sábado, abril 10, 2010

O brasileiro Mystery Guitar Man

O cara é brasileiro. Músico, ele faz de tudo usando a edição de imagens. Encontrei-o na internet por acaso e por vezes acompanho seus novos trabalhos.Hoje vi que até camisetas personalizadas ele está vendendo no Brasil. Ele é a prova de que basta um tanto de imaginação e vontade para conseguir se destacar na internet e buscar o seu lugar ao sol. O Mystery man pelo jeito está conseguindo.

quarta-feira, abril 07, 2010

Pedofilia e abuso sexual

Por Mariana Nassif
(Retirado do Blog do Luis Nassif) - www.luisnassif.com.br

As grandes mídias têm comentado aos quatro ventos casos e mais casos de pedofilia envolvendo a Igreja Católica, especialmente. Padres, que por dever e determinação "nata" seriam pessoas especiais, espécie de ponte entre o céu e a terra, pairam, agora, no inferno.

As multidões julgam, condenam, criticam a construção de um celibato que impõe severas penas às sociedades que não seguirem os mandamentos divinos e que acabam, elas mesmas, por infringir a conduta primordial humana: o livre arbítrio. Sim, porque se trata de livre arbítrio quando duas pessoas querem trocar carícias, tornar-se íntimo um do outro, quem sabe até realizando fantasias impublicáveis. Mas é a escolha de duas pessoas. E não a sobreposição do desejo – doentio – de uma imposta sobre a fragilidade infantil de outra.

Uma das características mais terríveis da pedofilia, ou do abuso contra o menor é que, estatisticamente, de 8 entre 10 casos o abusador conhece a vítima. E quando a vítima é uma criança, é quase óbvio que seus pais e responsáveis também conheçam este agressor. Por que, então, o tema ainda é tabu nas famílias?

Crianças são abertas, curiosas, aprendem com facilidade o que é certo e errado, especialmente quando colocadas na temática de maneira afetuosa e eficaz. Múltiplas pesquisas constam que a culpa é um dos principais sentimentos que permeiam tanto pais quanto as crianças agredidas – os pais por não perceberem que algo estava mudando em sua cria, a criança por sentir prazer em algo que se tem como o maior dos segredos – se não pode contar pros pais, boa coisa não é. Viu só como aprendem rápido?

Os pais não deveriam sentir-se culpados – meninos e meninas de 5, 6, 7, X anos mudam na velocidade de um piscar de olhos, é assim mesmo. Tudo pode estar acontecendo. Se analisarmos patologicamente cada função e reação infantil e/ou adulta, seremos todos vítimas de doenças e rótulos. Outro tipo de agressão, mas não vem ao caso. À crianças resta a culpa de sentir prazer no que é errado – tocar seu corpo naturalmente gera sensações, e em época de descobertas mil, como pode aquela não fazer parte do mundo novo que surge quando crescemos? A saída, acredito, a única saída, é o diálogo.

Por que trancar no baú um segredo que tão somente acaba por proteger o agressor, ao invés de orientar com firmeza nossas crianças sobre o tema? Por que ser conivente com um comportamento que machuca tanto que provoca a ira somente ao pensar "…se fosse com uma de minhas crianças…"? Existem delicadas nuances que cabem somente a quem, infelizmente, passou e (sobre)viveu a este tipo de situação. Mas ainda há a vergonha de escancarar o escândalo, de detonar a dinamite da verdade familiar e… bem, como mãe de uma linda mocinha de 10 anos, irmã de duas com quase a mesma idade, não me cabe encontrar justificativa que seja para não ter uma conversa aberta e franca e explicar que sim, o abuso existe, é um perigo real, assustador e que sim, grite bem alto se qualquer coisa parecida com isso ou aquilo acontecer com você – seja em casa, com conhecidos ou desconhecidos, grite bem alto que é pra todo mundo ouvir – ou então este grito pode ficar entalado quase que pra todo o sempre em você e somente em você, sem que ninguém, nem mesmo eu, tivesse a oportunidade de proteger-te.

domingo, abril 04, 2010

100 melhores em 4 minutos

Os 100 maiores hits do YouTube em 4 minutos. Alguns clássicos e divertido vídeos estão aí.

O poder da argumentação

O Filme Obrigado por fumar é um daqueles que passa rápido. Interessante do ponto de vista do poder da argumentação. Conta a história o lobbista da indústria do cigarro. Ou seja: é o cara contra o mundo. Bem interessante. O começo - que está neste vídeo já dá uma mostra do que ele é capaz.

sexta-feira, abril 02, 2010

O colapso das escolas de jornalismo e a fantasia da objetividade

Texto publicado pelo Knight Center for Journalism

Para o ex-jornalista e blogueiro Chris Lynch, as escolas de jornalismo serão reduzidas drasticamente nos próximos anos. As que restarem serão radicalmente diferentes: abandonarão o foco na criação de conteúdos e deixarão de lado, finalmente, a "estúpida fantasia do jornalismo objetivo".

Esta é a lógica de Lynch: uma "elite de leitores" irá se consolidar, pequena em número, com dinheiro, e a única disposta a pagar por criadores profissionais de conteúdo. Com uma audiência tão pequena (e portanto com poucas vagas para jornalistas profissionais), faz algum sentido que as faculdade de jornalismo continuem existindo? Segundo Lynch, os melhores criadores de conteúdo não frequentarão escolas de jornalismo e virão de outras áreas especializadas (por acaso isso já não era assim?)

A situação resultará no colapso da falácia do "jornalismo objetivo", diz o blogueiro. Hoje, os estudantes de jornalismo ainda aprendem simplesmente a ligar para as pessoas, coletar informações e escrever um texto com a fórmula "ele/ela disse". Seja em texto, áudio ou vídeo, essa fórmula denota a falácia de que se um jornalista tem citações dos dois lados e as coloca em uma matéria, está sendo um bom profissional. E se é muito bom, pode até ser chamado à TV como um "especialista". Mas a realidade é que a maioria dos jornalistas não é especialista em nada: eles apenas trazem relatos de especialistas. Leia o texto completo em The Lynch Blog.

O texto de Lynch foi contestado pela acadêmica Jean Folkers, decana da universidade de Carolina do Norte. Para ela, o ensino do jornalismo está longe de ser perfeito, mas as mudanças estão ocorrendo rapidamente e as escolas de jornalismo são o futuro. Leia aqui a resposta.

quinta-feira, abril 01, 2010

A capa do livro 'Marcel'

Dia desses, logo que cheguei na sala de aula na Uniso, após o intervalo, dois de meus alunos estavam tocando violão na sala. Perguntei o que eles arranhavam ali e a resposta foi: "sertanejo". Diante da cara que eu devo ter feito, um deles me indagou: "ô professor, o que você gosta de ouvir?" Apesar de curtir de tudo um pouco, gosto muito de um som mais pesado. E assim respondi. O aluno me olhou de cima a baixo e soltou: "não parece". E eu ali, de sapato e camisa social enfiada por dentro da calça fiquei sem poder gostar das bandas que ouço desde adolescente.

Sabe aquela historinha da capa do livro e seu conteúdo? Pois é, foi assim que me senti. O mesmo aconteceu poucos dias depois, quando tive uma conversa parecida com outro professor e ele me disse algo parecido. Quem me conheceu mais recentemente, pouco sabe de minha história e meus gostos. Sei que não poderiam ter diferentes pensamentos. São pessoas que não me viram com minhas dezenas de pulseirinhas no braço, meus poucos mas desleixados cabelos quase-compridos, minha jaqueta preta e minha inseparável camiseta do Corrozion.


Mas o que me impressiona é como a imagem e a forma que nos apresentamos causa efeito no outro. Sinceramente, acho que eu não deveria mais ficar impressionado, pois esta questão da imagem e seu julgamento é muito clara para mim, mas ainda me impressiono. Mas o que me afeta mesmo é esse julgamento pela capa do livro. Até quando? É o medo do sempre, que desde sempre me acompanhou.

Como nós chegamos aqui

A louquinha comportada ou a comportada louquinha? Só sei que gostei muito da voz dela.