo fotógrafo. Não há nem nunca houve nenhuma história amorosa entre a milionária e o fotógrafo, gay assumido. Simplesmente ele começou a ser tratado como um filho pela mulher mais rica da França e a filha não gostou das doações que a mãe fez a ele.
Rapidamente, contudo, o caso tomou um caminho político envolvendo o ministro do Trabalho, Eric Woerth, e a proprietária da L'Oréal. E, subitamente, um jornalista e seu jornal online foram catapultados ao centro dos acontecimentos.
Ávidos por notícias
Acompanhado pela imprensa do mundo inteiro, o affaire serviu de publicidade ao Mediapart, que viu aumentar vertiginosamente o número de assinantes, ávidos por poderem ler a íntegra das matérias exclusivas oferecidas aos leitores dia após dia. Atualmente, dos 25 jornalistas que fazem o Mediapart, cerca de 15 trabalham somente na cobertura do affaire.
O caso Bettencourt sacode a République há vários dias. Os jornais franceses não falam de outra coisa, as revistas semanais disputam quem vai dar o melhor furo e a televisão segue todos os fatos diariamente.
Para um brasileiro, não há como não pensar no caso Collor-PC, guardadas as devidas proporções. Sarkozy não é Collor, Woerth não é PC, mas o affaire pode vir a prejudicar os planos de reeleição em 2012. O presidente não está ameaçado por umimpeachment, figura jurídico-constitucional inexistente na França, mas suas chances de novo mandato podem estar sendo definitivamente enterradas com o caso Woerth-Bettencourt, que mistura financiamento ilegal de campanha política com acúmulo de funções eticamente incompatíveis.
O atual ministro do Trabalho e ex-ministro do Planejamento (Budget, em francês) é o tesoureiro do partido do presidente (UMP) desde 2003. Woerth, cuja mulher trabalhava na empresa que administra o dinheiro da bilionária, teria fechado os olhos para a evasão fiscal praticada em larga escala pelos administradores da fortuna pessoal da dona da L'Oréal. Além do mais, teria recebido dinheiro vivo para a campanha presidencial e teria empregado a mulher, graças a sua influência. De quebra, agraciou com uma das mais prestigiosas condecorações da République o big boss da empresa que administra a fortuna de Madame Bettencourt, Patrice De Maistre.
Dinheiro e pudor
O escândalo é uma mancha na imagem do presidente Sarkozy, que prometeu em campanha um governo de transparência total, de probidade inatacável. A cada dia, Edwy Plenel e seus jornalistas têm novas revelações incômodas para o poder. Todos os ministros correram para socorrer Sarkozy, acusado de ter financiado sua campanha com dinheiro doado acima dos limites fixados na lei (apenas 7.500 euros por ano por doador). Alguns deles optaram pelo ataque e tentam desqualificar Plenel. O atual secretário-geral da UMP, Xavier Bertrand, criticou o site dizendo que ele utiliza "métodos fascistas". O Mediapart entrou imediatamente com uma ação de injúria e difamação.
"Os franceses não gostam de dinheiro, detestam especialmente o dinheiro do vizinho e execram os ricos". Para Alain Duhamel, um dos mais antigos comentaristas políticos da imprensa francesa (ele trabalha na televisão e no rádio há mais de 35 anos e escreve uma crônica política semanal no Libération), o despudor de Nicolas Sarkozy, que ele vê como um "descomplexado do dinheiro", choca os franceses. Segundo Duhamel, na França o dinheiro é visto, na melhor das hipóteses, como um mal necessário. Na pior das hipóteses, como um veneno que corrompe toda a sociedade.
Realmente, Sarkozy não tem o pudor que se exige de um chefe de Estado que deve governar para ricos e pobres. Ele não tem uma enorme fortuna pessoal mas seus amigos são todos milionários, donos de grandes empresas, gente que gosta de dinheiro e, sobretudo, gosta de ganhar muito dinheiro. A eles, Sarkozy deu um presentinho logo depois da eleição: criou o "bouclier fiscal", lei que limita o imposto de renda a 50% dos ganhos de cada indivíduo ou empresa. Os ricos franceses pagavam muito mais que esse percentual e, fugindo ao fisco, muitos deixaram o país indo morar na Bélgica e na Suíça.
Por causa dessa nova lei, a dona da L'Oréal, Madame Liliane Bettencourt, teve 38 milhões de euros devolvidos pelo fisco relativos a 2008. A esquerda não engole obouclier fiscal que priva o país de receitas astronômicas em plena crise para que o presidente agrade a seus amigos milionários. O bouclier seria uma forma de recompensar os financiadores da campanha e, em época de crise e desemprego, é uma das medidas mais impopulares do governo.
O affaire Bettencourt-Woerth está longe do fim, mas o site Mediapart já pode tirar uma lição: revelou que o jornalismo online pode competir com as mesmas armas da imprensa tradicional. Afinal, o papel de todas as mídias é o mesmo: investigar, denunciar e revelar a verdade na defesa da democracia.
(retirado do Observatório da Imprensa)
O site Mediapart, de Edwy Plenel, ex-diretor de redação do Le Monde, tem provado que um jornal online pode ser tão eficaz (ou mais) quanto os grandes jornais da imprensa tradicional quando se trata de fazer jornalismo investigativo. Depois de ter revelado as gravações secretas feitas pelo ex-mordomo da dona da L'Oréal, Liliane Bettencourt, quase todo dia o site tem matérias exclusivas sobre o escândalo que sacode a França há algumas semanas. Os grandes jornais se limitam, na maior parte dos dias, a fazer suites das matérias exclusivas do Mediapart no chamado "affaireBettencourt-Woerth". O Mediapart foi criado por Plenel em 2008, depois de ter sido demitido pelo Le Monde.
O "affaire" começou como um caso de família envolvendo uma ação da filha de Liliane Bettencourt, Françoise Bettencourt-Meyers, contra um fotógrafo que já foi agraciado por doações de um bilhão de euros. A mãe, que tem 87 anos, estaria, segundo a filha, sendo explorada na sua fragilidade pelo fotógrafo. Não há nem nunca houve nenhuma história amorosa entre a milionária e o fotógrafo, gay assumido. Simplesmente ele começou a ser tratado como um filho pela mulher mais rica da França e a filha não gostou das doações que a mãe fez a ele.
Rapidamente, contudo, o caso tomou um caminho político envolvendo o ministro do Trabalho, Eric Woerth, e a proprietária da L'Oréal. E, subitamente, um jornalista e seu jornal online foram catapultados ao centro dos acontecimentos.
Ávidos por notícias
Acompanhado pela imprensa do mundo inteiro, o affaire serviu de publicidade ao Mediapart, que viu aumentar vertiginosamente o número de assinantes, ávidos por poderem ler a íntegra das matérias exclusivas oferecidas aos leitores dia após dia. Atualmente, dos 25 jornalistas que fazem o Mediapart, cerca de 15 trabalham somente na cobertura do affaire.
O caso Bettencourt sacode a République há vários dias. Os jornais franceses não falam de outra coisa, as revistas semanais disputam quem vai dar o melhor furo e a televisão segue todos os fatos diariamente.
Para um brasileiro, não há como não pensar no caso Collor-PC, guardadas as devidas proporções. Sarkozy não é Collor, Woerth não é PC, mas o affaire pode vir a prejudicar os planos de reeleição em 2012. O presidente não está ameaçado por umimpeachment, figura jurídico-constitucional inexistente na França, mas suas chances de novo mandato podem estar sendo definitivamente enterradas com o caso Woerth-Bettencourt, que mistura financiamento ilegal de campanha política com acúmulo de funções eticamente incompatíveis.
O atual ministro do Trabalho e ex-ministro do Planejamento (Budget, em francês) é o tesoureiro do partido do presidente (UMP) desde 2003. Woerth, cuja mulher trabalhava na empresa que administra o dinheiro da bilionária, teria fechado os olhos para a evasão fiscal praticada em larga escala pelos administradores da fortuna pessoal da dona da L'Oréal. Além do mais, teria recebido dinheiro vivo para a campanha presidencial e teria empregado a mulher, graças a sua influência. De quebra, agraciou com uma das mais prestigiosas condecorações da République o big boss da empresa que administra a fortuna de Madame Bettencourt, Patrice De Maistre.
Dinheiro e pudor
O escândalo é uma mancha na imagem do presidente Sarkozy, que prometeu em campanha um governo de transparência total, de probidade inatacável. A cada dia, Edwy Plenel e seus jornalistas têm novas revelações incômodas para o poder. Todos os ministros correram para socorrer Sarkozy, acusado de ter financiado sua campanha com dinheiro doado acima dos limites fixados na lei (apenas 7.500 euros por ano por doador). Alguns deles optaram pelo ataque e tentam desqualificar Plenel. O atual secretário-geral da UMP, Xavier Bertrand, criticou o site dizendo que ele utiliza "métodos fascistas". O Mediapart entrou imediatamente com uma ação de injúria e difamação.
"Os franceses não gostam de dinheiro, detestam especialmente o dinheiro do vizinho e execram os ricos". Para Alain Duhamel, um dos mais antigos comentaristas políticos da imprensa francesa (ele trabalha na televisão e no rádio há mais de 35 anos e escreve uma crônica política semanal no Libération), o despudor de Nicolas Sarkozy, que ele vê como um "descomplexado do dinheiro", choca os franceses. Segundo Duhamel, na França o dinheiro é visto, na melhor das hipóteses, como um mal necessário. Na pior das hipóteses, como um veneno que corrompe toda a sociedade.
Realmente, Sarkozy não tem o pudor que se exige de um chefe de Estado que deve governar para ricos e pobres. Ele não tem uma enorme fortuna pessoal mas seus amigos são todos milionários, donos de grandes empresas, gente que gosta de dinheiro e, sobretudo, gosta de ganhar muito dinheiro. A eles, Sarkozy deu um presentinho logo depois da eleição: criou o "bouclier fiscal", lei que limita o imposto de renda a 50% dos ganhos de cada indivíduo ou empresa. Os ricos franceses pagavam muito mais que esse percentual e, fugindo ao fisco, muitos deixaram o país indo morar na Bélgica e na Suíça.
Por causa dessa nova lei, a dona da L'Oréal, Madame Liliane Bettencourt, teve 38 milhões de euros devolvidos pelo fisco relativos a 2008. A esquerda não engole obouclier fiscal que priva o país de receitas astronômicas em plena crise para que o presidente agrade a seus amigos milionários. O bouclier seria uma forma de recompensar os financiadores da campanha e, em época de crise e desemprego, é uma das medidas mais impopulares do governo.
O affaire Bettencourt-Woerth está longe do fim, mas o site Mediapart já pode tirar uma lição: revelou que o jornalismo online pode competir com as mesmas armas da imprensa tradicional. Afinal, o papel de todas as mídias é o mesmo: investigar, denunciar e revelar a verdade na defesa da democracia.
quarta-feira, julho 14, 2010
O apedrejamento como "propaganda"
Postado por
Marcel
Por Leticia Nunes (edição), com Larriza Thurler em 13/7/2010
(retirado do Observatório da Imprensa)
Sakineh Mohammadi Ashtiani é iraniana, tem 43 anos e dois filhos. Em 2006, ela foi condenada por "manter relações ilícitas com dois homens" e recebeu 99 chibatadas. Presa desde então, Sakineh foi recentemente levada a um tribunal onde era julgado um homem suspeito de matar seu marido. Ela também acabou julgada e novamente foi condenada por adultério. Desta vez, recebeu sentença de morte por apedrejamento. Sim, isso existe no Irã: a pessoa é coberta por um pano branco e tem o corpo amarrado e enterrado até a altura dos ombros. Ela é então executada com pancadas de pedras na cabeça.
O caso de Sakineh ganhou atenção internacional pela internet com uma campanhainiciada por seus filhos. Um abaixo-assinado na rede pedindo pela sua soltura e pelo fim da prática de apedrejamento no Irã já contava com mais de 68 mil assinaturas na tarde de segunda-feira [12/7]. No fim da semana passada, o jornal britânico Guardiannoticiou que a embaixada iraniana em Londres havia divulgado declaração dizendo que Sakineh não seria mais apedrejada. Seu filho Sajjad, de 22 anos, afirmou ao jornal, entretanto, que a condenação da mãe não foi anulada e ela deve ser executada por enforcamento.
Estas informações não foram divulgadas no Irã. A imprensa local foi proibida de cobrir o caso. "Não é a primeira vez que somos proibidos de reportar sobre um caso de apedrejamento, mas, porque o caso de Sakineh é sensível, a censura é ainda mais rigorosa", afirmou ao Guardian um jornalista de Teerã que, por razões óbvias, não pode ser identificado.
Propaganda
Diante da campanha internacional para salvar Sakineh – que já conta com a participação de políticos e celebridades de diversos países, incluindo o presidente Fernando Henrique Cardoso e os cantores Chico Buarque e Caetano Veloso –, o judiciário iraniano afirmou que "a propaganda da mídia ocidental" não vai conseguir impedir a execução. O chefe do judiciário do Azerbaijão iraniano, Malek Ajdar Sharifi, chegou a dizer que o crime cometido por Sakineh é tão grave que seria melhor se ela tivesse "apenas" cortado a cabeça do marido.
"A comoção criada pela mídia internacional sobre este caso não irá afetar a posição de nossos juízes", completou Mohammad Javad Larijani, chefe do Alto Conselho iraniano de Direitos Humanos. "Eu devo ressaltar que a punição por apedrejamento existe em nossa constituição mas é usada em ocasiões muito raras". Com informações do Globe and Mail [12/7/10], do Guardian [9/7/10] e do site Free Sakineh.
Sakineh Mohammadi Ashtiani é iraniana, tem 43 anos e dois filhos. Em 2006, ela foi condenada por "manter relações ilícitas com dois homens" e recebeu 99 chibatadas. Presa desde então, Sakineh foi recentemente levada a um tribunal onde era julgado um homem suspeito de matar seu marido. Ela também acabou julgada e novamente foi condenada por adultério. Desta vez, recebeu sentença de morte por apedrejamento. Sim, isso existe no Irã: a pessoa é coberta por um pano branco e tem o corpo amarrado e enterrado até a altura dos ombros. Ela é então executada com pancadas de pedras na cabeça.
O caso de Sakineh ganhou atenção internacional pela internet com uma campanhainiciada por seus filhos. Um abaixo-assinado na rede pedindo pela sua soltura e pelo fim da prática de apedrejamento no Irã já contava com mais de 68 mil assinaturas na tarde de segunda-feira [12/7]. No fim da semana passada, o jornal britânico Guardiannoticiou que a embaixada iraniana em Londres havia divulgado declaração dizendo que Sakineh não seria mais apedrejada. Seu filho Sajjad, de 22 anos, afirmou ao jornal, entretanto, que a condenação da mãe não foi anulada e ela deve ser executada por enforcamento.
Estas informações não foram divulgadas no Irã. A imprensa local foi proibida de cobrir o caso. "Não é a primeira vez que somos proibidos de reportar sobre um caso de apedrejamento, mas, porque o caso de Sakineh é sensível, a censura é ainda mais rigorosa", afirmou ao Guardian um jornalista de Teerã que, por razões óbvias, não pode ser identificado.
Propaganda
Diante da campanha internacional para salvar Sakineh – que já conta com a participação de políticos e celebridades de diversos países, incluindo o presidente Fernando Henrique Cardoso e os cantores Chico Buarque e Caetano Veloso –, o judiciário iraniano afirmou que "a propaganda da mídia ocidental" não vai conseguir impedir a execução. O chefe do judiciário do Azerbaijão iraniano, Malek Ajdar Sharifi, chegou a dizer que o crime cometido por Sakineh é tão grave que seria melhor se ela tivesse "apenas" cortado a cabeça do marido.
"A comoção criada pela mídia internacional sobre este caso não irá afetar a posição de nossos juízes", completou Mohammad Javad Larijani, chefe do Alto Conselho iraniano de Direitos Humanos. "Eu devo ressaltar que a punição por apedrejamento existe em nossa constituição mas é usada em ocasiões muito raras". Com informações do Globe and Mail [12/7/10], do Guardian [9/7/10] e do site Free Sakineh.
Jornalismo cidadão não preenche lacuna dos cortes nas redações, diz estudo
Postado por
Marcel
Retirado do Knight Center for Journalism
O jornalismo cidadão não está suprindo a queda na cobertura de notícias resultante dos cortes nas redações tradicionais, concluiu um estudo recentefeito em conjunto pela Escola de Jornalismo da Universidade de Missouri, a Universidade Estadual de Michigan e a Universidade da Carolina do Norte.
O estudo analisou 60 sites e blogs de jornalismo cidadão, observando fatores como o número de links fornecidos, o nível de participação pública e a frequência da atualização de notícias, relatou o Editor & Publisher.
"Embora muitos blogs e sites de jornalismo cidadão tenham feito coisas muito interessantes e positivas, eles não chegam nem perto de oferecer o nível de cobertura que até mesmo organizações jornalísticas com problemas financeiros produzem hoje em dia", afirmou uma das autoras do estudo, a professora Margaret Duffy, da Universidade de Missouri. "Além desses blogs e sites não contarem com pessoas para cobrir as notícias adequadamente, a maior parte dos gerentes de sites de jornalismo cidadão não tem os recursos financeiros necessários e a experiência de negócios para torná-los viáveis ao longo do tempo", disse ela.
O estudo analisou 60 sites e blogs de jornalismo cidadão, observando fatores como o número de links fornecidos, o nível de participação pública e a frequência da atualização de notícias, relatou o Editor & Publisher.
"Embora muitos blogs e sites de jornalismo cidadão tenham feito coisas muito interessantes e positivas, eles não chegam nem perto de oferecer o nível de cobertura que até mesmo organizações jornalísticas com problemas financeiros produzem hoje em dia", afirmou uma das autoras do estudo, a professora Margaret Duffy, da Universidade de Missouri. "Além desses blogs e sites não contarem com pessoas para cobrir as notícias adequadamente, a maior parte dos gerentes de sites de jornalismo cidadão não tem os recursos financeiros necessários e a experiência de negócios para torná-los viáveis ao longo do tempo", disse ela.
sexta-feira, julho 09, 2010
Votorantim oferece 400 vagas para curso gratuito de informática
Postado por
Marcel
A Prefeitura de Votorantim, através da Secretaria de Educação (Seed) estará a partir desta segunda-feira (12) com inscrições abertas para o processo de seleção de candidatos interessados no ingresso aos cursos Básico de Informática e Cidadania, e Informática Avançada, que será ministrado gratuitamente na Escola Municipal de Informática.
São 200 vagas para o curso Básico e 200 para o Avançado, totalizando 400 vagas, sendo distribuídas para 75% dos interessados com idade entre 14 e 24 anos, 20% para pessoas que estejam desempregadas comprovadamente e 5% para interessados do funcionalismo público municipal. Para o Curso Avançado o interessado deverá ter concluído o Curso Básico. Serão 40 vagas por turma, com aulas de informática duas vezes por semana e uma para cidadania, totalizando três aulas semanais, no período de 16 de agosto a 10 de dezembro.
Conforme o cronograma, as inscrições poderão ser feitas entre os dias 12 e 23 de julho, das 08h30 às 11h30 e das 13h30 às 20 horas, na Escola Municipal de Informática, situada à avenida Vereador Newton Vieira Soares, 301, Centro. A publicação do resultado da seleção acontecerá no dia 26 de julho, a partir das 15h30, na sede da Escola de Informática.
No ato de inscrição, o candidato deverá preencher devidamente a ficha de inscrição e avaliação da declaração sócio-econômica educativa, apresentar certificado de conclusão do Ensino Fundamental (oitava série), documento de identidade com foto (RG ou CTPS), comprovante de que reside em Votorantim há mais de três anos (conta de luz ou água, telefone, carnê de IPTU, contrato de locação, etc.); se menor de 18 anos o interessado deverá estar acompanhado do pai ou responsável e no ato de inscrição o candidato deve estar presente, não sendo a mesma aceita por procuração.
Mais informações pelo telefone – 3243-1124.
São 200 vagas para o curso Básico e 200 para o Avançado, totalizando 400 vagas, sendo distribuídas para 75% dos interessados com idade entre 14 e 24 anos, 20% para pessoas que estejam desempregadas comprovadamente e 5% para interessados do funcionalismo público municipal. Para o Curso Avançado o interessado deverá ter concluído o Curso Básico. Serão 40 vagas por turma, com aulas de informática duas vezes por semana e uma para cidadania, totalizando três aulas semanais, no período de 16 de agosto a 10 de dezembro.
Conforme o cronograma, as inscrições poderão ser feitas entre os dias 12 e 23 de julho, das 08h30 às 11h30 e das 13h30 às 20 horas, na Escola Municipal de Informática, situada à avenida Vereador Newton Vieira Soares, 301, Centro. A publicação do resultado da seleção acontecerá no dia 26 de julho, a partir das 15h30, na sede da Escola de Informática.
No ato de inscrição, o candidato deverá preencher devidamente a ficha de inscrição e avaliação da declaração sócio-econômica educativa, apresentar certificado de conclusão do Ensino Fundamental (oitava série), documento de identidade com foto (RG ou CTPS), comprovante de que reside em Votorantim há mais de três anos (conta de luz ou água, telefone, carnê de IPTU, contrato de locação, etc.); se menor de 18 anos o interessado deverá estar acompanhado do pai ou responsável e no ato de inscrição o candidato deve estar presente, não sendo a mesma aceita por procuração.
Mais informações pelo telefone – 3243-1124.
Polvo 'vidente' aposta que Espanha será campeã da Copa do Mundo
Postado por
Marcel

Retirado do site G1
O polvo Paul, do aquário Sea Life, em Oberhausen, na Alemanha, fez a sua "previsão" para a final da Copa do Mundo. Com 100% de acertos, o polvo escolheu a caixinha com a bandeira da Espanha na hora de escolher qual isca iria devorar, se a que indicava a bandeira espanhola ou a que estava na caixinha de vidro com a bandeira da Holanda. A final da Copa será no domingo (11).
Até algumas semanas, Paul era um humilde polvo de dois anos, nascido na Inglaterra. Agora, virou uma celebridade mundial e provoca filas diárias no aquário de Oberhausen, na Alemanha.
Paul disse ainda que Alemanha vai ganhar do Uruguai e ficar com o terceiro lugar do Mundial. O molusco participou do "bolão" do aquário dando palpites em todos os jogos da Alemanha. Ele acertou que a seleção alemã ganharia de Austrália, Gana, Inglaterra e Argentina, e que perderia na primeira fase para a Sérvia e nas semifinais para a Espanha.
O palpite para a decisão da Copa é o primeiro que Paul faz neste Mundial em que não envolve a seleção alemã.
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