terça-feira, março 10, 2009
Oito e oitenta
Realizado o concurso público, a Câmara chamou os melhores candidatos para tomarem posse em seus cargos. Até aí, palmas ao Legislativo. Mas, quando é melhor observada a área de assessoria de imprensa, começa-se a entrar nesse angu.
Ao invés de convocar os quatro jornalistas concursados para assumirem seus cargos, observa-se que a Câmara Municipal chamou dois concursados e manteve outros dois jornalistas indicados. Mas se o concurso foi feito para, justamente, substituir os cargos indicados por pessoas concursadas, qual é a razão para manter dois indicados e deixar de fora dois concursados? Como disse acima, a Câmara faz coisas que a lógica humana não entende.
Novo site da Câmara

A Câmara Municipal de Sorocaba colocou no ar hoje o seu novo site. Com um visual mais light, o novo site tem como novidade a publicação de notícias legislativas. Mas uma área que deve ser constantemente acompanhada pelos munícipes é a prestação de contas dos parlamentares sorocabanos, informações estas que podem ser acessadas clicando aqui
Multi-homem musical
quarta-feira, março 04, 2009
STJ condena Igreja Universal a devolver doação a fiel arrependido
Da Agência Brasil
Brasília - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou hoje (3) que a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) devolva a quantia de R$ 2 mil corrigida para um fiel arrependido de ter feito uma doação.
Com a decisão, a Justiça negou o pedido de recurso da igreja. De acordo com o STJ, em uma visita à IURD um motorista de São Paulo foi induzido a fazer parte da comunidade religiosa, mas para isso teve que se desfazer de todos os seus bens materiais. Em recompensa, o pastor lhe garantiu melhorias profissionais e afetivas em sua vida.
O motorista vendeu seu carro, único bem que possuía, por R$ 2,6 mil e entregou o valor ao pastor em dois cheques, um de R$ 2 mil e outro de R$ 600. Depois de alguns dias, o fiel se arrependeu e conseguiu resgatar o cheque de menor valor, mas não o restante, que já estava em posse da igreja.
Sentindo-se lesado, o motorista entrou na Justiça com uma ação indenizatória por danos morais e materiais. Em primeira instância o pedido foi recusado. Ele entrou com recurso e foi atendido parcialmente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que condenou a igreja a devolver o valor doado, devidamente corrigido, mas descartou o pedido de indenização por danos morais.
O ministro Luís Felipe Salomão do STJ, justificou a negativa ao recurso proposto pela IURD no órgão, dizendo que a decisão do TJ-SP foi altamente qualificada e dispensa uma nova análise do processo.
Comentário - Vai que a moda pega...
Sobre o assunto, esse vídeo clip diz tudo:
sábado, fevereiro 28, 2009
Sou isento, mas...
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Os livros eletrônicos

Por Zabumba
Os livros eletrônicos (e-books) vão revolucionar, em breve, o mercado editorial. O único elemento que faltava para a popularização desses equipamentos era a qualidade da tela, que precisava mimetizar o papel impresso à perfeição, dando ao leitor a mesma sensação visual proporcionada pelo livro convencional. A leitura nas telas de LCD é desconfortável, em especial após longos períodos.
O recém lançado Kindle 2 (fornecido pela amazon.com) apresenta uma tela de papel eletrônico (e-paper) que alcançou esse objetivo. Espera-se que não demore muito para o surgimento de competidores a altura.
A gigantesca economia gerada pela eliminação dos custos de impressão e distribuição será responsável pela extinção das publicações em papel. Um cálculo recente demonstrou que o jornal “The New York Times” poderia economizar mais de US$ 300 milhões por ano se parasse as impressoras e desse um e-book de presente para cada um de seus assinantes. A economia em todo o mercado editorial do planeta é estimada em US$ 80 bilhões anuais.
Quem viver, verá…
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Festa popular
Mas, no último domingo, passei pela estrutura montada no Parque das Águas, no jardim Abaeté e o que vi me surpreendeu.
Por vários anos o ex-prefeito Renato Amary optou por não incentivar o carnaval sorocabano. Questionado, diversas vezes respondeu que as escolas tinham que se virar, que não tinham que depender do Poder Público. Outra resposta é que o sorocabano não gostava de carnaval e preferia viajar durante o feriado.
O que eu vi no Abaeté foi diferente. Famílias inteiras se divertindo e esperando as escolas de samba (que ainda estão se reestruturando) passarem. Foi bonito de ver. Mostra que basta um pouco de boa vontade, para que um programa social como a festa de carnaval aconteça.
sábado, fevereiro 14, 2009
Mão errada

A Câmara de Sorocaba aprovou na semana passada a criação de 26 novos cargos de assessores para os vereadores. Como não poderia deixar de ser no Brasil, a medida causou revolta daqueles soldados prontos a atacar qualquer medida que parta do Poder Público seja ele o Executivo ou o Legislativo.
No dia seguinte, jornais e entidades partiram para o ataque. Nem sequer apuraram ou perguntaram se as contratações eram necessárias ou não. Convenhamos, quando um grupo de vinte vereadores (de diferentes ideologias, convicções e partidos) aprovam unanimamente um projeto é porque há um motivo.
Vamos às masturbações mentais, aos extremos do absurdo do raciocínio, mas levando em conta o mínimo de lógica e fugindo deste tipo de pensamento "teoria da conspiração" adotado pela imprensa e por entidades políticas que só querem ver o bicho pegar fogo.
Qual seria a razão para TODOS aceitarem a contratação de novos assessores? Algumas hipóteses são:
- Uma delas é que realmente o trabalho cresceu muito e há demanda na Câmara por mais um assessor
- A outra é que TODOS os vereadores (de diferentes partidos) se juntaram e, em um conluio momentâneo e insano de poder, resolveram enfrentar a opinião pública em troca de um apadrinhado político.
Eu não sei vocês, mas eu fico com a primeira razão. É a mais lógica.
A mídia de maneira geral, no entanto, prefere ignorar a lógica. Prefere tratar o tema com o fígado. Algo do tipo "ah, vem do Legislativo, então vamos bater". E a discussão do assunto que poderia ser saudável, lógica, e técnica, acaba virando um angú de caroço, verdadeiro lixo editorial, próprio para embrulho de peixe. Perdem o leitor, ouvinte e telespectator que são obrigados a receber esse tipo de jornalismo-lixo em casa.
Se a discussão começa errada, não é de se esperar que os argumentos sejam corretos. E é justamente isso que está acontecendo. Os argumentos usados são broncos e, tecnicamente, errados.
Um exemplo. A mídia está argumentando que em um cenário de crise como o que o Brasil e o mundo estão passando, a Câmara de Vereadores deveria agir como uma empresa particular. É comparar água com vinho. Argumentam que o governo deveria se retrair e não contratar e, nessa lógica do absurdo, que tal contratação legislativa é uma afronta à situação financeira brasileira.
Os que pensam assim, desconhecem, por exemplo, o economista John Mainard Keynes, que, nos pós-guerra, propôs que o Estado tem papel fundamental nos momentos de crise. Pensamento simples: se todos estão retendo o dinheiro, o Estado tem como prerrogativa aumentar o gasto público por meio de obras de infraestrutura e contratações para tentar fazer com que a economia gire. Não tem que segurar o dinheiro. Pelo contrário, tem que gastar. A ideia é simples: contrata-se mais e essas pessoas vão consumir e o mercado onde consomem vai contratar vendedores que vão consumir..... é uma bola de neve. Cabe ao Estado dar o start.
Não defendo o gasto irracional, sem parâmetros. Também não vou ser hipócrita a ponto de defender que a Câmara é a solução da crise que se avizinha. Não, não é. Até - como a grande maioria - discordo dessas contratações camarilhistas. Mas acho que o espaço à explicação lógica deve ser dado. Os parlamentares têm pelo menos o direito de argumentarem sobre a necessidade disso ou não.
E espero que a mídia perceba que pode até discordar das contratações, mas que essa fundamentação usada de que em momento de crise o Poder Público tem que se retrair é uma tremenda bobagem. Austeridade e eficiência com o dinheiro público é uma coisa. Irracionalismo radical em torno de bandeiras ideológicas passa distante disso.