sábado, junho 20, 2009

O (en)canto do blog

Do blog do Bob Fernandes - Terra Magazine


Reprodução
A Petrobras criou o seu blog e mostrou um caminho sem volta e sem filtros, avalia Nassar
"A Petrobras criou o seu blog e mostrou um caminho sem volta e sem filtros", avalia Nassar

Paulo Nassar
De São Paulo

Os intermediários parecem perder poder, pelo menos no mundo da comunicação. Vê-se enfraquecerem os que fazem o meio de campo entre as chamadas fontes de informação e a sociedade, os veículos de comunicação de massa tradicionais - jornais, revistas, rádios, televisões filhos de uma era em que para se comunicar de maneira ampla eram necessários aparatos tecnológicos identificados a olho nu: grandes antenas retransmissoras ou grandes instalações industriais para abrigar impressoras enormes. Propagandear, vender, entreter, comunicar era sinônimo de especialista, muita máquina e muito fio.

A comunicação agora é intensiva, muito mais leve, mais software. Dispõe de grande oferta de mídias novas, inimigas de especialistas e intermediários. Hoje você acorda com o canto dos blogs e o trinado do twitter.

A era exclusiva do rádio, da televisão e da imprensa escrita passou. O agora comunicativo são todas as eras mais o tempo do Eu-mídia, em que pessoas, empresas e instituições são donas das suas próprias mídias. Um tempo de relações públicas intensivas, em que todos são jornalistas, publicitários e relações-públicas.

Acionistas e famílias proprietárias de mídia do tempo em que poucos eram exclusivamente os emissores de mensagens endereçadas para milhões de receptores, passivos e infantilizados, não gostam do que estão vendo: as novas mídias diretas, que corroem poder, faturamento, jornalismo commodity e a desmoralizada agenda setting.

Hoje, no extremo, todos podem influenciar todos. Afinal, agora, sem intermediários, milhões podem expor seus pontos de vista nesse mundo de controvérsias ambientais, econômicas e sociais. Não há mais unanimidade. Quem não é otimista ou vive uma crise financeira ou profissional vê o caso como barbárie digital.

A Petrobras criou o seu blog e mostrou um caminho sem volta e sem filtros. Logo, muitas outras empresas e instituições repetirão a iniciativa. Diante da mídia da fonte, as redações terão que fazer jornalismo com competência para ser crível: selecionar informações, interpretar e opinar com qualidade. Apenas começa a discussão das regras para a gestão dessa e de outras mídias digitais, que são legais e legitimas, e estão à disposição da comunicação empresarial. Mãos à obra: discutir democraticamente uma nova deontologia, porque McLuhan tinha razão: "o meio é a mensagem".


Paulo Nassar é professor da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE). Autor de inúmeros livros, entre eles O que é Comunicação Empresarial, A Comunicação da Pequena Empresa, e Tudo é Comunicação.

O fim do feudo


A decisão do Supremo Tribunal de Justiça de derrubar a exigência do diploma de jornalistas é o início do fim dos feudos, que é o que as redações se tornaram. Com uma reserva de mercado amparada por lei, os jornalistas se isolaram da sociedade e passaram a ditar regras, que nem sempre eram cumpridas por eles mesmos.

O quarto poder - que começou a ter seu fim decretado com a internet - já foi um dia um espaço amplo de discussões. Quem tem dúvida disso, que procure os jornais da década de 70 e verá. A qualidade e aprofundamento dos textos eram muito superiores aos de hoje. O jornal era um espaço democrático aberto a todos os melhores. Cada um escrevia sobre aquilo que mais entendia. E quem ganhava com essa democracia da pena eram os assinantes dos jornais.

Com a reserva de mercado criada pela lei, os jornalistas se fecharam em seus clubinhos (também chamada de redação) e passaram a fazer pose de intelectuais, entendedores de tudo. Deixaram para trás a discussão técnica e deram espaço para "lugares comuns" que não ajudam em nada no desenvolvimento da sociedade brasileira. Chegamos a este jornalismo fabricado atualmente, onde quem bate o bumbo mais forte vira manchete, independente se tem fundamento ou não.

Agora, com a queda da exigência do diploma, o mercado volta a ficar aberto para as melhores cabeças com bons textos. Ou seja, todos podem escrever, basta ter boas ideias associadas a bons textos. Os melhores vencerão.

Aqueles que tanto defendiam que o Estado tinha que dividir o bolo, agora são os primeiros a reclamar em dividí-lo. Eles querem o poder só para eles, apesar da Constituição garantir esse direito a todos. A vitória é da sociedade, que ganhou de volta a oportunidade de ter diariamente um jornalismo mais plural, discutidor, mais técnico e menos ditador.

quarta-feira, junho 10, 2009

Ferrari x Ferrari

Esse vídeo mostra de forma bem clara qual a diferença de potência e velocidade do seu automóvel em relação a um carro de Fórmula 1. Para quem gosta de velocidade, o vídeo é bem interessante.

quarta-feira, junho 03, 2009

Andreas Kisser em trabalho solo

Nesta quinta, o guitarrista Andreas Kisser lança seu primeiro disco solo, Hubris I & II, no Sesc Pompéia. Na ocasião, o guitarrista do Sepultura será acompanhado por Bi Ribeiro e João Baroni, dos Paralamas do Sucesso. Na sexta-feira, ele recebe no palco o baixista Paulo Ricardo.
Em entrevista ao programa Metropolis, na TV CUultura, Kisser disse que só deve fazer outro show em setembro ou outubro, uma vez que ele excursionará com o Sepultura pela Europa logo após essas apresentações. O primeiro disco traz muito rock &Roll, já o segundo é mais um trabalho mais acústico. Um dos músicos que acompanham Andreas é o baterista do Sepultura, Jean Dolabella.

Serviço

Endereço: Rua Clélia, 93.
Data: 4 de junho.
Horário: 21h.
Preço: De R$ 5,00 a R$ 20,00.
Mais informações: (11) 3871-7700.

Equipe da Folha estreia "Laboratório", blog sobre ciência, na Folha Online

Publicado na Lista de Discussão do Labjor

A equipe da Folha estreia 'Laboratório', blog sobre ciência, na Folha Online

"Queremos pôr as descobertas da ciência e da medicina e os debates ambientais em contexto", contam os repórteres. A equipe da editoria de Ciência da *Folha* estreou no último dia 29 de maio o blog "Laboratório" na Folha Online. O objetivo é criar um novo espaço para discussão de temas relacionados a ciência, ambiente, tecnologia e medicina e também mostrar ao leitor o que vale a pena ler na internet sobre o assunto.
O conteúdo do blog será desenvolvido por Claudio Angelo, 33, editor de Ciência da Folha, e os repórteres Afra Balazina, 28, Rafael Garcia, 34, e Eduardo Geraque, 36.

"Existe uma demanda reprimida por informação científica. Todo mundo quer saber se a gripe do porco será o apocalipse, ou quantos graus a Terra vai aquecer, ou se o etanol vai salvar o planeta. Evidências que movam o debate público é um produto em falta no mercado, e nosso objetivo com o blog é fornecer mais desse produto", afirma Claudio Angelo.

Os textos também vão dar espaço para notícias científicas curiosas. "Para usar o mote do Prêmio Ig Nobel, queremos também fazer você rir e pensar", conta a equipe, no primeiro post, em referência ao Prêmio Nobel da pesquisa esdrúxula. Acesse o blog pelo endereço laboratorio.folha.blog.uol.com.br.

Pearl Jam - Black


Esse é outro dos que gosto. Não sei como o tempo passou tão depressa. É chavão, mas parece que foi ontem. Apesar do tempo ter passado, essa música continua sendo muito forte e marcante. Para quem conhece, reaproveitem. Aos que não conheciam, aproveitem que vale à pena.

Um vídeo legal


Essa é uma música que eu gosto. Dr Sin soube incorporar a voz e os bordões futebolísticos do Silvio Luiz no rock & roll. Faz "só" 16 anos essa música. Caraca. Vira e mexe essa música vem à cabeça.

sexta-feira, maio 29, 2009

Apresentação de trabalho na Red Pop - Unesco


Participei nesta última quinta-feira de uma mesa redonda sobre o Jornalismo Científico da Rede de Popularização da Ciência na América Latina e Caribe, da Unesco, evento este que terminou no último dia 25 em Montevideo, Uruguai. A discussão é velha, mas salutar: como aproximar jornalistas e cientistas para que o conhecimento do cientista seja dividido com a população que é quem paga os impostos e acaba financiando as pesquisas desenvolvidas pelo acadêmico.
Digo que é salutar, uma vez que um resultado solucionador ao problema ainda não foi encontrado, mas algumas propostas estão em andamento. Uma interessante é a do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolve. A cada ano e meio o Labjor oferece gratuitamente um curso de especialização em jornalismo científico a jornalistas e cientistas. Metade do grupo de jornalistas e outra metade cientistas. Ali, as várias discussões evidenciam o problema existente no dia a dia.
A reunião da Red Pop serviu para lembrar que este problema existe e para tentar avançar no diagnóstico e solução do problema.